Agência Panafricana de Notícias

Ataque em Angola sem impacto sobre Mundial na África do Sul

Cidade do Cabo- África do Sul (PANA) -- Os organizadores do Mundial de 2010 estão confiantes que o atentado perpetrado contra o autocarro da selecção do Togo em Cabinda, na fronteira entre Angola e o Congo, não terá impacto sobre o torneio previsto para este ano na África do Sul.
Duas pessoas morreram e várias outras ficaram feridas quando homens armados dispararam, sexta-feira, contra o autocarro da delegação togolesa que saía de Ponta Negra, no Congo Brazzaville, para Cabinda, no norte de Angola, para disputar o Campeonato Africano das Nações (CAN).
O assessor de Comunicação do Comité Local de Organização, Rich Mkhondo, declarou que o incidente não terá impacto sobre os preparativos do Mundial que terá início a 11 de Junho.
"Dizer outra coisa equivaleria dizer que um incidente na República Checa, por exemplo, teria um impacto sobre um evento organizado na Grã-Bretanha.
Não há nenhuma relação entre o que se passou em Angola e os preparativos da África do Sul para a organização do Mundial", disse Mkhondo.
"Não devemos comparar a organização e a segurança em Angola com o que se faz na África do Sul apenas porque os dois países estão na mesma região do mundo", indicou.
Adiantou que África acolheu com êxito eventos da FIFA nos últimos oito meses - a Taça das Confederações na África do Sul, o Mundial de Juniores e o Mundial de Sub-20 na Nigéria e no Egipto, respectivamente.
O presidente da FIFA, Sepp Blatter, teceu declarações similares e exprimiu a sua solidariedade com a Confederação Africana de Futebol (CAF).
Numa carta enviada ao presidente da CAF, Issa Hayatou, Blatter afirmou que "este evento infeliz não diminui em nada o facto de que África escreveu algumas das páginas mais belas da história do futebol mundial".
"África é a terra natal de alguns dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos", sublinhou Blatter.
Por seu lado, a Federação Sul-africana de Futebol (SAFA) apresentou igualmente as suas condolências aos membros da equipa do Togo e às famílias das vítimas deste ataque armado reivindicado pelo movimento separatista Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC).
"É uma tragédia para os jogadores togoleses e para as suas famílias, bem como para o povo togolês.
Apresentamos as nossas condolências ao povo angolano e à Federação Angolana de Futebol (FAF).
Eles podem contar com o nosso apoio infalível para lidar com este incidente trágico e horrível.
Estamos confiantes na capacidade das autoridades angolanas de prender e julgar os autores deste ataque", afirmou o presidente da SAFA, Kirsten Nematandani.