PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Banco central revê em alta crescimento do PIB de Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Banco de Cabo Verde (BCV, central) reviu em alta as projeções de crescimento da economia cabo-verdiana para este ano, perspetivando para 2016 e 2017 um crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) entre três e quatro porcento, apurou a PANA na cidade da Praia.
No seu Relatório da Política Monetária, divulgado quarta-feira, o BCV, que em março previa um crescimento entre 1,5 e 2,5 porcento, perspetiva agora "um crescimento económico mais acelerado em 2016" comparativamente com as anteriores projeções.
O BCV esclarecee que as novas projeções traduzem "a execução das despesas de funcionamento e a evolução mais favorável dos investimentos privados, num contexto de redução mais acentuada dos preços no consumidor, com impacto positivo no consumo privado".
O relatório indica que, do lado da oferta, a revisão em alta é explicada "pelo expressivo crescimento da administração pública, bem como dos impostos arrecadados nos primeiros três meses do ano, pela recuperação dos serviços de alojamento e restauração e pelo forte dinamismo do setor da construção, nos meses mais recentes".
O banco central cabo-verdiano prevê que, em 2017, o crescimento económico do país deverá aproximar-se "do limite inferior do intervalo entre três e quatro porcento".
No entanto, a instituição adverte que "não obstante a expetativa de alguma melhoria das condições no mercado de trabalho, relacionada com o aumento dos investimentos privados, antecipa-se que o contributo (positivo) do consumo privado para o crescimento seja [em 2017] inferior ao projetado para 2016".
Nas suas projeções, o banco "assume um crescimento mais contido das despesas de funcionamento, bem como uma redução dos investimentos públicos e, consequentemente, um contributo positivo menor do consumo público e um contributo negativo do investimento público para o crescimento".
Os investimentos externos explicam em cerca de 80 porcento o crescimento esperado da procura interna, estimada em 3,8 porcento, sobretudo sustentada pela "contínua implementação dos projetos de investimento externo em carteira desde 2015, pelo crescimento moderado do crédito bancário ao setor privado e pela contínua recuperação do clima económico", indica.
Por outro lado, acrescenta, a procura externa líquida deverá contribuir negativamente para o crescimento por causa do aumento das importações, ao passo que, do lado da oferta,
"a recuperação do setor da construção, impulsionada por investimentos externos e domésticos residenciais, deverá sustentar em boa medida o crescimento económico".
"Antecipa-se que os desempenhos favoráveis dos setores de alojamento e restauração, da indústria transformadora e do comércio deverão contribuir positivamente para o dinamismo da atividade económica nacional em 2017", adianta o BCV.
-0- PANA IZ 03nov2016
No seu Relatório da Política Monetária, divulgado quarta-feira, o BCV, que em março previa um crescimento entre 1,5 e 2,5 porcento, perspetiva agora "um crescimento económico mais acelerado em 2016" comparativamente com as anteriores projeções.
O BCV esclarecee que as novas projeções traduzem "a execução das despesas de funcionamento e a evolução mais favorável dos investimentos privados, num contexto de redução mais acentuada dos preços no consumidor, com impacto positivo no consumo privado".
O relatório indica que, do lado da oferta, a revisão em alta é explicada "pelo expressivo crescimento da administração pública, bem como dos impostos arrecadados nos primeiros três meses do ano, pela recuperação dos serviços de alojamento e restauração e pelo forte dinamismo do setor da construção, nos meses mais recentes".
O banco central cabo-verdiano prevê que, em 2017, o crescimento económico do país deverá aproximar-se "do limite inferior do intervalo entre três e quatro porcento".
No entanto, a instituição adverte que "não obstante a expetativa de alguma melhoria das condições no mercado de trabalho, relacionada com o aumento dos investimentos privados, antecipa-se que o contributo (positivo) do consumo privado para o crescimento seja [em 2017] inferior ao projetado para 2016".
Nas suas projeções, o banco "assume um crescimento mais contido das despesas de funcionamento, bem como uma redução dos investimentos públicos e, consequentemente, um contributo positivo menor do consumo público e um contributo negativo do investimento público para o crescimento".
Os investimentos externos explicam em cerca de 80 porcento o crescimento esperado da procura interna, estimada em 3,8 porcento, sobretudo sustentada pela "contínua implementação dos projetos de investimento externo em carteira desde 2015, pelo crescimento moderado do crédito bancário ao setor privado e pela contínua recuperação do clima económico", indica.
Por outro lado, acrescenta, a procura externa líquida deverá contribuir negativamente para o crescimento por causa do aumento das importações, ao passo que, do lado da oferta,
"a recuperação do setor da construção, impulsionada por investimentos externos e domésticos residenciais, deverá sustentar em boa medida o crescimento económico".
"Antecipa-se que os desempenhos favoráveis dos setores de alojamento e restauração, da indústria transformadora e do comércio deverão contribuir positivamente para o dinamismo da atividade económica nacional em 2017", adianta o BCV.
-0- PANA IZ 03nov2016