PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Banco chinês abre sucursal em Angola
Luanda, Angola (PANA) - O Banco da China vai abrir uma sucursal em Angola, este ano, para apoiar o comércio e facilitar o investimento chinês” neste país da África Austral, anunciou o vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Angola-China (CCIAC), Xu Ning.
Segundo Xu Ning, citado esta segunda-feira pelo diário estatal "Jornal de Angola", a nova sucursal cuja abertura está programada para o segundo semestre deste ano foi autorizada em maio de 2016, para operar no país com a designação Banco da China - Sucursal em Angola.
Em finais do ano passado, mais de 600 empresários angolanos e chineses mostraram interesse por intensificar parcerias em diversos setores económicos em Angola, com destaque para a agricultura, indústria e infraestruturas.
Por seu turno, o presidente da CCIAC, Arnaldo Calado, manifestou o engajamento da instituição em trabalhar na criação de condições para que os empresários e investidores chineses continuem a olhar para Angola com confiança e a investir cada vez mais no país.
Arnaldo Calado revelou, na altura, que a concentração de investimentos chineses em Luanda deve-se a uma certa falta de determinação dos empresários angolanos em realizar negócios e investimentos noutras regiões do país.
“Os empresários chineses vêm pela mão dos Angolanos, desembarcam todos aqui. Já existem muitos Chineses a investir fora de Luanda”, referiu.
Arnaldo Calado apelou aos empresários angolanos para serem mais organizados e credíveis para beneficiarem de investimento dos empresários chineses.
“Existem empresários angolanos que dizem aos seus colegas chineses uma coisa e fazem outra. Isto prejudica a nossa boa relação”, afirmou.
A instalação da sucursal do Banco da China em Luanda e a intensificação de parcerias entre os empresários angolanos e chineses ocorre numa altura em que o Banco Mundial (BM) faz uma previsão bastante optimista em relação à economia chinesa.
Está previsto um crescimento estimado de 6,5 porcento em 2017, e de ligeiro abrandamento nos próximos dois anos, face à transição do país para um novo modelo económico.
Durante a apresentação do relatório “Atualização económica do Leste Asiático e Pacífico”, o economista chefe do BM para a região, Sudhir Shetty, disse ter esperança que o Governo chinês consiga "abordar os principais riscos” que ameaçam a sua economia.
O relatório adverte para o aumento da dívida corporativa do país, onde as empresas, sobretudo estatais, terminaram 2016 com uma dívida equivalente a 170 porcento do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com dados de organismos internacionais.
A instituição recomendou ao Governo chinês que enfrente este problema, mediante a reestruturação dos grupos estatais e lembrou a importância de fortalecer o controlo sobre o sistema bancário paralelo e abordar o crescente endividamento das famílias com o imobiliário.
O BM previu que o ritmo de crescimento da economia chinesa continue a abrandar até 6,3 porcento, em 2018 e 2019, graças às políticas governamentais contra o excesso de capacidade de produção e aumento do crédito.
Sudhir Shetty sublinhou os riscos que um “abrandamento mais brusco” podiam acarretar para a região, prevendo-se um esfriamento no setor imobiliário, após as restrições impostas pelo Governo, visando evitar o aumento da “bolha” no mercado.
As exportações devem aumentar de forma moderada, e a aposta do Governo chinês em transformar o modelo económico, tornando-o menos dependente das exportações e do investimento público, e mais centrado no consumo interno, vai produzir resultados, concluiu.
-0- PANA IZ 17abril2017
Segundo Xu Ning, citado esta segunda-feira pelo diário estatal "Jornal de Angola", a nova sucursal cuja abertura está programada para o segundo semestre deste ano foi autorizada em maio de 2016, para operar no país com a designação Banco da China - Sucursal em Angola.
Em finais do ano passado, mais de 600 empresários angolanos e chineses mostraram interesse por intensificar parcerias em diversos setores económicos em Angola, com destaque para a agricultura, indústria e infraestruturas.
Por seu turno, o presidente da CCIAC, Arnaldo Calado, manifestou o engajamento da instituição em trabalhar na criação de condições para que os empresários e investidores chineses continuem a olhar para Angola com confiança e a investir cada vez mais no país.
Arnaldo Calado revelou, na altura, que a concentração de investimentos chineses em Luanda deve-se a uma certa falta de determinação dos empresários angolanos em realizar negócios e investimentos noutras regiões do país.
“Os empresários chineses vêm pela mão dos Angolanos, desembarcam todos aqui. Já existem muitos Chineses a investir fora de Luanda”, referiu.
Arnaldo Calado apelou aos empresários angolanos para serem mais organizados e credíveis para beneficiarem de investimento dos empresários chineses.
“Existem empresários angolanos que dizem aos seus colegas chineses uma coisa e fazem outra. Isto prejudica a nossa boa relação”, afirmou.
A instalação da sucursal do Banco da China em Luanda e a intensificação de parcerias entre os empresários angolanos e chineses ocorre numa altura em que o Banco Mundial (BM) faz uma previsão bastante optimista em relação à economia chinesa.
Está previsto um crescimento estimado de 6,5 porcento em 2017, e de ligeiro abrandamento nos próximos dois anos, face à transição do país para um novo modelo económico.
Durante a apresentação do relatório “Atualização económica do Leste Asiático e Pacífico”, o economista chefe do BM para a região, Sudhir Shetty, disse ter esperança que o Governo chinês consiga "abordar os principais riscos” que ameaçam a sua economia.
O relatório adverte para o aumento da dívida corporativa do país, onde as empresas, sobretudo estatais, terminaram 2016 com uma dívida equivalente a 170 porcento do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com dados de organismos internacionais.
A instituição recomendou ao Governo chinês que enfrente este problema, mediante a reestruturação dos grupos estatais e lembrou a importância de fortalecer o controlo sobre o sistema bancário paralelo e abordar o crescente endividamento das famílias com o imobiliário.
O BM previu que o ritmo de crescimento da economia chinesa continue a abrandar até 6,3 porcento, em 2018 e 2019, graças às políticas governamentais contra o excesso de capacidade de produção e aumento do crédito.
Sudhir Shetty sublinhou os riscos que um “abrandamento mais brusco” podiam acarretar para a região, prevendo-se um esfriamento no setor imobiliário, após as restrições impostas pelo Governo, visando evitar o aumento da “bolha” no mercado.
As exportações devem aumentar de forma moderada, e a aposta do Governo chinês em transformar o modelo económico, tornando-o menos dependente das exportações e do investimento público, e mais centrado no consumo interno, vai produzir resultados, concluiu.
-0- PANA IZ 17abril2017