PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Boko Haram desmente diálogo com Governo nigeriano
Lagos, Nigéria (PANA) - A seita islamita Boko Haram desmentiu qualquer nova negociação com o Governo nigeriano para pôr termo à espiral de violência, noticiou esta quinta-feira o diário privado "Nation", citando uma mensagem eletrónica da seita.
Este desmentido segue-se a informações veiculadas nos últimos tempos pela imprensa segundo as quais a seita e o Governo abriram na Arábia Saudita discussões durante uma reunião secreta entre o seu responsável adjunto, Abu Mohammed, e representantes do Executivo, incluindo o vice-presidente, Namadi Sambo, e o conselheiro nacional para a segurança, Sambo Dasuki.
"Esta mensagem é muito importante. É uma resposta às informações que ouvimos através da imprensa que revelam que nós, membros do grupo, estabelecemos o diálogo com o Governo federal da Nigéria. Desejamos aproveitar esta ocasião para enviar uma advertência firme aos grupos seguintes: o primeiro grupo é o da imprensa (impressa e eletrónica)", indicou a Boko Haram.
"Desejamos lembrar-vos que a razão pela qual escolhemos como alvo órgãos de imprensa, nomeadamente o Thisday, é que não são justos conosco e são extremamente críticos relativamente ao nosso projeto de promoção do Islão", escreve a Boko Haram.
Relativamente à suposta reunião entre o seu líder adjunto e dirigentes nigerianos, a seita insiste que "desejamos tomar as nossas distâncias com Abu Muhammed que se apresenta como sendo o comandante adjunto do nosso líder Mallam Muhammad Shekau".
O porta-voz do Governo nigeriano e ministro da Informação, Labaran Maku, deu crédito às informações relativas a estas negociações a semana passada quando ele declarou que o Governo desejava negociar "devido a problemas de segurança colocados pelo grupo que ataca as instituições de segurança , as universidades e outras instituições governamentais".
Desde o lançamento da sua campanha de violência em 2009, após a morte do seu líder, Mohammed Yusuf, pelos agentes de segurança, a Boko Haram matou mais de mil e 400 pessoas em ataques à bomba e armados no norte da Nigéria com maioria muçulmana, segundo a organização internacional de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch.
O Governo federal tinha antes tomado uma posição firme face à seita, enviando milhares de soldados ao Norte para ajudar a destruí-la, mas após o fracasso do uso da força ele revelou que vai dialogar.
Uma tentativa de diálogo em 2011 abortou após a retirada dos medianeiros, que acusaram o Governo de ter divulgado os pormenores das negociações.
-0- PANA SEG/NFB/JSG/MAR/TON 23agosto2012
Este desmentido segue-se a informações veiculadas nos últimos tempos pela imprensa segundo as quais a seita e o Governo abriram na Arábia Saudita discussões durante uma reunião secreta entre o seu responsável adjunto, Abu Mohammed, e representantes do Executivo, incluindo o vice-presidente, Namadi Sambo, e o conselheiro nacional para a segurança, Sambo Dasuki.
"Esta mensagem é muito importante. É uma resposta às informações que ouvimos através da imprensa que revelam que nós, membros do grupo, estabelecemos o diálogo com o Governo federal da Nigéria. Desejamos aproveitar esta ocasião para enviar uma advertência firme aos grupos seguintes: o primeiro grupo é o da imprensa (impressa e eletrónica)", indicou a Boko Haram.
"Desejamos lembrar-vos que a razão pela qual escolhemos como alvo órgãos de imprensa, nomeadamente o Thisday, é que não são justos conosco e são extremamente críticos relativamente ao nosso projeto de promoção do Islão", escreve a Boko Haram.
Relativamente à suposta reunião entre o seu líder adjunto e dirigentes nigerianos, a seita insiste que "desejamos tomar as nossas distâncias com Abu Muhammed que se apresenta como sendo o comandante adjunto do nosso líder Mallam Muhammad Shekau".
O porta-voz do Governo nigeriano e ministro da Informação, Labaran Maku, deu crédito às informações relativas a estas negociações a semana passada quando ele declarou que o Governo desejava negociar "devido a problemas de segurança colocados pelo grupo que ataca as instituições de segurança , as universidades e outras instituições governamentais".
Desde o lançamento da sua campanha de violência em 2009, após a morte do seu líder, Mohammed Yusuf, pelos agentes de segurança, a Boko Haram matou mais de mil e 400 pessoas em ataques à bomba e armados no norte da Nigéria com maioria muçulmana, segundo a organização internacional de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch.
O Governo federal tinha antes tomado uma posição firme face à seita, enviando milhares de soldados ao Norte para ajudar a destruí-la, mas após o fracasso do uso da força ele revelou que vai dialogar.
Uma tentativa de diálogo em 2011 abortou após a retirada dos medianeiros, que acusaram o Governo de ter divulgado os pormenores das negociações.
-0- PANA SEG/NFB/JSG/MAR/TON 23agosto2012