Ativistas quenianos contra conferência mundial sobre saúde reprodutiva
Nairobi, Quénia (PANA) - Uma coligação de Organizações não Governamentais e ativistas Pró-vida organizou segunda-feira uma manifestação, em Nairobi, contra o que chama de "agenda pró-aborto", em alusão ao debate sobre saúde reprodutiva previsto para a próxima Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD25), na capital queniana.
Durante a manifestação decorrida no bairro comercial central de Nairobi, eles pediram ao Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, que rejeitasse o programa a favor de aborto.
Os manifestantes, carregando bandeiras e sinais com mensagens pró-vida, reuniram-se na Avenida Harambee e cantaram canções religiosas antes de apresentar uma petição ao gabinete do Presidente da República.
Mais de 80 mil assinaturas foram apresentadas na petição recebida por Paul Famba, diretor de administração do Ministério do Interior e Coordenação do Governo Nacional.
Os ativistas apelidaram CIPD25 de "um ataque aos valores familiares e um programa neocolonialista liderado por nações ocidentais".
"Queremos enviar uma mensagem ao Presidente Uhuru Kenyatta de que não deve apoiar a agenda da CIPD25", disse Ann Kioko, diretora da campanha Citizen Go para África.
"Ao abrir a conferência, ele deve dizer-lhes que a África apoia a vida, pelo que África, família e Quénia estão contra a agenda", acrescentou.
A coaligação prometeu recolher mais assinaturas para rejeitar a cimeira da CIPD25 e realizará conferências paralelas sobre a vida no Largo Cardeal Otunga, em Nairobi.
Vai igualmente lançar uma campanha online intitulada "Rejeitar a agenda pró-aborto e a sexualização na CIPD25 + Cimeira de Nairobi".
Uma grande marcha está prevista para quinta-feira, 14, no Campo de lazeres do Parc Uhuru, em Nairobi.
-0- PANA DJ/VAO/ASA/TBM/DIM/IZ 12nov2019