Ativistas e opositores postos em liberdade provisória no Senegal
Dakar, Senegal (PANA) – Ativistas e opositores, detidos durante vários meses por diversas acusações ligadas a atividades políticas, beneficiaram quinta-feira de uma liberdade provisória, informou a Agência de Notícias Senegalesa (APS, sigla em francês), citando seus advogados.
Foram libertos por iniciativa do procurador da República que requeria a sua detenção, explicou por telefone um dos juristas, Moussa Sarr, em entrevista telefónica à APS.
Sarr representa 25 dos detidos beneficiários desta medida, incluindo membros do extinto partido Pastef e ativistas conhecidos no espaço público.
O chefe do Estado senegalês, Macky Sall, comprometeu-se recentemente a implementar “um processo pragmático de apaziguamento e reconciliação para preservar a paz e consolidar a estabilidade da nação.”
Ele fez este anúncio um dia após a agitação causada pelo anúncio do adiamento das eleições presidenciais, inicialmente marcadas para 25 de fevereiro.
Macky Sall anunciou a 3 do corrente cancelar o decreto que chamava os senegaleses às urnas a 25 de fevereiro corrente para a eleição de um novo Presidente da República.
Justificou esta decisão por "suspeitas de corrupção" relativas a magistrados que examinaram os 93 processos de candidatura e considerou 20 dentre eles "admissíveis."
Dirigindo-se à nação, o chefe de Estado apelou a “um diálogo nacional aberto, a fim de criar as condições para uma eleição livre, transparente e inclusiva num Senegal pacífico e reconciliado”.
A Assembleia Nacional votou, dois dias depois, uma proposta parlamentar que adiava as eleições presidenciais para 15 de dezembro.
Durante a votação, os deputados que protestavam contra esta proposta e o adiamento da votação foram expulsos da Câmara pela Gendarmaria Nacional.
-0- PANA-APS JSG/MAR/DD 16fev2024