PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola solidariza-se com povo do Burundi
Bujumbura, Burundi (PANA) – Angola expressou a sua solidariedade e simpatia ao povo burundês na sequência do ressurgimento de violências que fizeram recentemente várias dezenas de mortos em confrontos armados entre grupos de indivíduos ainda não claramente identificados e forças governamentais, em Bujumbura, a capital do país.
Esta solidariedade de Angola foi expressa esta sexta-feira pelo ministro angolano das Relações Exteriores, Gerges Rebelo Chikoti, no termo duma audiência com o Presidente burundês, Pierre Nkurunziza, a quem ele entregou uma « mensagem especial » do seu homólogo angolano, José Eduardo dos Santos.
Chikoti lembrou que o chefe de Estado angolano preside, este ano, à Conferência Internacional para a Paz na Região dos Grandes Lados (CIRGL) que agrupa 11 Estados-membros, dos quais o Burundi e Angola.
O emissário angolano reiterou a disponibilidade do seu país e da CIRGL para contribuir para o regresso à segurança e à paz no Burundi após quase oito meses de esforços envidados em vão pela comunidade internacional a fim de ajudar a resolver um conflito eleitoral, cada vez mais ameaçador à escala sub-regional, entre o poder executivo e a oposição.
Deste conflito resultou a morte de mais de 300 pessoas e o refúgio de pelo menos 280 mil outras nos países vizinhos, segundo as Nações Unidas.
A CIRGL faz parte da mediação internacional na crise no Burundi, juntamente com a União Africana (UA), as Nações Unidas, a Comunidade Económica da África Oriental (CEA) e a União Europeia (UE).
Esforços diplomáticos de todos os horizontes intensificaram-se desde os sangrentos ataques de 12 de dezembro corrente que fizeram pelo menos 87 mortos e inúmeras vozes no seio da comunidade internacional advogam hoje a instalação duma força de proteção dos civis no Burundi.
Porém, Angola reiterou, nos últimos dias, posições contrárias a esta necessidade de capacetes azuis para o Burundi, no seio do Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde ela é, desde 2014, um dos cinco novos membros não permanentes.
A nível do continente, a ideia duma « Missão Africana de Proteção e Prevenção no Burundi » (MAPROBU), composta por cinco mil militares, polícias e civis, começou a emergir, a partir desta quinta-feira última, na sede da UA, em Addis Abeba, na Etiópia, principalmente a partir das redes sociais.
As mesmas fontes afirmam que a ideia, cujo princípio já foi aprovado pelo Conselho de Paz e Segurança da UA, carece apenas do parecer dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros da organização pan-africana, antes de ser submetida, para aprovação, ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Esta sexta-feira, o secretário-geral e porta-voz do Governo burundês, Philippe Nzobonariba, interrogou-se "entre quem é quem », uma tal força viria interpor-se ?"
De forma geral, a perspetiva de fazer intervir forças estrangeiras na crise no Burundi foi diversamente analisada no local.
Alguns acham que isto prejudicaria a soberania do país ao passo que outros o consideram « um mal necessário » face à incapacidade dos atores políticos burundeses de se entenderem sobre a forma « de resolver os seus assuntos internos » e às violências que anunciam uma nova « guerra civil » e, na pior das hipóteses, um « genocídio ».
-0- PANA FB/IS/FK/DD 18dez2015
Esta solidariedade de Angola foi expressa esta sexta-feira pelo ministro angolano das Relações Exteriores, Gerges Rebelo Chikoti, no termo duma audiência com o Presidente burundês, Pierre Nkurunziza, a quem ele entregou uma « mensagem especial » do seu homólogo angolano, José Eduardo dos Santos.
Chikoti lembrou que o chefe de Estado angolano preside, este ano, à Conferência Internacional para a Paz na Região dos Grandes Lados (CIRGL) que agrupa 11 Estados-membros, dos quais o Burundi e Angola.
O emissário angolano reiterou a disponibilidade do seu país e da CIRGL para contribuir para o regresso à segurança e à paz no Burundi após quase oito meses de esforços envidados em vão pela comunidade internacional a fim de ajudar a resolver um conflito eleitoral, cada vez mais ameaçador à escala sub-regional, entre o poder executivo e a oposição.
Deste conflito resultou a morte de mais de 300 pessoas e o refúgio de pelo menos 280 mil outras nos países vizinhos, segundo as Nações Unidas.
A CIRGL faz parte da mediação internacional na crise no Burundi, juntamente com a União Africana (UA), as Nações Unidas, a Comunidade Económica da África Oriental (CEA) e a União Europeia (UE).
Esforços diplomáticos de todos os horizontes intensificaram-se desde os sangrentos ataques de 12 de dezembro corrente que fizeram pelo menos 87 mortos e inúmeras vozes no seio da comunidade internacional advogam hoje a instalação duma força de proteção dos civis no Burundi.
Porém, Angola reiterou, nos últimos dias, posições contrárias a esta necessidade de capacetes azuis para o Burundi, no seio do Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde ela é, desde 2014, um dos cinco novos membros não permanentes.
A nível do continente, a ideia duma « Missão Africana de Proteção e Prevenção no Burundi » (MAPROBU), composta por cinco mil militares, polícias e civis, começou a emergir, a partir desta quinta-feira última, na sede da UA, em Addis Abeba, na Etiópia, principalmente a partir das redes sociais.
As mesmas fontes afirmam que a ideia, cujo princípio já foi aprovado pelo Conselho de Paz e Segurança da UA, carece apenas do parecer dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros da organização pan-africana, antes de ser submetida, para aprovação, ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Esta sexta-feira, o secretário-geral e porta-voz do Governo burundês, Philippe Nzobonariba, interrogou-se "entre quem é quem », uma tal força viria interpor-se ?"
De forma geral, a perspetiva de fazer intervir forças estrangeiras na crise no Burundi foi diversamente analisada no local.
Alguns acham que isto prejudicaria a soberania do país ao passo que outros o consideram « um mal necessário » face à incapacidade dos atores políticos burundeses de se entenderem sobre a forma « de resolver os seus assuntos internos » e às violências que anunciam uma nova « guerra civil » e, na pior das hipóteses, um « genocídio ».
-0- PANA FB/IS/FK/DD 18dez2015