PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Aumenta número de emigrantes regressados a Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O número de emigrantes que regressam a Cabo Verde tem vindo a aumentar, passando de menos de dois mil, em 2000, para 15 mil em 2010, revelam dados apresentados, terça-feira, na cidade da Praia, pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
Estes que são os dados estatísticos mais recentes sobre o retorno de emigrantes a Cabo Verde foram apresentados durante o seminário internacional de dois dias que decorre na capital cabo-verdiana sobre o “Retorno e Reintegração”, no âmbito do projeto “Reforço das Capacidades de Cabo Verde na Gestão das Migrações”.
Segundo a técnica do INE, Lurdes Lopes, que apresentou os dados, o país não dispõe neste momento dos dados quanto ao total de emigrantes cabo-verdianos no estrangeiro, por causa do fenómeno que é “antigo e complexo”.
Porém, ressalvou, nos dois últimos censos foram introduzidas questões que permitem saber o número das pessoas que emigraram nos últimos cinco anos antes dessas operações estatísticas.
O projeto “Reforço das Capacidades de Cabo Verde na Gestão das Migrações” está a ser implementado desde de 2007 e é constituído por três componentes, designadamente “Retorno e reintegração”, “Gestão dos fluxos migratórios” e “Análise de dados”.
Na abertura do seminário, a ministra das Comunidades de Cabo Verde, Fernanda Fernandes, destacou a importância do projeto na reintegração dos migrantes cabo-verdianos, considerando que, bem gerida, a mobilidade de pessoas pode ser uma riqueza.
"Ultimamente, provavelmente devido a vários condicionalismos nos países de acolhimento, mas também de Cabo Verde, regista-se o desejo de regresso de Cabo-verdianos e descendentes”, disse Fernanda Fernandes.
Ela sublinhou que, embora não estatisticamente comprovado e estudado, “este fenómeno desafia-nos a reajustamentos e à redefinição de estratégias para fazer face aos novos desafios".
A governante recordou que existe uma expressiva comunidade cabo-verdiana nos países- membros da UE, dando uma importante contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB) do país e representando um potencial mercado económico.
No entanto, ela considera que o retorno desses emigrantes ao país de origem permite a partilha em Cabo Verde de conhecimentos e experiências adquiridos por eles durante o período da emigração.
Também o embaixador da União Europeia (UE) em Cabo Verde, José Manuel Pinto Teixeira, considera que o projeto “Reforço das Capacidades de Cabo Verde na Gestão das Migrações” tem tido um "papel fundamental" na reintegração de Cabo-verdianos provenientes dos Estados- membros e parceiros.
José Manuel Pinto Teixeira disse que o projeto tem facilitado o retorno e a reintegração de Cabo-verdianos provenientes de Portugal, França, Luxemburgo e Países Baixos.
Mas o representante da UE reconhece que ainda há muita pesquisa a realizar nesta matéria, pelo que apelou aos participantes para uma reflexão "abrangente e inclusiva" sobre novas abordagens de retorno e ferramentas de reintegração dos migrantes.
-0- PANA CS/IZ 08out2014
Estes que são os dados estatísticos mais recentes sobre o retorno de emigrantes a Cabo Verde foram apresentados durante o seminário internacional de dois dias que decorre na capital cabo-verdiana sobre o “Retorno e Reintegração”, no âmbito do projeto “Reforço das Capacidades de Cabo Verde na Gestão das Migrações”.
Segundo a técnica do INE, Lurdes Lopes, que apresentou os dados, o país não dispõe neste momento dos dados quanto ao total de emigrantes cabo-verdianos no estrangeiro, por causa do fenómeno que é “antigo e complexo”.
Porém, ressalvou, nos dois últimos censos foram introduzidas questões que permitem saber o número das pessoas que emigraram nos últimos cinco anos antes dessas operações estatísticas.
O projeto “Reforço das Capacidades de Cabo Verde na Gestão das Migrações” está a ser implementado desde de 2007 e é constituído por três componentes, designadamente “Retorno e reintegração”, “Gestão dos fluxos migratórios” e “Análise de dados”.
Na abertura do seminário, a ministra das Comunidades de Cabo Verde, Fernanda Fernandes, destacou a importância do projeto na reintegração dos migrantes cabo-verdianos, considerando que, bem gerida, a mobilidade de pessoas pode ser uma riqueza.
"Ultimamente, provavelmente devido a vários condicionalismos nos países de acolhimento, mas também de Cabo Verde, regista-se o desejo de regresso de Cabo-verdianos e descendentes”, disse Fernanda Fernandes.
Ela sublinhou que, embora não estatisticamente comprovado e estudado, “este fenómeno desafia-nos a reajustamentos e à redefinição de estratégias para fazer face aos novos desafios".
A governante recordou que existe uma expressiva comunidade cabo-verdiana nos países- membros da UE, dando uma importante contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB) do país e representando um potencial mercado económico.
No entanto, ela considera que o retorno desses emigrantes ao país de origem permite a partilha em Cabo Verde de conhecimentos e experiências adquiridos por eles durante o período da emigração.
Também o embaixador da União Europeia (UE) em Cabo Verde, José Manuel Pinto Teixeira, considera que o projeto “Reforço das Capacidades de Cabo Verde na Gestão das Migrações” tem tido um "papel fundamental" na reintegração de Cabo-verdianos provenientes dos Estados- membros e parceiros.
José Manuel Pinto Teixeira disse que o projeto tem facilitado o retorno e a reintegração de Cabo-verdianos provenientes de Portugal, França, Luxemburgo e Países Baixos.
Mas o representante da UE reconhece que ainda há muita pesquisa a realizar nesta matéria, pelo que apelou aos participantes para uma reflexão "abrangente e inclusiva" sobre novas abordagens de retorno e ferramentas de reintegração dos migrantes.
-0- PANA CS/IZ 08out2014