PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Aumento do consumo de carne ameaça saúde das pessoas e ambiente, diz estudo
Washington, Estados Unidos (PANA) - A produção e o consumo mundiais de carne aumentaram rapidamente, nas últimas décadas, com efeitos nocivos para o ambiente e a saúde pública bem como para a economia, revela um estudo levado a cabo pelo projeto "Alimentar o Planeta" do Worldwatch Institute (WI).
Num comunicado transmitido à PANA esta quarta-feira em Washington, o WI, um instituto sediado na capital federal americana, indica que, no mundo, a produção de carne triplicou nos últimos 40 anos e aumentou 20 porcento nos últimos 10 anos.
De acordo com a nota, os países industrializados consomem quantidades crescentes de carne, quase o dobro da quantidade consumida nos países em desenvolvimento.
"Uma grande parte deste forte crescimento da produção de carne é devida ao desenvolvimento da agricultura industrial", indicou Danielle Nierenberg, responsável de pesquisa do Instituto e diretora do Alimentar o Planeta.
Segundo ela, as fazendas industriais poluem o ambiente devido ao uso intensivo que fazem de inputs tais como os pesticidas, os herbicidas e os adubos utilizados para a produção de alimentos para os animais.
O comunicado indica igualmente que a produção de carne à grande escala tem consequências graves sobre o clima.
"Os excrementos dos animais emitem metano e monóxido de nitrado, gases com efeito de estufa 25 e 300 vezes mais potentes do que o dióxido de carbono, respetivamente", acrescenta.
As condições de insalubridade e de superpopulação nas fazendas industriais favorecem a propagação de doenças entre os animais, como a gripe suína (H1N1), a gripe aviária (H5N1), a febre aftosa e a doença da vaca louca (encefalopatia espongiforme bovina).
Estas doenças não só ocasionam enormes perdas económicas cada ano, como no Reino Unido onde se gastou entre 18 e 25 biliões de dólares num período de três anos para combater a febre aftosa, como também culminam em infeções humanas.
De acordo com o comunicado, a quantidade de carne no regime alimentar tem igualmente um impacto sobre a saúde humana.
Consumida com moderação, a carne é uma boa fonte de proteinas bem como de vitaminas e elementos nutritivos como o ferro, o zinco e as vitaminas B3, B6 e B 12.
No entanto, um regime rico em carne vermelha e carnes transformadas pode levar a uma série de problemas de saúde, como a obesidade, a diabete, as doenças cardiovasculares e o cancro.
Por outro lado, consumir carne biológica de gado criado em pastos pode reduzir os problemas de saúde crónica e ter um impacto positivo sobre o ambiente.
A carne de vaca alimentada com erva contém menos gordura e mais elementos nutritivos do que a da vaca criada de modo industrial e reduz os riscos de doenças e de exposições a produtos químicos tóxicos.
Sistemas de pasto bem explorados podem reforçar a sequestração do carbono e reduzir o impacto do gado no planeta.
E o uso de inputs que consomem menos energia preserva os solos, reduz a poluição e a erosão e protege a biodiversidade.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/CJB/IZ 12out2011
Num comunicado transmitido à PANA esta quarta-feira em Washington, o WI, um instituto sediado na capital federal americana, indica que, no mundo, a produção de carne triplicou nos últimos 40 anos e aumentou 20 porcento nos últimos 10 anos.
De acordo com a nota, os países industrializados consomem quantidades crescentes de carne, quase o dobro da quantidade consumida nos países em desenvolvimento.
"Uma grande parte deste forte crescimento da produção de carne é devida ao desenvolvimento da agricultura industrial", indicou Danielle Nierenberg, responsável de pesquisa do Instituto e diretora do Alimentar o Planeta.
Segundo ela, as fazendas industriais poluem o ambiente devido ao uso intensivo que fazem de inputs tais como os pesticidas, os herbicidas e os adubos utilizados para a produção de alimentos para os animais.
O comunicado indica igualmente que a produção de carne à grande escala tem consequências graves sobre o clima.
"Os excrementos dos animais emitem metano e monóxido de nitrado, gases com efeito de estufa 25 e 300 vezes mais potentes do que o dióxido de carbono, respetivamente", acrescenta.
As condições de insalubridade e de superpopulação nas fazendas industriais favorecem a propagação de doenças entre os animais, como a gripe suína (H1N1), a gripe aviária (H5N1), a febre aftosa e a doença da vaca louca (encefalopatia espongiforme bovina).
Estas doenças não só ocasionam enormes perdas económicas cada ano, como no Reino Unido onde se gastou entre 18 e 25 biliões de dólares num período de três anos para combater a febre aftosa, como também culminam em infeções humanas.
De acordo com o comunicado, a quantidade de carne no regime alimentar tem igualmente um impacto sobre a saúde humana.
Consumida com moderação, a carne é uma boa fonte de proteinas bem como de vitaminas e elementos nutritivos como o ferro, o zinco e as vitaminas B3, B6 e B 12.
No entanto, um regime rico em carne vermelha e carnes transformadas pode levar a uma série de problemas de saúde, como a obesidade, a diabete, as doenças cardiovasculares e o cancro.
Por outro lado, consumir carne biológica de gado criado em pastos pode reduzir os problemas de saúde crónica e ter um impacto positivo sobre o ambiente.
A carne de vaca alimentada com erva contém menos gordura e mais elementos nutritivos do que a da vaca criada de modo industrial e reduz os riscos de doenças e de exposições a produtos químicos tóxicos.
Sistemas de pasto bem explorados podem reforçar a sequestração do carbono e reduzir o impacto do gado no planeta.
E o uso de inputs que consomem menos energia preserva os solos, reduz a poluição e a erosão e protege a biodiversidade.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/CJB/IZ 12out2011