PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Antigo Presidente santomense minimiza projeto de diálogo nacional
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - O antigo chefe de Estado santomense, Miguel Trovoada, desvalorizou o projeto em curso do atual Presidente, Manuel Pinto da Costa, para a realização de um diálogo nacional sem a participação de partidos políticos, incluindo a opositora Ação Democrática Independente (ADI), uma formação política por ele inspirado.
Trovoada defende que tal exercício deve ser permanente e com a inclusão de todas as forças políticas do arquipélago para conferir à iniciativa um caráter verdadeiramente nacional.
“Se não está (presente) um partido que representa quase a maioria do povo envolvido nesta iniciativa, podemos considerá-la de um diálogo seminacional”, afirmou em alusão à ausência da ADI e dos partidos que sustentam o Governo dos preparativos do diálogo nacional.
No seu entender, o dialogo nacional não precisa de momentos especiais para ser realizado muito menos de ambientes de tocar tambores e trombetas, que é um momento "para destrair o povo”.
Miguel Trovoada repudiou o formato do diálogo em causa e congratulou-se com a posição defendida pelos partidos da coligação no poder, designadamente o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), o Partido da Convergência Democratica (PCD) e o Movimento Democrático Força da Mudança - Partido Liberal (MDFM-PL).
“Se depois do diálogo, as conclusões se constituírem num instrumento da Assembleia e a força política que esteve de fora ganhar as eleições, o seu programa que foi sufragado contrariamente ao diálogo nacional não será uma perda de tempo e energia?”, interrogou-se.
Parafraseando o Presidente americano, Barack Obama, o antigo estadista santomense disse ser “fundamental cultivar o espírito de estabilidade e a democracia não precisa de homens fortes mas de instituições fortes, daí que temos que consolidar as nossas instituições democráticas".
Trovoada criticou ainda as declarações de Pinto da Costa, durante as reuniões com a população de todos os distritos de São Tomé, segundo as quais “os partidos políticos não estão acima do povo”.
“Nota-se uma partidofobia contra os partidos políticos, talvez se queira fazer a democracia direta, como na Grécia antiga, não sei, mas, onde é que se elaboram as leis?”, questionou.
Para Miguel Trovoada, que falava segunda-feira em conferência de imprensa num dos hotéis da capital, São Tomé, existe uma vontade deliberada do atual Presidente em querer fragilizar e acabar com os partidos (políticos).
Segundo ele, se os partidos políticos estão doentes existem médicos, que devem curá-los e não deixá-los morrer, porquanto "as crises são normais no interior dos partidos políticos".
As declarações de Trovoada coincidiram com o fim de uma sessão preparatória ao diálogo nacional que culminou com um encontro, segunda-feira, com os alunos do Liceu Nacional, maior estabelecimento de ensino do país, no Estádio Nacional 12 de Julho.
No dia seguinte, Manuel Pinto da Costa deslocou-se à região autónoma do Príncipe no quadro do mesmo processo preparatório ao diálogo nacional.
-0- PANA RMG/IZ 18março2014
Trovoada defende que tal exercício deve ser permanente e com a inclusão de todas as forças políticas do arquipélago para conferir à iniciativa um caráter verdadeiramente nacional.
“Se não está (presente) um partido que representa quase a maioria do povo envolvido nesta iniciativa, podemos considerá-la de um diálogo seminacional”, afirmou em alusão à ausência da ADI e dos partidos que sustentam o Governo dos preparativos do diálogo nacional.
No seu entender, o dialogo nacional não precisa de momentos especiais para ser realizado muito menos de ambientes de tocar tambores e trombetas, que é um momento "para destrair o povo”.
Miguel Trovoada repudiou o formato do diálogo em causa e congratulou-se com a posição defendida pelos partidos da coligação no poder, designadamente o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), o Partido da Convergência Democratica (PCD) e o Movimento Democrático Força da Mudança - Partido Liberal (MDFM-PL).
“Se depois do diálogo, as conclusões se constituírem num instrumento da Assembleia e a força política que esteve de fora ganhar as eleições, o seu programa que foi sufragado contrariamente ao diálogo nacional não será uma perda de tempo e energia?”, interrogou-se.
Parafraseando o Presidente americano, Barack Obama, o antigo estadista santomense disse ser “fundamental cultivar o espírito de estabilidade e a democracia não precisa de homens fortes mas de instituições fortes, daí que temos que consolidar as nossas instituições democráticas".
Trovoada criticou ainda as declarações de Pinto da Costa, durante as reuniões com a população de todos os distritos de São Tomé, segundo as quais “os partidos políticos não estão acima do povo”.
“Nota-se uma partidofobia contra os partidos políticos, talvez se queira fazer a democracia direta, como na Grécia antiga, não sei, mas, onde é que se elaboram as leis?”, questionou.
Para Miguel Trovoada, que falava segunda-feira em conferência de imprensa num dos hotéis da capital, São Tomé, existe uma vontade deliberada do atual Presidente em querer fragilizar e acabar com os partidos (políticos).
Segundo ele, se os partidos políticos estão doentes existem médicos, que devem curá-los e não deixá-los morrer, porquanto "as crises são normais no interior dos partidos políticos".
As declarações de Trovoada coincidiram com o fim de uma sessão preparatória ao diálogo nacional que culminou com um encontro, segunda-feira, com os alunos do Liceu Nacional, maior estabelecimento de ensino do país, no Estádio Nacional 12 de Julho.
No dia seguinte, Manuel Pinto da Costa deslocou-se à região autónoma do Príncipe no quadro do mesmo processo preparatório ao diálogo nacional.
-0- PANA RMG/IZ 18março2014