PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola retira militares da Guiné-Bissau
Bissau, Guiné-Bissau (PANA) - O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chicoti, anunciou terça-feira em Bissau o fim da Missão de Cooperação Técnico-Militar de Angola na Guiné-Bissau (MISSANG), enviada em 2011 com vista a apoiar a reforma do setor da defesa e segurança neste país lusófono da África Ocidental, soube-se de fonte oficial.
Após audiências com o Presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, e outros membros do Governo, Chicoti disse à imprensa que a MISSANG, composta por cerca de 200 efetivos, vai retirar-se em resposta às solicitações de “alguns sectores” guineenses, que não especificou.
"Há algumas pessoas que não estão satisfeitas com a cooperação entre Angola e a Guiné-Bissau. Todos os aspetos têm de ser devidamente avaliados entre os dois governos. Foram assinados acordos entre dois governos responsáveis, pois chegados a este ponto temos que nos sentar e avaliar a nossa cooperação e tomar as decisões que se impõem", disse o chefe da diplomacia angolana.
"A Guiné-Bissau pediu ajuda a Angola e Angola deu resposta de bom coração, mas se essa ajuda fere algumas pessoas então é porque ela pode não estar a corresponder", sublinhou Chicoti, precisando que "já há uma data de retirada que já foi comunicada às autoridades da Guiné-Bissau".
"Nós viemos abordar vários aspectos da nossa cooperação com a Guiné-Bissau. Angola e a Guiné-Bissau cooperam em vários domínios. Temos cooperação tanto na parte civil como na parte militar. Esses encontros permitiram avaliar todos esses aspectos, incluindo a retirada, ou suspensão da cooperação militar na Guiné-Bissau", disse Chicoti, que estava acompanhado pelos embaixadores de Angola na Guiné-Bissau, o general Feliciano dos Santos "Paxi", e na Guiné-Conakry, Manuel Ruas.
"O programa de cooperação entre Angola e a Guiné-Bissau tinha vários aspectos e a nosso ver até aqui era satisfatório, desde acondicionamento, reparação, formação do futuro exército, reabilitação de casernas, naturalmente se tudo não satisfaz, naturalmente que Angola não se pode impor", afirmou.
Instado a comentar as declarações do porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas Guineenses, Dabana Na Walna, segundo as quais teria sido o governo angolano a tomar a decisão de mandar retirar a MISSANG da Guiné-Bissau, Chicoti disse que Angola tomou tal decisão na sequência de exigências de "alguns setores guineenses".
No entanto, o chefe da diplomacia de Angola desejou paz e estabilidade à Guiné-Bissau, aventando a possibilidade de integrar uma nova força, mas num âmbito mais amplo, eventualmente no quadro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
"Tudo isso tem de ser visto. Nada pode ser imposto nem improvisado no interesse da paz e da estabilidade da Guiné-Bissau. Ninguém pode sair beliscado deste processo", disse.
No quadro do seu périplo pela África Ocidental, o ministro das Relações Exteriores de Angola prevê igualmente encontros com o Presidente da Guiné-Conacry, Alpha Condé, medianeiro da CEDEAO sobre a situação na Guiné-Bissau, bem como com o chefe de Estado da Côte d'ivoire e presidente em exercício da CEDEAO, Alassane Ouattara.
-0- PANA TON/TON 11abril2012
Após audiências com o Presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, e outros membros do Governo, Chicoti disse à imprensa que a MISSANG, composta por cerca de 200 efetivos, vai retirar-se em resposta às solicitações de “alguns sectores” guineenses, que não especificou.
"Há algumas pessoas que não estão satisfeitas com a cooperação entre Angola e a Guiné-Bissau. Todos os aspetos têm de ser devidamente avaliados entre os dois governos. Foram assinados acordos entre dois governos responsáveis, pois chegados a este ponto temos que nos sentar e avaliar a nossa cooperação e tomar as decisões que se impõem", disse o chefe da diplomacia angolana.
"A Guiné-Bissau pediu ajuda a Angola e Angola deu resposta de bom coração, mas se essa ajuda fere algumas pessoas então é porque ela pode não estar a corresponder", sublinhou Chicoti, precisando que "já há uma data de retirada que já foi comunicada às autoridades da Guiné-Bissau".
"Nós viemos abordar vários aspectos da nossa cooperação com a Guiné-Bissau. Angola e a Guiné-Bissau cooperam em vários domínios. Temos cooperação tanto na parte civil como na parte militar. Esses encontros permitiram avaliar todos esses aspectos, incluindo a retirada, ou suspensão da cooperação militar na Guiné-Bissau", disse Chicoti, que estava acompanhado pelos embaixadores de Angola na Guiné-Bissau, o general Feliciano dos Santos "Paxi", e na Guiné-Conakry, Manuel Ruas.
"O programa de cooperação entre Angola e a Guiné-Bissau tinha vários aspectos e a nosso ver até aqui era satisfatório, desde acondicionamento, reparação, formação do futuro exército, reabilitação de casernas, naturalmente se tudo não satisfaz, naturalmente que Angola não se pode impor", afirmou.
Instado a comentar as declarações do porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas Guineenses, Dabana Na Walna, segundo as quais teria sido o governo angolano a tomar a decisão de mandar retirar a MISSANG da Guiné-Bissau, Chicoti disse que Angola tomou tal decisão na sequência de exigências de "alguns setores guineenses".
No entanto, o chefe da diplomacia de Angola desejou paz e estabilidade à Guiné-Bissau, aventando a possibilidade de integrar uma nova força, mas num âmbito mais amplo, eventualmente no quadro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
"Tudo isso tem de ser visto. Nada pode ser imposto nem improvisado no interesse da paz e da estabilidade da Guiné-Bissau. Ninguém pode sair beliscado deste processo", disse.
No quadro do seu périplo pela África Ocidental, o ministro das Relações Exteriores de Angola prevê igualmente encontros com o Presidente da Guiné-Conacry, Alpha Condé, medianeiro da CEDEAO sobre a situação na Guiné-Bissau, bem como com o chefe de Estado da Côte d'ivoire e presidente em exercício da CEDEAO, Alassane Ouattara.
-0- PANA TON/TON 11abril2012