Bélgica disponibilia 75 milhões de euros para apoiar Burundi
Bujumbura, Burundi (PANA) - A Bélgica disponibilizará 75 milhões de euros nos próximos cinco anos para ajudar o Burundi a desenvolver os setores estratégicos da vida nacional, nomeadamente a agricultura, saúde e educação, anunciou esta segunda-feira a Rádio Pública Nacional.
Segundo a fonte, o anúncio foi feito pelo Vice-Presidente burundês, Prospère Bazombanza. quando recebia em audiência, em Bujumbura, o embaixador da Bélgica no Burundi, Alain Van Gucht.
As duas personalidade abordaram ainda questões de ordem política, como o calendário eleitoral de 2025 no Burundi.
O Vice-Presidente Bazombanza garantiu ao seu interlocutor que os preparativos do escrutínio estão a avançar bem.
"A Comissão Eleitoral Independente (CENI) está pronta para garantir consultas populares justas, equitativas e apaziguadas", asseverou.
Quando às condições financeiras, ele afirmou que nada obsta a que o processo seja levado a cabo, "mesmo que a contribuição voluntária de um ou outro parceira seja a bem-vinda."
Este encontro inscreve-se no quadro das negociações em curso no sentido de uma retomada efetiva e total da cooperação técnica e financeira emtre a UE e o Burundi.
A Bélgica faz parte dos 27 países da União Europeia (UE) principais e históricos parceiros técnicos e financeiros do Burundi.
A UE cortou as suas ajudas orçamentais direitas ao Governo burundês, devido à crise pós-eleitoral e dos direitos humanos de 2015 no país, resultantes dum terceiro mandato controverso do então Presidente da República, Pierre Nkurunziza (2005-2020)
A referida crise privou o país de uma ajuda financeira de mais de 234 milhões de euros, inicialemente programada por um período seis anos, ou seja, de 2014 a 2020.
O levantamento total das sanções económicas impostas pela UE foi perspetivado, tendo em conta o sucesso das últimas eleições gerais de 2020, ganhas pelo Presidente Evariste Ndayishimiye.
Porém, os ocidentais exigem mais garantias de boa governação neste país dos Grandes Lagos africanos que ainda carrega o estigma da grave crise eleitoral de 2015, com milhares de cidadãos e uma oposição política exilada no exterior.
-0- PANA FB/JSG/DD 10junho2024