PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Associações querem destituir direção da Federação Cabo-verdiana de Futebol
Praia, Cabo Verde (PANA) – As associações regioniais de futebol em Cabo Verde promovem sábado,19, na cidade da Praia, a realização de uma assembleia geral extraordinária da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) para pedir a demissão do seu presiente, Vítor Osório.
Com esta iniciativa, os seus promotores pretendem ultrapassar a situação de impasse que afeta a modalidade em razão da não conclusão do campeonato nacional da época 2016/2017, apurou a PANA, segunda-feira de fonte desportiva.
A convocatória desta assembleia extraordinária, subscrita por 09 das 11 associações representantivas das regiões despotivas do arquipélago, tem também por propósito analisar a situação atual do futebol cabo-verdiano, após uma queda de 31 lugares da seleção masculina no 'ranking' da FIFA.
Os contestatários consideram que a crise que afeta a modalidade é da responsabilidade da atual direção, encabeçada por Vítor Osório, eleito em abril de 2015, sucedendo a Mário Semedo, que esteve no cargo por mais de 15 anos e que não se recandidatou a novo mandato.
Na alttura, o jurista recebeu sete votos das 11 associações, contra quatro de Mário Avelino, o candidato derrotado e que desempenha ainda as funções de presidente da Associação Regional de Futebol de Santiago Sul (ARFSS).
Citado pela agência cabo-verdiana de notícias, o presidente da ARFSS, que é um dos promotores da assembleia, afirmou que a seleção nacional de Cabo Verde está "uma trapalhada" e que a federação se mostra incompetente na sua gestão e não consegue organizar nenhuma competição como deve ser.
Mário Avelino aponta o impasse no término do campeonato nacional na data inicialmente prevista, apesar de a FCF ter prorrogado a época desportiva para além de 31 de julho e mandado repetir os dois jogos das meias-finais entre o Ultramarina de São Nicolau e o Mindelense de São Vicente.
A primeira-mão da eliminatória entre as duas equipas, que devia ser a realizada em junho passado, não teve lugar, já que, depois de dois adiamentos, na terceira data prevista não apareceram as chaves para abrir os portões do estádio em São Nicolau.
A FCF instaurou um processo disciplinar ao Ultramarina, mas o Conselho de Disciplina (CD) da FCF considerou "improcedente" a queixa, concluindo que não ficou provado que o clube teve intenção de esconder as chaves.
O Mindelense também apresentou um recurso, mas o Conselho de Justiça da FCF negou provimento.
Mesmo sem se realizar o jogo da primeira mão em São Nicolau, a FCF marcou o da segunda mão em São Vicente, em que o Ultramarina venceu o Mindelense por 2-0.
Na semana passada, a federação anulou a partida e mandou repetir os dois jogos das meias-finais, mas as duas equipas, inicialmente, não aceitaram a decisão e ameaçaram não jogar.
Enquanto o Ultramarina quer disputar apenas o jogo da primeira mão, o Mindelense quer ir direto para a final e jogar com o Sporting da Praia, o único finalista até agora conhecido.
A FCF marcou o jogo de repetição da primeira mão das meias-finais do campeonato, para o passado domingo, mas a partida não se realizou devido à não comparência do Mindelense, alegando que não conseguiu reunir o número suficiente de jogadores para viajar para São Nicolau.
Mas o Ultramarina entrou em campo juntamente com a equipa de arbitragem, pelo que, agora, com a falta de comparência do Mindelense, os campeões regionais de São Nicolau declararam-se o segundo finalista do campeonato nacional, dizendo que ganharam o direito de jogar com o Sporting da Praia, finalista conhecido há mais de um mês.
Já o Mindelense ameaça avançar com um pedido de impugnação do campeonato, enquanto o presidente da FCF disse que agora os órgãos da federação vão "seguir os regulamentos" neste caso, mas só depois de receber os relatórios do árbitro e do delegado ao jogo que não chegou a ser realizado.
Vitor Osório disse que a federação tem "urgência" em resolver esse processo, decidindo quem vai à final, uma vez que terá de marcar a primeira mão da final e comprar as passagens das equipas finalistas que, em princpio, devem ser o Sporting da Praia e o Utramarina.
Contudo, este caso insólito no futebol cabo-verdiano está a gerar muita polémica no país e vai ter um novo desenvolvimento com a assembleia geral extraordinária, marcada para sábado, para analisar a situação da modalidade no país e pedir a demissão de Vítor Osório.
-0- PANA CS/IZ 15ago2017
Com esta iniciativa, os seus promotores pretendem ultrapassar a situação de impasse que afeta a modalidade em razão da não conclusão do campeonato nacional da época 2016/2017, apurou a PANA, segunda-feira de fonte desportiva.
A convocatória desta assembleia extraordinária, subscrita por 09 das 11 associações representantivas das regiões despotivas do arquipélago, tem também por propósito analisar a situação atual do futebol cabo-verdiano, após uma queda de 31 lugares da seleção masculina no 'ranking' da FIFA.
Os contestatários consideram que a crise que afeta a modalidade é da responsabilidade da atual direção, encabeçada por Vítor Osório, eleito em abril de 2015, sucedendo a Mário Semedo, que esteve no cargo por mais de 15 anos e que não se recandidatou a novo mandato.
Na alttura, o jurista recebeu sete votos das 11 associações, contra quatro de Mário Avelino, o candidato derrotado e que desempenha ainda as funções de presidente da Associação Regional de Futebol de Santiago Sul (ARFSS).
Citado pela agência cabo-verdiana de notícias, o presidente da ARFSS, que é um dos promotores da assembleia, afirmou que a seleção nacional de Cabo Verde está "uma trapalhada" e que a federação se mostra incompetente na sua gestão e não consegue organizar nenhuma competição como deve ser.
Mário Avelino aponta o impasse no término do campeonato nacional na data inicialmente prevista, apesar de a FCF ter prorrogado a época desportiva para além de 31 de julho e mandado repetir os dois jogos das meias-finais entre o Ultramarina de São Nicolau e o Mindelense de São Vicente.
A primeira-mão da eliminatória entre as duas equipas, que devia ser a realizada em junho passado, não teve lugar, já que, depois de dois adiamentos, na terceira data prevista não apareceram as chaves para abrir os portões do estádio em São Nicolau.
A FCF instaurou um processo disciplinar ao Ultramarina, mas o Conselho de Disciplina (CD) da FCF considerou "improcedente" a queixa, concluindo que não ficou provado que o clube teve intenção de esconder as chaves.
O Mindelense também apresentou um recurso, mas o Conselho de Justiça da FCF negou provimento.
Mesmo sem se realizar o jogo da primeira mão em São Nicolau, a FCF marcou o da segunda mão em São Vicente, em que o Ultramarina venceu o Mindelense por 2-0.
Na semana passada, a federação anulou a partida e mandou repetir os dois jogos das meias-finais, mas as duas equipas, inicialmente, não aceitaram a decisão e ameaçaram não jogar.
Enquanto o Ultramarina quer disputar apenas o jogo da primeira mão, o Mindelense quer ir direto para a final e jogar com o Sporting da Praia, o único finalista até agora conhecido.
A FCF marcou o jogo de repetição da primeira mão das meias-finais do campeonato, para o passado domingo, mas a partida não se realizou devido à não comparência do Mindelense, alegando que não conseguiu reunir o número suficiente de jogadores para viajar para São Nicolau.
Mas o Ultramarina entrou em campo juntamente com a equipa de arbitragem, pelo que, agora, com a falta de comparência do Mindelense, os campeões regionais de São Nicolau declararam-se o segundo finalista do campeonato nacional, dizendo que ganharam o direito de jogar com o Sporting da Praia, finalista conhecido há mais de um mês.
Já o Mindelense ameaça avançar com um pedido de impugnação do campeonato, enquanto o presidente da FCF disse que agora os órgãos da federação vão "seguir os regulamentos" neste caso, mas só depois de receber os relatórios do árbitro e do delegado ao jogo que não chegou a ser realizado.
Vitor Osório disse que a federação tem "urgência" em resolver esse processo, decidindo quem vai à final, uma vez que terá de marcar a primeira mão da final e comprar as passagens das equipas finalistas que, em princpio, devem ser o Sporting da Praia e o Utramarina.
Contudo, este caso insólito no futebol cabo-verdiano está a gerar muita polémica no país e vai ter um novo desenvolvimento com a assembleia geral extraordinária, marcada para sábado, para analisar a situação da modalidade no país e pedir a demissão de Vítor Osório.
-0- PANA CS/IZ 15ago2017