PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Associação exige programa específico para pessoas com esquizofrenia em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – A Associação de Promoção da Saúde Mental, designada A Ponte, reivindicou, quinta-feira, na cidade da Praia, um programa específico virado para pessoas que sofrem de esquizofrenia em Cabo Verde, de modo a dar-lhes maior dignidade, apurou a PANA, de fonte segura.
O pedido desta Organização Não Governamental (ONG) foi feito pelo seu presidente, Daniel Silves Ferreira, na abertura do XIV Fórum de A Ponte que assinala, em Cabo Verde, o Dia Mundial da Saúde Mental (10 de outubro), a decorrer este ano sob o lema “Viver com esquizofrenia”.
De acordo com o psiquiatra Daniel Silves Ferreira, o XIV Fórum, que assinala também o 14º aniversário da organização, vai, ao longo de três dias, discutir profundamente a realidade desta patologia no arquipélago e traçar os caminhos a percorrer para que, num futuro bem próximo, “viver com esquizofrenia não signifique degradação constante e permanente”.
Afirmou que, no país, assim como o mundo inteiro, “tem uma situação muito complicada em relação a esta doença”, frisando no entanto que "viver com a esquizofrenia deve significar possibilidade de reabilitação e de recuperação”.
“Informa-se que três quartos dos 90 porcento das pessoas com a esquizofrenia nos países em desenvolvimento não têm sequer um tratamento adequado, quer a nível farmacológico, dos medicamentos essenciais, quer das abordagens psicossociais”, anotou.
No caso de Cabo Verde, ele reconheceu que o pais tem poucos recursos, destacando a falta de recursos humanos em matéria de saúde mental, de recursos materiais e financeiros, para além da falta de uma política de saúde mental virada para o tratamento das condições mentais graves como a esquizofrenia.
“Não havendo essa política, não havendo um programa que esteja devidamente virado para essa população, continuamos a ter problemas sérios com as pessoas com a esquizofrenia”, advertiu.
O psiquiatra assinala também que as famílias com portadores dessa doença também sentem imensas dificuldades.
“Viver com a esquizofrenia é uma questão que diz respeito a todos, pelo que é necessário encontrar soluções conjuntamente, devendo o Governo, antes de mais, reconhecer que a doença é uma condição grave, incapacitante e, muitas vezes, estigmatizada, e dizer muito claramente que pretende que este quadro seja drasticamente mudado”, sintetizou.
O XIV Fórum da associação que se ocupa da problemática da saúde mental em Cabo Verde inclui um vasto programa de reflexões, nomeadamente uma conferência sob o lema “Viver com esquizofrenia” e sessões de trabalho em painéis, que se vão debruçar sobre o passado e o presente da doença, o seu impacto e a reabilitação.
O debate sobre as “doenças mentais graves: a experiência das associações” também vai mobilizar participantes nacionais dedicados à análise das causas desta anomalia.
-0- PANA CS/DD 10out2014
O pedido desta Organização Não Governamental (ONG) foi feito pelo seu presidente, Daniel Silves Ferreira, na abertura do XIV Fórum de A Ponte que assinala, em Cabo Verde, o Dia Mundial da Saúde Mental (10 de outubro), a decorrer este ano sob o lema “Viver com esquizofrenia”.
De acordo com o psiquiatra Daniel Silves Ferreira, o XIV Fórum, que assinala também o 14º aniversário da organização, vai, ao longo de três dias, discutir profundamente a realidade desta patologia no arquipélago e traçar os caminhos a percorrer para que, num futuro bem próximo, “viver com esquizofrenia não signifique degradação constante e permanente”.
Afirmou que, no país, assim como o mundo inteiro, “tem uma situação muito complicada em relação a esta doença”, frisando no entanto que "viver com a esquizofrenia deve significar possibilidade de reabilitação e de recuperação”.
“Informa-se que três quartos dos 90 porcento das pessoas com a esquizofrenia nos países em desenvolvimento não têm sequer um tratamento adequado, quer a nível farmacológico, dos medicamentos essenciais, quer das abordagens psicossociais”, anotou.
No caso de Cabo Verde, ele reconheceu que o pais tem poucos recursos, destacando a falta de recursos humanos em matéria de saúde mental, de recursos materiais e financeiros, para além da falta de uma política de saúde mental virada para o tratamento das condições mentais graves como a esquizofrenia.
“Não havendo essa política, não havendo um programa que esteja devidamente virado para essa população, continuamos a ter problemas sérios com as pessoas com a esquizofrenia”, advertiu.
O psiquiatra assinala também que as famílias com portadores dessa doença também sentem imensas dificuldades.
“Viver com a esquizofrenia é uma questão que diz respeito a todos, pelo que é necessário encontrar soluções conjuntamente, devendo o Governo, antes de mais, reconhecer que a doença é uma condição grave, incapacitante e, muitas vezes, estigmatizada, e dizer muito claramente que pretende que este quadro seja drasticamente mudado”, sintetizou.
O XIV Fórum da associação que se ocupa da problemática da saúde mental em Cabo Verde inclui um vasto programa de reflexões, nomeadamente uma conferência sob o lema “Viver com esquizofrenia” e sessões de trabalho em painéis, que se vão debruçar sobre o passado e o presente da doença, o seu impacto e a reabilitação.
O debate sobre as “doenças mentais graves: a experiência das associações” também vai mobilizar participantes nacionais dedicados à análise das causas desta anomalia.
-0- PANA CS/DD 10out2014