Agência Panafricana de Notícias

Angolano George Chicoti candidato favorito a cargo de secretário-geral de ACP

Bruxelas, Bélgica (PANA) – O embaixador de Angola na Bélgica e junto da União Europeia, George Chicoti, é candidato ao cargo de secretário-geral do Grupo África, Caraíbas e Pacífico  (ACP), soube a PANA de fonte oficial em Bruxelas.

Dois outros candidatos estão em competição, Brave Rona Ndisale do Malawi, atualmente em cargo da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) , e Tadeus Chifamba, embaixador do Zimbabwe em Bruxelas.

O cargo de secretário-geral do Grupo ACP é duma importância estratégica, na medida em que o Acordo de Cotonou, assinado em junho de 2000, na capital económica beninense, para uma duração de 20 anos, termina em fevereiro de 2020.

Peritos de duas partes, UE e ACP, estão a finalizar a edição dum texto da nova parceria, o "pós-Cotonou".

O negociador em chefe para os ACP é Robert Dussey, ministro togolês dos Negócios Estrangeiros, Neven Mimica, comissário europeu encarregue do Desenvolvimento, representante da UE.

Segundo um diplomata africano, que exigiu o o anonimato, George Chicoti é favorito nesta corrida, devido à sua experiência como ministro angolano dos Negócios Estrangeiros (de 2010 a 2017), que lhe permitiu estabelecer boas relações com vários países.

O candidato angolano, George Chicoti diplamata experiente, que domina bem principais dossiês internacionais, é o favorito para ocupar o cargo de secretário-geral do Grupo ACP.

Além disso, Angola figura entre os melhores países contribuintes para o orçamento do Grupo ACP, que sofreu, há muito tempo, das falhas finaneiras de alguns países africanos.

Também, Angola guarda uma imagem muito positiva no seio do Grupo ACP e da UE, especialmente desde as eleições do atual Presidente da República, João Lourenço, à frente do país.

A República Centroafricana, o Tchad, a República Democrática do Congo (RDC) e outros países africanos já fizeram a experiência.

A falta de pagamento da contribuição para o orçamento causa a suspensão do direito de voto do pais em causa no seio do grupo.

O Zimbabwe foi durante muito em desgraça nas suas relações com a UE, devido à política levada a cabo, desde 2000, pelo então Presidente zimbabweano, Robert Mugabe.

O embaixador do Zimbabwe, Tadeus Chifamba, tem, por isso, pouca sorte para ser eleito à frente do Grupo ACP.

Na mesma situqação se encontra também a candidata do Malawi, Brave Rona Ndisale, pouco conhecida nos meios diplomáticos europeus e africanos.

O estado das relações com a UE conta muito para a acessão dum país ao cargo de secretário-geral do Grupo ACP.

Um regime africano acusado de violações graves dos princípios democráticos, que ligam a UE aos países ACP, tem pouca sorte de ver o seu candidato aceite como secretário-geral do Grupo ACP.

-0- PANA AK/JSG/MAR/DD 25out2019