PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Apelo para mais proteção e mais apoio a civis vítimas de conflito na região do Lago Tchad
Berlim, Alemanha (PANA) - Organizações internacionais advogam mais proteção e mais apoio aos civis mais afetados pelo conflito na região do Lago Tchad, soube-se esta terça-feira de fonte oficial em Berlim.
Os nove anos de conflito na bacia do Lago Tchad tiveram consequências dramáticas na vida de de cerca de 11 milhõwes de pessoas dependentes da ajuda humanitária para sobreviverem, indica um comunicado do Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC, sigla em inglês), um destas organizações autores do apelo lançado durante uma conferência de alto nível ocorrida em Berlim sobre esta região do centro de África.
O NRC sublinha na sua nota que a insurreição e operações militares nos quatro países membros da bacia do Lago Tchad, designadamente Nigéria, Tchad, Camarões e Níger, fez deslocar dois milhões e 400 mil pessoas, deixando numa situação de insegurança alimentar mais cinco milhões de outras e reduzindo drasticamente a atividade económica.
O conflito impacta forte e negativamente as economias locais e os meios de subsistência das populações, implicando um grande número de vítimas civis e graves abusos, tal como o recrutamento de crianças por grupos armados, violações sexuais e raptos, de acordo com o documento..
A situação de segurança entrava cada vez mais o acesso de atores humanitários às pessoas carentes de um apoio vital. No nordeste da Nigéria, mais de 800 mil pessoas vivem ainda em zonas de difícil acesso, privadas da ajuda humanitária, enquanto operações militares nas ilhas do Lago Tchad interditam atualmente a organizações filantrópicas de fornecer assistência aos necessitantes, revelou o NRC.
"A conferência do ano transato permitiu evitar a fome na região. Este ano, a conferência deve não só continuar esta operação de salvamento, mas também fazer da proteção das crianças, das mulheres e dos homens vulneráveis uma prioridade absoluta. As famílias afetadas pelo conflito dependem da comunidade internacional para colocar a vida dos civis acima de programas concorrentes, nomeadamente a guera contra o terrorismo", indicou o secretário-geral do NRC, Jan Egeland.
De acordo com o comunicado, a comunidade humanitária intensificou a resposta de maneira significativa em 2017, mas as necessidades humanitárias continuam enormes, devendo prosseguir até a 2019 e além.
Além do NRC, assinaram este comunicado a Ação contra Fome, CARE, International Emergency and Development Aid Relief (Ajuda, Desenvolvimento e Emergência Internacional), International Medical Corps (Corpo Médico Internacional), International Rescue Committee (Comité de Resgate Internacional), Fundação Mundial Luterano, Mercy Corps (Corpos Humanitários), Nigeria INGO Forum, Conselho Norueguês para Refugiados, Plano Internacional e Save the Children (Salve Crianças).
-0- PANA MA/JSG/DD 4set2018
Os nove anos de conflito na bacia do Lago Tchad tiveram consequências dramáticas na vida de de cerca de 11 milhõwes de pessoas dependentes da ajuda humanitária para sobreviverem, indica um comunicado do Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC, sigla em inglês), um destas organizações autores do apelo lançado durante uma conferência de alto nível ocorrida em Berlim sobre esta região do centro de África.
O NRC sublinha na sua nota que a insurreição e operações militares nos quatro países membros da bacia do Lago Tchad, designadamente Nigéria, Tchad, Camarões e Níger, fez deslocar dois milhões e 400 mil pessoas, deixando numa situação de insegurança alimentar mais cinco milhões de outras e reduzindo drasticamente a atividade económica.
O conflito impacta forte e negativamente as economias locais e os meios de subsistência das populações, implicando um grande número de vítimas civis e graves abusos, tal como o recrutamento de crianças por grupos armados, violações sexuais e raptos, de acordo com o documento..
A situação de segurança entrava cada vez mais o acesso de atores humanitários às pessoas carentes de um apoio vital. No nordeste da Nigéria, mais de 800 mil pessoas vivem ainda em zonas de difícil acesso, privadas da ajuda humanitária, enquanto operações militares nas ilhas do Lago Tchad interditam atualmente a organizações filantrópicas de fornecer assistência aos necessitantes, revelou o NRC.
"A conferência do ano transato permitiu evitar a fome na região. Este ano, a conferência deve não só continuar esta operação de salvamento, mas também fazer da proteção das crianças, das mulheres e dos homens vulneráveis uma prioridade absoluta. As famílias afetadas pelo conflito dependem da comunidade internacional para colocar a vida dos civis acima de programas concorrentes, nomeadamente a guera contra o terrorismo", indicou o secretário-geral do NRC, Jan Egeland.
De acordo com o comunicado, a comunidade humanitária intensificou a resposta de maneira significativa em 2017, mas as necessidades humanitárias continuam enormes, devendo prosseguir até a 2019 e além.
Além do NRC, assinaram este comunicado a Ação contra Fome, CARE, International Emergency and Development Aid Relief (Ajuda, Desenvolvimento e Emergência Internacional), International Medical Corps (Corpo Médico Internacional), International Rescue Committee (Comité de Resgate Internacional), Fundação Mundial Luterano, Mercy Corps (Corpos Humanitários), Nigeria INGO Forum, Conselho Norueguês para Refugiados, Plano Internacional e Save the Children (Salve Crianças).
-0- PANA MA/JSG/DD 4set2018