PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Aristide Lima candidata-se às eleições presidenciais em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - O antigo presidente da Assembleia Nacional (Parlamento) de Cabo Verde, Aristides Lima, anunciou oficialmente quinta-feira a sua candidatura independente às eleições presidenciais previstas para este ano no arquipélago, soube a PANA na Praia de fonte oficial.
O atual Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, termina este ano o seu segundo e último mandato e está impedido pela Constituição de se candidatar.
Aristides Lima, que foi líder do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) quando estava na oposição (1993 e 1996), anunciou-se como candidato da “cidadania e independência”.
O PAICV, atualmente no poder, indicou como seu candidato às eleições presidenciais Manuel Inocêncio de Sousa, antigo ministro das Infra-estruturas, Transportes e Telecomunicações.
A Comissão Política do PAICV, reunida a 12 de março para escolher entre três pré-candidatos do partido liderado pelo primeiro-ministro José Maria Neves, decidiu a favor de Manuel Inocêncio, apesar de este surgir pior colocado nas sondagens para as presidenciais, onde Aristides Lima surge como o preferido dos eleitores cabo-verdianos.
Contudo, na primeira volta da votação realizada pelos cerca de 90 membros do Conselho Nacional, Aristides Lima foi o menos votado, sendo ultrapassado por Manuel Inocêncio e o terceiro candidato, David Hopffer Almada, jurista e antigo ministro nos Governos da I República.
Na segunda votação, sem a participação de Aristides Lima, o antigo ministro das Infra-estruturas, Transportes e Telecomunicações conseguir maior número de votos dos membros do Conselho Nacional (50), contra (30) para David Hopffer Almada.
Numa primeira reação à recusa da direção do PAICV de apoiar a sua candidatura, Aristides Lima disse ter recebido os resultados com surpresa, já que, segundo ele, o candidato Manuel Inocêncio era o que gozava de menos apoio até fevereiro passado.
Na altura, o antigo presidente do Parlamento deu a entender que não descartava a possibilidade de avançar como independente, depois de ouvir os seus apoiantes. “Não posso, nem devo, deixar de ter em consideração as expetativas da grande maioria das Cabo-verdianas e Cabo-verdianos que continua a manifestar o seu inequívoco apoio à minha candidatura”, precisou Aristides Lima.
Tudo indica que a decisão de Aristides Lima de concorrer às eleições presidenciais sem apoio partidário tem como suporte uma sondagem, realizada entre 24 e 29 de março, que lhe dava como o mais favorito entre os outros dois candidatos que já anunciaram oficialmente as suas candidaturas, nomeadamente Manuel Inocêncio Sousa, do PAICV, e Jorge Carlos Fonseca, do Movimento para a Democracia (MpD), o maior partido da oposição em Cabo Verde.
Reagindo ao anúncio oficial da candidatura de Aristides Lima à Presidência da República, o candidato apoiado pelo PAICV disse encarar com naturalidade a decisão do seu colega de partido, uma vez que as eleições presidenciais são disputadas por cidadãos e nada têm a ver com partidos políticos.
Manuel Inocêncio lembrou, no entanto, que o PAICV “já definiu claramente” a sua posição de apoiar a sua candidatura, sublinhando que não antevê qualquer divisão no partido, tendo em conta que Aristides Lima é igualmente militante do antigo partido único, do qual já foi secretário-geral (1993-1996).
Entretanto, Aristides Lima, eleito e reeleito sucessivamente deputado (1985, 1991, 1995, 2001, 2006 e 2011), afirmou que vai suspender o único mandato obtido nas legislativas deste ano pelo PAICV na ilha Boa Vista, escusando-se a comentar a ideia de regressar ao Parlamento caso perca as presidenciais.
Antes de entrar na política a fundo, em 1974, Aristides Lima recusou uma bolsa para fazer estudos superiores em Portugal, optando por aderir ao PAICV e fazer carreira de jornalista – no extinto “Voz di Povo”. Ele ingressou na administração pública em 1976 e foi conselheiro jurídico do então Presidente cabo-verdiano, Aristides Pereira.
-0- PANA CS/TON 01abr2011
O atual Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, termina este ano o seu segundo e último mandato e está impedido pela Constituição de se candidatar.
Aristides Lima, que foi líder do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) quando estava na oposição (1993 e 1996), anunciou-se como candidato da “cidadania e independência”.
O PAICV, atualmente no poder, indicou como seu candidato às eleições presidenciais Manuel Inocêncio de Sousa, antigo ministro das Infra-estruturas, Transportes e Telecomunicações.
A Comissão Política do PAICV, reunida a 12 de março para escolher entre três pré-candidatos do partido liderado pelo primeiro-ministro José Maria Neves, decidiu a favor de Manuel Inocêncio, apesar de este surgir pior colocado nas sondagens para as presidenciais, onde Aristides Lima surge como o preferido dos eleitores cabo-verdianos.
Contudo, na primeira volta da votação realizada pelos cerca de 90 membros do Conselho Nacional, Aristides Lima foi o menos votado, sendo ultrapassado por Manuel Inocêncio e o terceiro candidato, David Hopffer Almada, jurista e antigo ministro nos Governos da I República.
Na segunda votação, sem a participação de Aristides Lima, o antigo ministro das Infra-estruturas, Transportes e Telecomunicações conseguir maior número de votos dos membros do Conselho Nacional (50), contra (30) para David Hopffer Almada.
Numa primeira reação à recusa da direção do PAICV de apoiar a sua candidatura, Aristides Lima disse ter recebido os resultados com surpresa, já que, segundo ele, o candidato Manuel Inocêncio era o que gozava de menos apoio até fevereiro passado.
Na altura, o antigo presidente do Parlamento deu a entender que não descartava a possibilidade de avançar como independente, depois de ouvir os seus apoiantes. “Não posso, nem devo, deixar de ter em consideração as expetativas da grande maioria das Cabo-verdianas e Cabo-verdianos que continua a manifestar o seu inequívoco apoio à minha candidatura”, precisou Aristides Lima.
Tudo indica que a decisão de Aristides Lima de concorrer às eleições presidenciais sem apoio partidário tem como suporte uma sondagem, realizada entre 24 e 29 de março, que lhe dava como o mais favorito entre os outros dois candidatos que já anunciaram oficialmente as suas candidaturas, nomeadamente Manuel Inocêncio Sousa, do PAICV, e Jorge Carlos Fonseca, do Movimento para a Democracia (MpD), o maior partido da oposição em Cabo Verde.
Reagindo ao anúncio oficial da candidatura de Aristides Lima à Presidência da República, o candidato apoiado pelo PAICV disse encarar com naturalidade a decisão do seu colega de partido, uma vez que as eleições presidenciais são disputadas por cidadãos e nada têm a ver com partidos políticos.
Manuel Inocêncio lembrou, no entanto, que o PAICV “já definiu claramente” a sua posição de apoiar a sua candidatura, sublinhando que não antevê qualquer divisão no partido, tendo em conta que Aristides Lima é igualmente militante do antigo partido único, do qual já foi secretário-geral (1993-1996).
Entretanto, Aristides Lima, eleito e reeleito sucessivamente deputado (1985, 1991, 1995, 2001, 2006 e 2011), afirmou que vai suspender o único mandato obtido nas legislativas deste ano pelo PAICV na ilha Boa Vista, escusando-se a comentar a ideia de regressar ao Parlamento caso perca as presidenciais.
Antes de entrar na política a fundo, em 1974, Aristides Lima recusou uma bolsa para fazer estudos superiores em Portugal, optando por aderir ao PAICV e fazer carreira de jornalista – no extinto “Voz di Povo”. Ele ingressou na administração pública em 1976 e foi conselheiro jurídico do então Presidente cabo-verdiano, Aristides Pereira.
-0- PANA CS/TON 01abr2011