PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
BAD recomenda aposta na diversificação da economia em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) considera que a diversificação da economia continua a ser uma prioridade para um crescimento sustentável e duradouro da economia de Cabo Verde, apesar de reconhecer que o país deve manter um crescimento nos quatro porcento este ano, apurou a PANA de fonte oficial no fim de semana.
No seu relatório Perspetivas Económicas em África, divulgado em Abidjan, a capital económica da Côte d’Ivore, o BAD argumenta que, em Cabo Verde, os serviços representam cerca de 70 porcento do PIB (Produto Interno Bruto), cabendo ao turismo 20 porcento.
Entre as condições favoráveis, o BAD salienta o potencial do turismo, que vale 47 porcento dos bens e serviços exportados, o impacto das remessas e um "aumento considerável" no investimento direto estrangeiro.
Pelo contrário, o BAD sublinha, do ponto de vista negativo, a necessidade de melhorar os "fatores de produtividade, atualmente em declínio, da diversificação da economia, do reforço da resiliência a choques do exterior, designadamente os relacionados com o clima ou a dependência do comércio com a Europa.
Aponta igualmente como fator de produtividade a conclusão bem sucedida da restruturação das empresas públicas, como a Cabo Verde Airlines (TACV) e o instituto de habitação social (IFH), cujas dívidas ascendem a quase 20 porcento do PIB.
No entanto, o documento do BAD destaca o facto de, na sequência de um fraco crescimento do PIB, numa média de 1,8 porcento, entre 2010 e 2015, a economia cabo-verdiana recuperar, em 2016, “registando um crescimento de 3,8 porcento impulsionado pela agricultura e pelos serviços (principalmente o turismo)".
"A procura interna deu sinais de retoma, decorrente de um aumento da despesa pública e do crédito privado", acrescenta o relatório.
Anota que esta tendência prossegue, com um crescimento do PIB num valor estimado de quatro porcento, em 2017, e, previsivelmente, de 4,1 porcento, em 2018, estimulado pela recuperação do turismo".
Entretanto, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) de Cabo Verde revelou, na passada sexta-feira, que o ritmo de crescimento económico do país continuou a acelerar-se no último trimestre de 2017, registando o valor mais alto dos últimos 37 trimestres consecutivos e evoluindo positivamente face ao trimestre homólogo.
Segundo dados do INE, o indicador de confiança registou o valor mais alto dos últimos 23 trimestres consecutivos, evoluindo positivamente face ao mesmo período do ano 2016.
Em relação ao turismo, que constribui em mais de 20 porcento para a formação do PIB, sendo já a maior atividade económica do arquipélago, o INE revela, que no quarto trimestre de 2017, o indicador de confiança do setor contrariou a tendência ascendente do último trimestre.
No entanto, o indicador situa acima da média da série e evoluiu favoravelmente em relação ao trimestre homólogo.
Os empresários apontam as dificuldades em encontrar pessoal com formação apropriada e o excesso de burocracia e regulamentações estatais como sendo os principais obstáculos do setor no quarto trimestre de 2017.
-0- PANA CS/IZ 21jan2017
No seu relatório Perspetivas Económicas em África, divulgado em Abidjan, a capital económica da Côte d’Ivore, o BAD argumenta que, em Cabo Verde, os serviços representam cerca de 70 porcento do PIB (Produto Interno Bruto), cabendo ao turismo 20 porcento.
Entre as condições favoráveis, o BAD salienta o potencial do turismo, que vale 47 porcento dos bens e serviços exportados, o impacto das remessas e um "aumento considerável" no investimento direto estrangeiro.
Pelo contrário, o BAD sublinha, do ponto de vista negativo, a necessidade de melhorar os "fatores de produtividade, atualmente em declínio, da diversificação da economia, do reforço da resiliência a choques do exterior, designadamente os relacionados com o clima ou a dependência do comércio com a Europa.
Aponta igualmente como fator de produtividade a conclusão bem sucedida da restruturação das empresas públicas, como a Cabo Verde Airlines (TACV) e o instituto de habitação social (IFH), cujas dívidas ascendem a quase 20 porcento do PIB.
No entanto, o documento do BAD destaca o facto de, na sequência de um fraco crescimento do PIB, numa média de 1,8 porcento, entre 2010 e 2015, a economia cabo-verdiana recuperar, em 2016, “registando um crescimento de 3,8 porcento impulsionado pela agricultura e pelos serviços (principalmente o turismo)".
"A procura interna deu sinais de retoma, decorrente de um aumento da despesa pública e do crédito privado", acrescenta o relatório.
Anota que esta tendência prossegue, com um crescimento do PIB num valor estimado de quatro porcento, em 2017, e, previsivelmente, de 4,1 porcento, em 2018, estimulado pela recuperação do turismo".
Entretanto, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) de Cabo Verde revelou, na passada sexta-feira, que o ritmo de crescimento económico do país continuou a acelerar-se no último trimestre de 2017, registando o valor mais alto dos últimos 37 trimestres consecutivos e evoluindo positivamente face ao trimestre homólogo.
Segundo dados do INE, o indicador de confiança registou o valor mais alto dos últimos 23 trimestres consecutivos, evoluindo positivamente face ao mesmo período do ano 2016.
Em relação ao turismo, que constribui em mais de 20 porcento para a formação do PIB, sendo já a maior atividade económica do arquipélago, o INE revela, que no quarto trimestre de 2017, o indicador de confiança do setor contrariou a tendência ascendente do último trimestre.
No entanto, o indicador situa acima da média da série e evoluiu favoravelmente em relação ao trimestre homólogo.
Os empresários apontam as dificuldades em encontrar pessoal com formação apropriada e o excesso de burocracia e regulamentações estatais como sendo os principais obstáculos do setor no quarto trimestre de 2017.
-0- PANA CS/IZ 21jan2017