PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola retoma em Paris negociações para facilitar entrada de divisas
Luanda, Angola (PANA) – O Banco Nacional de Angola (BNA, central) retomou quarta-feira, na capital francesa, Paris, negociações para a sua admissão como equivalente de supervisão bancária do Banco Central Europeu (BCE), visando restabelecer a entrada de moeda externa.
Fonte do BNA citada pela imprensa local explica que uma missão chefiada pelo governador da instituição, Valter Filipe, vai durante seis dias negociar assistência técnica e apoios na área de regulação e supervisão bancárias bem como no acesso à moeda externa.
O BNA considera que uma adesão à chamada supervisão equivalente permitirá aos bancos comerciais do país deixar de depender exclusivamente do banco central para ter acesso a divisas, como acontece atualmente no contexto da crise cambial em curso.
Para o efeito, a delegação tem na agenda encontros de trabalho com instituições do sistema financeiro francês e internacional para apresentar os avanços feitos em Angola para equiparar o seu sistema de supervisão ao dos bancos centrais dos países desenvolvidos.
“A delegação do BNA pretende restabelecer a confiança dos parceiros franceses no sistema bancário nacional, para permitir que Angola faça parte da lista da equivalência da supervisão bancária com o Banco Central Europeu (BCE)”, declara a fonte.
Esta deslocação segue-se a outras similares realizadas em 2016, que já conduziram o governador do BNA e sua equipa à África do Sul, ao Brasil, à Itália, à Grã-Bretanha e a Portugal, prevendo-se futuramente uma outra viagem para a Alemanha.
Com estas diligências, o país pretende fundamentalmente evitar a sua exclusão do sistema financeiro internacional e normalizar a venda de divisas interrompida, em 2015, pelos bancos correspondentes dos Estados Unidos e da Europa.
A lista de bancos correspondentes que cessaram relações com o sistema bancário angolano inclui o CitiBank, o HBSC, o Bank of America/FirstRand, o Standard Chartered e o Deutsche Bank.
Devido ao fim dos acordos com estes bancos estrangeiros e outros para correspondentes bancários, por violação de normais internacionais, bem como pela escassez de divisas resultada da queda do preço do petróleo, a banca angolana apenas consegue comprar divisas ao BNA com recurso às reservas internacionais.
A ideia agora é tentar restabelecer as relações com tais bancos correspondentes para a criação de condições e facilidades de entrada de liquidez, através de operações de financiamento aos bancos comerciais e às empresas angolanas.
Pretende-se igualmente "restabelecer a confiança, a credibilidade e o aprimoramento" na prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, em conformidade com as normas do GAFI (Grupo de Ação Financeira).
“Nós temos hoje o desafio ao nível europeu, que é fazemos parte da lista da equivalência da supervisão bancária com o BCE”, declarara o governador Valter Filipe na altura da conversações em Portugal sobre a questão, no passado.
Para tal, prosseguira, “vamos celebrar um acordo (…) no sentido de criarmos todo o trabalho necessário para que Angola, o mais rápido possível, entre e seja aceite como um banco de equivalência de supervisão com o BCE".
O não reconhecimento formal do BNA como entidade de supervisão pelo BCE provoca vários constrangimentos aos bancos europeus com relações com Angola, obrigando, nomeadamente, ao aumento das provisões ou dificuldades no acesso a divisas.
-0- PANA IZ 16fev2017
Fonte do BNA citada pela imprensa local explica que uma missão chefiada pelo governador da instituição, Valter Filipe, vai durante seis dias negociar assistência técnica e apoios na área de regulação e supervisão bancárias bem como no acesso à moeda externa.
O BNA considera que uma adesão à chamada supervisão equivalente permitirá aos bancos comerciais do país deixar de depender exclusivamente do banco central para ter acesso a divisas, como acontece atualmente no contexto da crise cambial em curso.
Para o efeito, a delegação tem na agenda encontros de trabalho com instituições do sistema financeiro francês e internacional para apresentar os avanços feitos em Angola para equiparar o seu sistema de supervisão ao dos bancos centrais dos países desenvolvidos.
“A delegação do BNA pretende restabelecer a confiança dos parceiros franceses no sistema bancário nacional, para permitir que Angola faça parte da lista da equivalência da supervisão bancária com o Banco Central Europeu (BCE)”, declara a fonte.
Esta deslocação segue-se a outras similares realizadas em 2016, que já conduziram o governador do BNA e sua equipa à África do Sul, ao Brasil, à Itália, à Grã-Bretanha e a Portugal, prevendo-se futuramente uma outra viagem para a Alemanha.
Com estas diligências, o país pretende fundamentalmente evitar a sua exclusão do sistema financeiro internacional e normalizar a venda de divisas interrompida, em 2015, pelos bancos correspondentes dos Estados Unidos e da Europa.
A lista de bancos correspondentes que cessaram relações com o sistema bancário angolano inclui o CitiBank, o HBSC, o Bank of America/FirstRand, o Standard Chartered e o Deutsche Bank.
Devido ao fim dos acordos com estes bancos estrangeiros e outros para correspondentes bancários, por violação de normais internacionais, bem como pela escassez de divisas resultada da queda do preço do petróleo, a banca angolana apenas consegue comprar divisas ao BNA com recurso às reservas internacionais.
A ideia agora é tentar restabelecer as relações com tais bancos correspondentes para a criação de condições e facilidades de entrada de liquidez, através de operações de financiamento aos bancos comerciais e às empresas angolanas.
Pretende-se igualmente "restabelecer a confiança, a credibilidade e o aprimoramento" na prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, em conformidade com as normas do GAFI (Grupo de Ação Financeira).
“Nós temos hoje o desafio ao nível europeu, que é fazemos parte da lista da equivalência da supervisão bancária com o BCE”, declarara o governador Valter Filipe na altura da conversações em Portugal sobre a questão, no passado.
Para tal, prosseguira, “vamos celebrar um acordo (…) no sentido de criarmos todo o trabalho necessário para que Angola, o mais rápido possível, entre e seja aceite como um banco de equivalência de supervisão com o BCE".
O não reconhecimento formal do BNA como entidade de supervisão pelo BCE provoca vários constrangimentos aos bancos europeus com relações com Angola, obrigando, nomeadamente, ao aumento das provisões ou dificuldades no acesso a divisas.
-0- PANA IZ 16fev2017