PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Antigo ministro da Saúde implicado nos massacres de setembro de 2009 na Guiné
Conakry, Guiné (PANA) – O antigo ministro guineense da Saúde de transição (2009-2010), coronel Abdoulaye Chérif Diaby, foi inculpado de "responsabilidade presumida" nos eventos de 28 de setembro de 2009 durante os quais mais de 100 manifestantes da oposição foram friamente abatidos pelas forças de segurança no recinto e nos arredores do maior estádio desportivo de Conakry e do país, soube sábado a PANA de fonte judiciária.
Respondendo ao apelo de vários líderes da oposição que pretendiam denunciar a candidatura eventual às eleições presidenciais do então chefe da Junta Militar, capitão Moussa Dadis Camará, os manifestantes foram surpreendidos no recinto do Estádio pelas forças de segurança que dispararam balas contra eles e violaram várias mulheres no local.
A Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH) e a Organização Guineense dos Direitos Humanos (OGDH) saudaram, num comunicado, esta nova inculpação como "um sinal forte" para a luta contra a impunidade na Guiné.
As duas Organizações não Governamentais apelaram às autoridades políticas e judiciárias a prosseguirem e redobrarem de esforços na luta contra a impunidade, como condição essencial do Estado de Direito e da reconciliação nacional.
Médico militar, o coronel Diaby foi igualmente acusado de ter facilitado o controlo pelo militares de vários centros de saúde, nomeadamente o Centro Hospitalar Universitário (CHU) de Donka, não longe do Estádio 28 de setembro, para onde foi transferida a maioria dos feridos.
O coronel Diaby já foi acusado pela comissão de inquérito internacional das Nações Unidas como uma das pessoas implicadas nas graves violações dos direitos humanos no Estádio.
Ele foi igualmente detido no quadro do atentado de julho de 2011 contra o domicílio privado do Presidente eleito, Alpha Condé, no entanto libertado por falta de provas da sua implicação neste caso pelo qual vários oficiais, próximos do antigo Presidente de transição, general Sékouba Konaté, estão detidos à espera da data do seu julgamento, ainda não fixada.
O coronel Moussa Tiégboro Camará, então responsável dos Serviços Especiais para a luta contra o grande banditismo e o tráfico de drogas, foi também inculpado pela sua responsabilidade nos massacres do Estádio 28 de setembro.
Funcionários do Tribunal Penal Internacional (TPI), que efetuaram missões na Guinée no quadro da evolução dos inquéritos em curso sobre estes eventos, bem como a atual procuradora desta instituição judicial internacional, Fatou Bensouda, saudaram a diligência com a qual os magistrados guineenses prosseguem o seu trabalho, sem obstáculos.
-0- PANA AC/JSG/CJB/IZ 22set2012
Respondendo ao apelo de vários líderes da oposição que pretendiam denunciar a candidatura eventual às eleições presidenciais do então chefe da Junta Militar, capitão Moussa Dadis Camará, os manifestantes foram surpreendidos no recinto do Estádio pelas forças de segurança que dispararam balas contra eles e violaram várias mulheres no local.
A Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH) e a Organização Guineense dos Direitos Humanos (OGDH) saudaram, num comunicado, esta nova inculpação como "um sinal forte" para a luta contra a impunidade na Guiné.
As duas Organizações não Governamentais apelaram às autoridades políticas e judiciárias a prosseguirem e redobrarem de esforços na luta contra a impunidade, como condição essencial do Estado de Direito e da reconciliação nacional.
Médico militar, o coronel Diaby foi igualmente acusado de ter facilitado o controlo pelo militares de vários centros de saúde, nomeadamente o Centro Hospitalar Universitário (CHU) de Donka, não longe do Estádio 28 de setembro, para onde foi transferida a maioria dos feridos.
O coronel Diaby já foi acusado pela comissão de inquérito internacional das Nações Unidas como uma das pessoas implicadas nas graves violações dos direitos humanos no Estádio.
Ele foi igualmente detido no quadro do atentado de julho de 2011 contra o domicílio privado do Presidente eleito, Alpha Condé, no entanto libertado por falta de provas da sua implicação neste caso pelo qual vários oficiais, próximos do antigo Presidente de transição, general Sékouba Konaté, estão detidos à espera da data do seu julgamento, ainda não fixada.
O coronel Moussa Tiégboro Camará, então responsável dos Serviços Especiais para a luta contra o grande banditismo e o tráfico de drogas, foi também inculpado pela sua responsabilidade nos massacres do Estádio 28 de setembro.
Funcionários do Tribunal Penal Internacional (TPI), que efetuaram missões na Guinée no quadro da evolução dos inquéritos em curso sobre estes eventos, bem como a atual procuradora desta instituição judicial internacional, Fatou Bensouda, saudaram a diligência com a qual os magistrados guineenses prosseguem o seu trabalho, sem obstáculos.
-0- PANA AC/JSG/CJB/IZ 22set2012