PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Banco árabe pilar do Commercial Bank of Zimbabwe
Harare- Zimbabue (PANA) -- Quando o banco comercial paquistanês "Bank of Credit and Commerce International (BCCI)" faliu, nos anos 90, esperava-se que a sua filial no Zimbabwe conhecesse o mesmo destino.
No entanto, o Governo zimbabweano, preocupado em evitar um contágio sistemático do setor financeiro local, interveio rapidamente e retomou a filial rebatizando-a "Commercial Bank of Zimbabwe (CBZ)".
Todavia, esta retomada era apenas de nome, e muito pouco dinheiro líquido foi então injetado para estabilizar o banco então mergulado num mar de dificuldades e tido como o banco comercial mais pequeno do Zimbabwe com menos de 10 balcões em todo o território nacional.
Assim, o Governo recorreu rapidamente a outros investidores, mudando ao mesmo tempo a direção do CBZ para o estabilizar e garantir que as suas dificuldades não se expandissem a todo o setor financeiro.
Entre os principais investidores a responder ao repto encontrava-se o Banco Exterior Líbio, que comprou 14 porcento das ações do CBZ, tornando-se no seu segundo maior acionista.
Este investimento, cifrado em milhões de dólares americanos, não foi apenas o principal investimento líbio no Zimbabwe, como também ajudou a estabilizar o CBZ, criando as bases do seu relançamento e do seu crescimento rápido que se seguiu.
Sob a direção avisada de Gideon Gono, atual governador do Banco Central do Zimbabwe, e com acionistas sólidos como o Banco Exterior Líbio, o CBZ conseguiu, de modo espetacular, renascer das suas cinzas para dominar o setor bancário nacional.
É atualmente o maior banco do país, em termos de ativos e capitalização, ultrapassando largamente rivais como o "Barclays Bank" e o "Standard Chartered Bank" do Reino Unido que operam no Zimbabwe há mais de 100 anos.
Na sua passagem para a cimeira do setor bancário nacional, dependeu amplamente de acionistas chaves para o apoiar nas primeiras fases do seu renascimento.
Entre os seus principais apoios, figurava o "Libya Arab Foreign Bank", que investiu muito mais ainda até aumentar a sua participação dos 12,4 porcento iniciais para os 14 porcento atuais.
"O Libya Arab Foreign Bank é o nosso acionista pilar e apreciamos o seu apoio no seu justo valor", afirma Nyasha Makuwise, presidente diretor-geral do CBZ.
Como estratégia de crescimento, o banco contraíu muito crédito, garantido pelos seus novos acionistas, para expandir a sua rede de agências e a sua carteira de empréstimos.
Esta aposta atraiu muitos novos clientes, sobretudo particulares e pequenas empresas que os maiores bancos não queriam ter como clientes.
A estratégia revelou-se rentável nos anos seguintes quando a crise dos anos 2000 dizimava as maiores empresas que constituíam o grosso da clientela dos principais concorrentes do CBZ.
Apoiado pelo Libya Arab Foreign Bank e por outros novos acionistas poderosos, o Banco passou a comprar os seus concorrentes mais fracos, de acordo com Makuvise, "para se desenvolver mais e garantir uma melhor remuneração aos acionistas".
O CBZ propõe agora todos os serviços bancários e financeiros, desde o seguro ao crédito hipotecário, passando pela prestação de serviços e gestão de ativos e banca privada.
As relações entre o CBZ e o Libya Arab Foreign Bank abriram igualmente outras oportunidades lucrativas ao primeiro, incluindo a gestão do financiamento das operações comerciais entre os dois países e uma facilidade de abastecimento em produtos petrolíferos no valor de 360 milhões de dólares americanos disponibilizada pela Líbia ao Zimbabwe, há alguns anos.
Graças ao banco líbio, o CBZ continua a gerir uma grande parte da atividade comercial e investimentos da Líbia no Zimbabwe, concentrados essencialmente nos setores da energia, do turismo e da agricultura.
O CBZ tornou-se tão atrativo que, durante a sua cotação na Bolsa do Zimbabwe, suscitou o interesse até na África do Sul e nos outros mercados da região.
Por exemplo, o ABSA, o maior banco comercial sul-africano, comprou 25 porcento das ações do CBZ, tornando-se assim no seu principal acionista.
Mas este banco sul-africano cedeu depois as suas ações após a sua fusão com o Barclays Bank, deixando o Libya Arab Foreign Bank na sua posição de pilar do CBZ.
No entanto, o Governo zimbabweano, preocupado em evitar um contágio sistemático do setor financeiro local, interveio rapidamente e retomou a filial rebatizando-a "Commercial Bank of Zimbabwe (CBZ)".
Todavia, esta retomada era apenas de nome, e muito pouco dinheiro líquido foi então injetado para estabilizar o banco então mergulado num mar de dificuldades e tido como o banco comercial mais pequeno do Zimbabwe com menos de 10 balcões em todo o território nacional.
Assim, o Governo recorreu rapidamente a outros investidores, mudando ao mesmo tempo a direção do CBZ para o estabilizar e garantir que as suas dificuldades não se expandissem a todo o setor financeiro.
Entre os principais investidores a responder ao repto encontrava-se o Banco Exterior Líbio, que comprou 14 porcento das ações do CBZ, tornando-se no seu segundo maior acionista.
Este investimento, cifrado em milhões de dólares americanos, não foi apenas o principal investimento líbio no Zimbabwe, como também ajudou a estabilizar o CBZ, criando as bases do seu relançamento e do seu crescimento rápido que se seguiu.
Sob a direção avisada de Gideon Gono, atual governador do Banco Central do Zimbabwe, e com acionistas sólidos como o Banco Exterior Líbio, o CBZ conseguiu, de modo espetacular, renascer das suas cinzas para dominar o setor bancário nacional.
É atualmente o maior banco do país, em termos de ativos e capitalização, ultrapassando largamente rivais como o "Barclays Bank" e o "Standard Chartered Bank" do Reino Unido que operam no Zimbabwe há mais de 100 anos.
Na sua passagem para a cimeira do setor bancário nacional, dependeu amplamente de acionistas chaves para o apoiar nas primeiras fases do seu renascimento.
Entre os seus principais apoios, figurava o "Libya Arab Foreign Bank", que investiu muito mais ainda até aumentar a sua participação dos 12,4 porcento iniciais para os 14 porcento atuais.
"O Libya Arab Foreign Bank é o nosso acionista pilar e apreciamos o seu apoio no seu justo valor", afirma Nyasha Makuwise, presidente diretor-geral do CBZ.
Como estratégia de crescimento, o banco contraíu muito crédito, garantido pelos seus novos acionistas, para expandir a sua rede de agências e a sua carteira de empréstimos.
Esta aposta atraiu muitos novos clientes, sobretudo particulares e pequenas empresas que os maiores bancos não queriam ter como clientes.
A estratégia revelou-se rentável nos anos seguintes quando a crise dos anos 2000 dizimava as maiores empresas que constituíam o grosso da clientela dos principais concorrentes do CBZ.
Apoiado pelo Libya Arab Foreign Bank e por outros novos acionistas poderosos, o Banco passou a comprar os seus concorrentes mais fracos, de acordo com Makuvise, "para se desenvolver mais e garantir uma melhor remuneração aos acionistas".
O CBZ propõe agora todos os serviços bancários e financeiros, desde o seguro ao crédito hipotecário, passando pela prestação de serviços e gestão de ativos e banca privada.
As relações entre o CBZ e o Libya Arab Foreign Bank abriram igualmente outras oportunidades lucrativas ao primeiro, incluindo a gestão do financiamento das operações comerciais entre os dois países e uma facilidade de abastecimento em produtos petrolíferos no valor de 360 milhões de dólares americanos disponibilizada pela Líbia ao Zimbabwe, há alguns anos.
Graças ao banco líbio, o CBZ continua a gerir uma grande parte da atividade comercial e investimentos da Líbia no Zimbabwe, concentrados essencialmente nos setores da energia, do turismo e da agricultura.
O CBZ tornou-se tão atrativo que, durante a sua cotação na Bolsa do Zimbabwe, suscitou o interesse até na África do Sul e nos outros mercados da região.
Por exemplo, o ABSA, o maior banco comercial sul-africano, comprou 25 porcento das ações do CBZ, tornando-se assim no seu principal acionista.
Mas este banco sul-africano cedeu depois as suas ações após a sua fusão com o Barclays Bank, deixando o Libya Arab Foreign Bank na sua posição de pilar do CBZ.