Agência Panafricana de Notícias

Banco Central reduz taxa para aumentar crédito à economia cabo-verdiana

 

Praia, Cabo Verde (PANA) - O Banco de Cabo Verde (BCV) acaba de reduzir a taxa das facilidades permanentes de cedência de liquidez (FCP), de 4,5 por cento para três por cento, no âmbito de um medida favorável a "um aumento marginal do crédito à economia em 2019, 2020 e 2021, apurou a PANA na cidade da Praia, de fonte oficial.

Em comunicado, o Banco Central Cabo-verdiano refere que o objetivo da redução da FCP a cerca de 150 pontos base, de 4,5 por cento para três por cento, visa reduzir o corredor das taxas das facilidades permanentes de liquidez, diminuindo o intervalo de flutuação das taxas ‘overnight’ (pernoita), garantindo, praticamente, a simetria das taxas de facilidades permanentes em relação à taxa diretora”.

O BCV deliberou ainda a indexação da FPA à taxa diretora para “garantir a simetria a longo prazo do corredor das taxas das facilidades permanentes de liquidez”, mas o Banco Central decidiu pela manutenção das restantes taxas nos níveis atuais.

As medidas que, já entraram em vigor, visam “aprimorar o quadro operacional da política monetária do BCV, reforçando o canal de juros”.

A nota do BCV explica ainda que se trata de “uma medida de caráter essencialmente técnico, com vista ao aperfeiçoamento do mecanismo de transmissão monetária, mas que tem o potencial de reforçar a orientação da política monetária para um maior estímulo ao crédito e ao crescimento económico”.

De acordo com o comunicado, tais alterações traduzem um esforço de alinhamento do quadro operacional da política monetária à teoria e às melhores práticas internacionais, implicando, simultaneamente, um realinhamento da taxa de cedência nacional às taxas internacionais relevantes para o país, em especial às da Zona Euro”.

“Os impactos almejados destas medidas serão mais bem sucedidos se estas combinadas com a implementação eficaz de outras medidas de política económica de caráter estrutural, visando o aperfeiçoamento do canal do crédito, enquanto canal transmissor dos impactos da política monetária”, lê-se na nota.

-0- PANA CS/DD 05junho2019