PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
BAD adverte de novos conflitos e violência devido a mudanças climáticas
Abidjan- Côte d'Ivoire (PANA) -- O continente africano em particular poderá conhecer novos conflitos e ondas de violência num futuro próximo se não forem bem geridos os efeitos das mudanças climáticas, advertem especialistas do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
Segundo esses especialistas, as mudanças climáticas tornarão as áreas actualmente povoadas menos desejáveis ou inabitáveis, pois a seca e outros choques meteorológicos poderão reduzir a disponibilidade da água.
Estima-se que as terras áridas e semiáridas venham conhecer um aumento de 60 a 90 milhões de hectares até 2020, o que poderá expor entre 75 milhões e 250 milhões de pessoas a grandes pressões sobre os recursos hídricos.
Esta situação conduzirá a uma maior interdependência hídrica e à luta por terras aráveis, o que vai, por seu turno, incentivar a migração, podendo, se não for convenientemente gerida, "despoletar conflitos e violência".
Os especialistas do BAD constatam que a variabilidade climática já está a afectar os recursos hídricos, as terras, as florestas e a biodiversidade pelo que as economias africanas em geral caminham para uma desaceleração.
Nalguns países, prosseguem, a produção agrícola, dependente das chuvas, poderá baixar até 50 porcento até 2020, com tendência para secas mais frequentes e severas, além de perturbar os sistemas de produção pecuária.
Por outro lado, muitos países africanos, que já vivem enormes défices comerciais, não poderão importar as quantidades necessárias de alimentos, agravando assim os níveis de insegurança alimentar e de pobreza.
Num estudo elaborado para as Assembleias Anuais do BAD que se realizam de 27 a 28 deste mês na capital económica ivoiriense, Abidjan, os seus autores antevêem também a perda do potencial de produção cerealífera.
"Os cenários das mudanças climáticas mostram que países como Sudão, a Nigéria, o Senegal, o Mali, o Burkina Faso, a Somália, a Etiópia, o Zimbabwe, o Tchad, a Serra Leoa, Angola, Moçambique e o Níger perderão o seu potencial de produção cerealífera até 2080", precisa o estudo.
De acordo com o mesmo documento, estes países totalizam cerca de 45 porcento da população desnutrida na África Subsariana.
A ressalva neste domínio vai para países como a República Democrática do Congo, a Tanzânia, o Quénia, o Uganda, Madagáscar, a Côte d'Ivoire, o Benin, o Togo, o Gana e a Guiné-Conakry que, segundo o documento, deverão conhecer uma subida do seu potencial de produção de cereais até 2080.
Por outro lado, enquanto as regiões norte e austral de África esperam um aumento significativo do número de pessoas afetadas pela escassez da água, mais partes da África Oriental e Ocidental poderão, entretanto, conhecer uma redução da pressão sobre os recursos hídricos.
Quanto às inundações, prevê-se que o número de pessoas ameaçadas por este fenómeno aumente de um milhão em 1990 para perto de 70 milhões em 2080.
Segundo esses especialistas, as mudanças climáticas tornarão as áreas actualmente povoadas menos desejáveis ou inabitáveis, pois a seca e outros choques meteorológicos poderão reduzir a disponibilidade da água.
Estima-se que as terras áridas e semiáridas venham conhecer um aumento de 60 a 90 milhões de hectares até 2020, o que poderá expor entre 75 milhões e 250 milhões de pessoas a grandes pressões sobre os recursos hídricos.
Esta situação conduzirá a uma maior interdependência hídrica e à luta por terras aráveis, o que vai, por seu turno, incentivar a migração, podendo, se não for convenientemente gerida, "despoletar conflitos e violência".
Os especialistas do BAD constatam que a variabilidade climática já está a afectar os recursos hídricos, as terras, as florestas e a biodiversidade pelo que as economias africanas em geral caminham para uma desaceleração.
Nalguns países, prosseguem, a produção agrícola, dependente das chuvas, poderá baixar até 50 porcento até 2020, com tendência para secas mais frequentes e severas, além de perturbar os sistemas de produção pecuária.
Por outro lado, muitos países africanos, que já vivem enormes défices comerciais, não poderão importar as quantidades necessárias de alimentos, agravando assim os níveis de insegurança alimentar e de pobreza.
Num estudo elaborado para as Assembleias Anuais do BAD que se realizam de 27 a 28 deste mês na capital económica ivoiriense, Abidjan, os seus autores antevêem também a perda do potencial de produção cerealífera.
"Os cenários das mudanças climáticas mostram que países como Sudão, a Nigéria, o Senegal, o Mali, o Burkina Faso, a Somália, a Etiópia, o Zimbabwe, o Tchad, a Serra Leoa, Angola, Moçambique e o Níger perderão o seu potencial de produção cerealífera até 2080", precisa o estudo.
De acordo com o mesmo documento, estes países totalizam cerca de 45 porcento da população desnutrida na África Subsariana.
A ressalva neste domínio vai para países como a República Democrática do Congo, a Tanzânia, o Quénia, o Uganda, Madagáscar, a Côte d'Ivoire, o Benin, o Togo, o Gana e a Guiné-Conakry que, segundo o documento, deverão conhecer uma subida do seu potencial de produção de cereais até 2080.
Por outro lado, enquanto as regiões norte e austral de África esperam um aumento significativo do número de pessoas afetadas pela escassez da água, mais partes da África Oriental e Ocidental poderão, entretanto, conhecer uma redução da pressão sobre os recursos hídricos.
Quanto às inundações, prevê-se que o número de pessoas ameaçadas por este fenómeno aumente de um milhão em 1990 para perto de 70 milhões em 2080.