PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Atos de violência na Líbia tornam-se dramáticos
Tripoli, Líbia (PANA) – Os atos de violência notados ultimamente em Tripoli e em Benghazi, no nordeste do país, tomaram uma proporção dramática e, sem dúvida, a mais perigosa desde a queda do ex-ditador Muamar Kadafi, em Agosto de 2011, constatou a PANA no local.
As ruas e bairros destas duas cidades transformaram-se em campo de combates armadas causando centenas de vítimas e uma paralisia da vida quotidiana.
Segundo o último balanço fornecido pelo ministério líbio da Saúde, os confrontos iniciados a 13 de julho último fizeram um total de 97 mortos e mais de 400 feridos, enquanto os danos materiais se estimam em biliões de dólares.
Mais de 20 aviões incendiados, 90 porcento dos equipamentos aeroportuários de Tripoli destruídos e depósitos de combustível incendiados perto do mesmo aeroporto, ameaçando a cidade de uma verdadeira catástrofe, de acordo com o mesmo balanço.
Estes confrontos muito mortíferos opõem as milícias de Zenten (que controlam o aeroporto de Tripoli desde o derrube de Kadafi)e outras alegadamente pertencentes a movimentos islamitas, disputando o controlo desta importante infraestrutura.
O Governo apelou aos beligerantes a cessarem o fogo para permitirem a equipas estrangeiras entrarem no país e ajudarem a conter os incêndios declarados nas reservas de combustível e evitar a propagação do fogo a outros depósitos.
Em Benghazi, segunda cidade líbia e berço da Revolução de 17 de fevereiro de 2011 que derrubou Muamar Kadafi após 42 anos de poder absoluto, 38 pessoas, na sua maioria soldados, morreram nas últimas 24 horas em confrontos que opõem grupos armados islamitas a forças armadas líbias, indica-se.
Desde a sua eclosão a 13 de julho último, os combates de Tripoli prosseguemnos arredores do aeroporto desta cidade capital, alargando-se a vários bairros no sul da mesma.
Segundo o porta-voz do ministério egípcio dos Negócios Estrangeiros, Badr Abdel Aati, 23 pessoas, incluindo Egípcios, pereceram domingo quando um foguete caiu no interior da sua casa em Tripoli.
Vários países europeus, dos quais a Grã-Bretanha e a Alemanha, apelaram aos seus cidadãos para deixarem a Líbia por causa das violências.
Uma caravana da embaixada britânica foi atacada domingo mas não houve vítimas, de acordo com o porta-voz da embaixada, Bob Phillipson.
Acrescentou que a caravana foi vítima de uma tentativa de roubo de veículos mas que os trabalhadores da embaixada estão bem mesmo que os assaltantes tivessem disparado.
O ministério britânico dos Negócios Estrangeiros (Foreign Office) aconselhou, sábado último, no seu site internet, os seus cidadãos a evitarem deslocar-se à Líbia e os que lá se encontram a deixarem o país ''devido a confrontos violentos em Tripoli e à instabilidade e insegurança em todos os lugares do país''.
Por sua vez, os Estados Unidos, cuja embaixada encontra-se ao longo da estrada do aeroporto, evacuaram, sábado, os seus diplomatas por via aérea para a Tunísia.
A Alemanha e a Espanha pediram também a todos os seus cidadãos para fazerem o mesmo ao passo que outros países, à semelhança de outros, nomeadamente a Bélgica, a Áustria, a Roménia, a Suíça, a Noruega, a Dinamarca e a Finlândia, os Países Baixos, que, desde 16 de julho corrente, já qualificaram a situação neste país de "anárquica e incerta no plano de segurança".
Face a estas operações de evacuação dos estrangeiros, o ministério líbio da Saúde alertou da escassez de pessoal na área sanitária, sobretudo depois da decisão das Filipinas de evacuarem os seus cidadãos, dos quais três mil médicos e enfermeiros.
Além da insegurança, as populações de Tripoli e os estrangeiros vivem em condições mais degradantes do que antes, com cortes de energia elétrica, de água potável e uma penúria de combustível.
Segundo o comité de crise de Tripoli, que falava domingo à noite durante um briefing com a imprensa, uma paralisia quase total reina no seio das instituições estaduais devido a uma penúria de alimentos e de serviços.
O comité estabeleceu também contactos com os deputados e constituiu um conselho de sábios na esperança de um acordo de cessar-fogo a que siga a evacuação de todas as forças combatentes, em conformidade com o pedido das populações de Tripoli.
Os confrontos iniciaram-se a 13 de julho último depois de um ataque perpetrado pelos combatentes islamitas apoiados por ex-rebeldes da cidade de Misrata, a 200 quilómetros ao leste de Tripoli, para expulsar do aeroporto os seus antigos irmãos de armas e ex-rebeldes de Zenten, a 170 quilómetros no oeste da cidade capital.
Os ex-rebeldes de Zenten, considerados como o braço armado do corrente liberal, controlam o aeroporto de Tripoli e vários outros sítios militares e civis no sul de Tripoli, assinala-se.
Segundo observadores líbios, estes confrontos fazem parte da luta entre correntes políticos pelo controlo do poder depois das eleições de 25 de junho último.
Deputados e observadores afirmam que estas eleições foram vencidas pelo corrente liberal com mais assentos do que os os islamitas no seio do novo Parlamento.
Face à derrota, estes últimos procuram marcar pontos no plano militar.
O novo Parlamento, que deve iniciar os seus trabalhos a 4 de agosto próximo, terá a sua sede em Benghazi, no nordeste do país, como primeira missão pôr termo às hostilidades que bloqueiam a transição democrática do país.
-0- PANA AD/IN/JSG/CJB/DD 28jul2014
As ruas e bairros destas duas cidades transformaram-se em campo de combates armadas causando centenas de vítimas e uma paralisia da vida quotidiana.
Segundo o último balanço fornecido pelo ministério líbio da Saúde, os confrontos iniciados a 13 de julho último fizeram um total de 97 mortos e mais de 400 feridos, enquanto os danos materiais se estimam em biliões de dólares.
Mais de 20 aviões incendiados, 90 porcento dos equipamentos aeroportuários de Tripoli destruídos e depósitos de combustível incendiados perto do mesmo aeroporto, ameaçando a cidade de uma verdadeira catástrofe, de acordo com o mesmo balanço.
Estes confrontos muito mortíferos opõem as milícias de Zenten (que controlam o aeroporto de Tripoli desde o derrube de Kadafi)e outras alegadamente pertencentes a movimentos islamitas, disputando o controlo desta importante infraestrutura.
O Governo apelou aos beligerantes a cessarem o fogo para permitirem a equipas estrangeiras entrarem no país e ajudarem a conter os incêndios declarados nas reservas de combustível e evitar a propagação do fogo a outros depósitos.
Em Benghazi, segunda cidade líbia e berço da Revolução de 17 de fevereiro de 2011 que derrubou Muamar Kadafi após 42 anos de poder absoluto, 38 pessoas, na sua maioria soldados, morreram nas últimas 24 horas em confrontos que opõem grupos armados islamitas a forças armadas líbias, indica-se.
Desde a sua eclosão a 13 de julho último, os combates de Tripoli prosseguemnos arredores do aeroporto desta cidade capital, alargando-se a vários bairros no sul da mesma.
Segundo o porta-voz do ministério egípcio dos Negócios Estrangeiros, Badr Abdel Aati, 23 pessoas, incluindo Egípcios, pereceram domingo quando um foguete caiu no interior da sua casa em Tripoli.
Vários países europeus, dos quais a Grã-Bretanha e a Alemanha, apelaram aos seus cidadãos para deixarem a Líbia por causa das violências.
Uma caravana da embaixada britânica foi atacada domingo mas não houve vítimas, de acordo com o porta-voz da embaixada, Bob Phillipson.
Acrescentou que a caravana foi vítima de uma tentativa de roubo de veículos mas que os trabalhadores da embaixada estão bem mesmo que os assaltantes tivessem disparado.
O ministério britânico dos Negócios Estrangeiros (Foreign Office) aconselhou, sábado último, no seu site internet, os seus cidadãos a evitarem deslocar-se à Líbia e os que lá se encontram a deixarem o país ''devido a confrontos violentos em Tripoli e à instabilidade e insegurança em todos os lugares do país''.
Por sua vez, os Estados Unidos, cuja embaixada encontra-se ao longo da estrada do aeroporto, evacuaram, sábado, os seus diplomatas por via aérea para a Tunísia.
A Alemanha e a Espanha pediram também a todos os seus cidadãos para fazerem o mesmo ao passo que outros países, à semelhança de outros, nomeadamente a Bélgica, a Áustria, a Roménia, a Suíça, a Noruega, a Dinamarca e a Finlândia, os Países Baixos, que, desde 16 de julho corrente, já qualificaram a situação neste país de "anárquica e incerta no plano de segurança".
Face a estas operações de evacuação dos estrangeiros, o ministério líbio da Saúde alertou da escassez de pessoal na área sanitária, sobretudo depois da decisão das Filipinas de evacuarem os seus cidadãos, dos quais três mil médicos e enfermeiros.
Além da insegurança, as populações de Tripoli e os estrangeiros vivem em condições mais degradantes do que antes, com cortes de energia elétrica, de água potável e uma penúria de combustível.
Segundo o comité de crise de Tripoli, que falava domingo à noite durante um briefing com a imprensa, uma paralisia quase total reina no seio das instituições estaduais devido a uma penúria de alimentos e de serviços.
O comité estabeleceu também contactos com os deputados e constituiu um conselho de sábios na esperança de um acordo de cessar-fogo a que siga a evacuação de todas as forças combatentes, em conformidade com o pedido das populações de Tripoli.
Os confrontos iniciaram-se a 13 de julho último depois de um ataque perpetrado pelos combatentes islamitas apoiados por ex-rebeldes da cidade de Misrata, a 200 quilómetros ao leste de Tripoli, para expulsar do aeroporto os seus antigos irmãos de armas e ex-rebeldes de Zenten, a 170 quilómetros no oeste da cidade capital.
Os ex-rebeldes de Zenten, considerados como o braço armado do corrente liberal, controlam o aeroporto de Tripoli e vários outros sítios militares e civis no sul de Tripoli, assinala-se.
Segundo observadores líbios, estes confrontos fazem parte da luta entre correntes políticos pelo controlo do poder depois das eleições de 25 de junho último.
Deputados e observadores afirmam que estas eleições foram vencidas pelo corrente liberal com mais assentos do que os os islamitas no seio do novo Parlamento.
Face à derrota, estes últimos procuram marcar pontos no plano militar.
O novo Parlamento, que deve iniciar os seus trabalhos a 4 de agosto próximo, terá a sua sede em Benghazi, no nordeste do país, como primeira missão pôr termo às hostilidades que bloqueiam a transição democrática do país.
-0- PANA AD/IN/JSG/CJB/DD 28jul2014