Agência Panafricana de Notícias

Atrasos em várias assembleias de voto em Conakry

Conakry- Guiné-Conakry (PANA) -- As operações de votação para as eleições presidenciais começaram domingo com atraso de uma ou duas horas em várias assembleias de voto da comuna de Matam, em Conakry.
Segundo responsáveis de assembleias de voto, a razão essencial dos atrasos deveu-se à chegada tardia dos membros e dos respresentantes de alguns dos 24 candidatos.
O ministro da Administração Territorial e Assuntos Políticos, Nawa Damey, reconheceu a existência de dificuldades em várias zonas, nomeadamente no interior do país onde o transporte dos materiais eleitorais registou atraso.
Falando à Rádio Nacional, o ministro afirmou que "tudo será feito para corrigir os erros" e que medidas deveriam ser tomadas para prolongar as operações nas assembleias de voto que abriram com atraso.
Vários eleitores, que votaram pela primeira vez, exprimiram a sua alegria por ter cumprido com o seu dever cívico sem muitos problemas e apelam aos seus compatrioras para votar massivamente para eleger "um Presidente democrata, credível e preocupado com o futuro do país".
O líder da Junta, o general Sékouba Konaté, advertiu os candidatos que anteciparão os resultados das eleições.
Falando sábado à tarde durante um encontro com os representantes dos 24 candidatos, ele sublinhou que os resultados serão proclamados apenas pelos organizadores do escrutínio.
A Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) garante ter inscrito quatro milhões 297 mil 686 eleitores que votarão em 13 mil 220 assembleias de voto.
As eleições presidenciais na Guiné-Conakry estão a decorrer sob a supervisão de mais de 500 observadores estrangeiros, dos quais os da União Africana (UA), da União Europeia, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e do Centro Carter, fundado pelo ex-Presidente norte-americano Jimmy Carter.
Um ex-chefe de Estado nigeriano, o general Yakubu Gowon, lidera a delegação do Centro Carter.
O ex-Presidente serraleonês, Ahmad Tejan Kaba, lidera os 200 observadores da CEDEAO, ao passo que o antigo primeiro-ministro togolês, Edem Kodjo, está à frente dos observadores da UA.