Banco Mundial prevê crescimento de 5,5 por cento da economia em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - A economia cabo-verdiana crescerá 5,5 por cento em 2021, segundo um relatório sobre Perspetivas Económicas Globais, divulgado terça-feira última, em Washington (Estados Unidos) pelo Banco Mundial (BM).
O relatório indica que Cabo Verde, a par da Etiópia, das ilhas Maurícias e das ilhas Seichelles e dos exportadores de matérias-primas, em especial os de petróleo, figura como um dos países mais afetados em 2020 pela pandemia da covid-19.
O impacto da pandemia levou autoridades cabo-verdianas a perspetivarem uma recessão económica no ano findo entre os 6,6 por cento a 8,5 por cento, e um consequente aumento da taxa de desemprego de 11 por cento para 20 por cento, assim como um disparo do défice orçamental para 11,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Entretanto, o documento prevê um crescimento moderada na região africana de 2,7 por cento em 2021, embora se preveja que a recuperação do consumo privado e do investimento seja mais lenta do que anteriormente previst.
Espera-se que o crescimento das exportações acelere gradualmente, em consonância com a recuperação da atividade entre principais parceiros comerciais.
Em relação aos países lusófonos, o relatório prevê que todos regressem ao crescimento económico já este ano, sendo que a angolana deverá crescer 0,9 por cento, Cabo Verde com 5,5 por cento, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Moçambique deverão registar cada um crescimento de três por cento.
Também o Governo de Cabo Verde já assumiu o objetivo de fazer crescer o país anualmente a uma média de cinco por cento a partir de 2021 e acima de sete por cento após 2026, para duplicar o PIB até 2030 e recuperar da crise provocada pela covid-19.
O objetivo surge na Declaração de Compromisso pelo Desenvolvimento Sustentável de Cabo Verde, apresentada pelo Governo por ocasião do Fórum Internacional Cabo Verde Ambição 2030, que reuniu, na cidade da Praia, representantes da sociedade civil, do setor privado, da academia, da diáspora e de parceiros de desenvolvimento.
Um dos compromissos previstos na declaração do fórum, a que a PANA teve acesso, passa pela diversificação da economia cabo-verdiana e pelo "crescimento médio não inferior a cinco por cento por ano entre 2021 e 2025, e não inferior a sete por cento, entre 2026 e 2030, lê-se no relatório do BM.
-0- PANA CS/DD 06jan2021