Banco Mundial e BAD advogam redução de consumo de energia em Cabo VerdeAngolasseis em São Tomé e Príncipe
São Tomé, São Tomé e Príncipe- (PANA) - O Banco Mundial e o BAD, recomendam ao Governo são-tomense para adotar “medidas de emergência” para diminuir o consumo de energia e reduzir o peso da divida com petrolífera angolana, Sonangol, estimada em 190 milhões de dólares, anunciou o Governo são-tomense.
A EMAE (Empresa de Água e Eletricidade), um dos maiores clientes da Sonangol, acumula uma divida de fornecimento de combustíveis no valor de 190 milhões de dólares, afirmou sexta-feira última o ministro são-tomense das Obras Públicas, Infraestruturas, Recursos Naturais e Energia, Osvaldo Abreu.
Por causa da crise de combustíveis, o BM e o BAD apresentaram, quarta-feira última, uma proposta que visa a diminuição do consumo de energia e custos de combustíveis fósseis, acrescentou o ministro quando se pronunciava em direto, no telejornal da Televisão São-Tomense, sobre a crise de combustíveis que o pais vem enfrentando.
A referida proposta foi apresentada ao governo são-tromense por ocasião do inquérito realizado no país por consultores do BAD, em parceria com o Instituto Nacional de Estatísticas sobre o acesso e o consumo de eletricidade ao nível familiar e empresarial, deu a conhecer Abreu, frisando que os dois inquéritos foram encomendados em 2018.
No âmbito da proposta, todas as lâmpadas incandescentes devem ser substituídas nos próximos quatros meses pelas lâmpadas económicas, defendeu no governante.
O ministro das Obras Publicas, Infraestruturas, Recursos Naturais e Energia apontou, nessa ocasião, que “o consumo da iluminação doméstica e industrial em São Tomé e Príncipe é de oito megawatts.”
“Se nós conseguirmos reduzir o uso das lâmpadas incandescentes, estaremos a reduzir o consumo em 12 por cento”, prosseguiu.
“Uma lâmpada de 60 watts será substituída por uma de 10, consequentemente, teremos uma redução de oito watts para um e estaremos a poupar cerca de três a quatro milhões de dólares ano”, afirmou.
Esta quinta-feira, indicou, transferimos dois milhões de dólares para as contas da Sonangol.
“A amortização da dívida nada tem a ver com a redução de combustíveis”, sublinhou o ministro para explicar as razões da escassez de combustíveis no país.
"A petrolífera angolana, principal fornecedora de combustíveis a São Tomé e Príncipe, reduziu o nível do produto, devido a crise de dívidas. As embarcações que têm vindo ao nosso país são menores. Trata-se de um problema de conjuntura de crise de aquisição de divisas que enfrenta a Sonangol”, explicou.
Em menos de dois meses, continuou, o país vive uma crise sem precedentes de combustíveis, sobretudo do petróleo domestico, em todas gasolineiras, onde se notam enormes filas para a aquisição de petróleo.
A seu ver, o açambarcamento do produto para venda a preços especulativos está na origem deste problema que estamos a verificar.
Petroleiro com carregamento de gasolina gasóleo, JetA1 e Petróleo, saiu sábado último de Luanda, capital angolana, disse Osvaldo Abreu.
Sublinhou que o pais deverá fazer uma melhor programação das suas necessidades até a situação se normalizar em Angola.
Na busca de soluções, para o problema, o ministro são-tomense disse ter mantido, recentemente em Luanda, contactos com o seu homólogo angolano e o Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, entre outras personalidades.
Osvaldo Abreu não determinou o prazo para o fim do restringimentos no fornecimento de combustíveis em São Tomé e Príncipe.
Porém, garantiu apenas que ao país terá que fazer uma melhor programação até que Angola tenha acesso a divisas.
-0- PANA RMG/DD 10junho2019