PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Baixa de transferências de migrantes afecta luta contra pobreza
Paris- França (PANA) -- A baixa nas transferências de dinheiro dos emigrantes para os seus países de origem, devido à crise financeira, terá um impacto considerável sobre os esforços de luta contra a pobreza, nomeadamente em África, advertiu quarta-feira um responsável onusino.
Esta advertência foi lançada em Paris pelo director da Divisão África da Conferência das Nações Unids para o Comércio e Desenvolvimento (CNUCED), o Maliano Habib Ouane.
"Em África, 70 por cento destas transferências são consagradas ao consumo e apenas 10 a 15 por cento aos investimentos.
Estas transferências têm portanto um impacto importante na luta contra a pobreza", declarou Ouane em entrevista concedida à PANA.
Segundo estimativas do Banco Mundial (BM) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), as remessas dos emigrantes deverão registar uma baixa de 7 a 10 por cento em 2009.
"Para as populações, estas transferências actuam como uma rede de segurança.
A sua baixa é lamentável.
Receio que ela não se prossiga com a transmissão da crise para África", disse Ouane.
Além disso, ele sublinhou que esta baixa intervém enquanto as matérias-primas exportadas pelos países africanos se depreciam no mercado internacional.
"A redução dos fluxos financeiros para África (transferências dos migrantes e investimentos directos estrangeiros) desembocará em situações de redução dos recursoos para os programas de luta contra a pobreza.
Estamos preocupados", disse.
As transferências dos migrantes ultrapassam, para alguns países africanos como as ilhas Comores, o Mali e o Senegal, o volume da Ajuda Pública ao Desenvolvimento.
Por iniciativa do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), foi iniciada uma reflexão para transformar estas transferências em investimentos directos nos sectores produtivos.
Esta advertência foi lançada em Paris pelo director da Divisão África da Conferência das Nações Unids para o Comércio e Desenvolvimento (CNUCED), o Maliano Habib Ouane.
"Em África, 70 por cento destas transferências são consagradas ao consumo e apenas 10 a 15 por cento aos investimentos.
Estas transferências têm portanto um impacto importante na luta contra a pobreza", declarou Ouane em entrevista concedida à PANA.
Segundo estimativas do Banco Mundial (BM) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), as remessas dos emigrantes deverão registar uma baixa de 7 a 10 por cento em 2009.
"Para as populações, estas transferências actuam como uma rede de segurança.
A sua baixa é lamentável.
Receio que ela não se prossiga com a transmissão da crise para África", disse Ouane.
Além disso, ele sublinhou que esta baixa intervém enquanto as matérias-primas exportadas pelos países africanos se depreciam no mercado internacional.
"A redução dos fluxos financeiros para África (transferências dos migrantes e investimentos directos estrangeiros) desembocará em situações de redução dos recursoos para os programas de luta contra a pobreza.
Estamos preocupados", disse.
As transferências dos migrantes ultrapassam, para alguns países africanos como as ilhas Comores, o Mali e o Senegal, o volume da Ajuda Pública ao Desenvolvimento.
Por iniciativa do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), foi iniciada uma reflexão para transformar estas transferências em investimentos directos nos sectores produtivos.