PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola relança produção de madeira para reduzir importações
Luanda, Angola (PANA) – Angola vai reativar nos próximos dias o seu setor madeireiro para reduzir as importações da madeira e o défice de produção atualmente estimado em 400 mil metros cúbicos de madeira em toro, revelou segunda-feira o Jornal de Angola.
Para o efeito, foi elaborado um Programa de Relançamento da Indústria de Madeira, Mobiliário e afins, e foram tomadas medidas para preparar uma nova legislação nacional sobre florestas e fauna selvagem para substituir a atualmente em vigor, que data de várias décadas, refere o periódico, citando o ministro angolano da Agricultura, Afronso Pedro Canga.
O programa permitirá inverter o quadro atual, com a reanimação do setor de corte e transformação da madeira, mediante a criação de oportunidades e incentivos para empresários florestais, visando diversificar e aumentar a produção interna e diminuir as importações de derivados da madeira.
Também foi elaborada a Estratégia Nacional de Povoamento e Repovoamento Florestal, centrada em vários eixos de intervenção, como ambiental, comercial, comunitário, de investigação, agroflorestal e plantação de árvores fora das florestas.
A média anual de produção de madeira em toro em Angola “ainda é muito baixa”, situando-se entre os 60 e os 80 mil metros cúbicos, muito aquém das necessidades e capacidades gerais de consumo, estimadas em cerca de 500 mil metros cúbicos.
As províncias do Kwanza-Norte, Cabinda, Uíge e Bengo, no norte do país, são os principais abastecedores de madeira pesada, enquanto as do Huambo e Benguela (centro) são os maiores fornecedores de madeiras leves.
Segundo o ministro Pedro Canga, a taxa anual de desflorestação em Angola é de 0,2 porcento na estimativa da avaliação global dos recursos florestais da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura).
Embora não sejam números alarmantes, se comparados com outros países, disse, “ este fenómeno deve merecer a nossa máxima atenção”.
“É fundamental que Angola conheça melhor a situação destes recursos, para saber com precisão científica e técnica quanto tem, onde tem e como estão, com vista a poder decidir sobre as formas de poder geri-los com racionalidade, para o desenvolvimento económico nacional e para o bem-estar das gerações atuais e futuras”, advogou.
Disse tratar-se de projetos e programas alinhados com o Plano Nacional de Desenvolvimento 2013/2017, no quadro da implementação da Política Nacional sobre Florestas, Fauna Selvagem e Área de Conservação, e do Programa de Combate à Desertificação.
O governante considerou “imprescindível” a contribuição dos recursos florestais para a economia do país e das famílias, pelo facto de ser “uma das principais fontes de meios primários de subsistência”.
Angola tem uma superfície de floresta natural estimada em 53 milhões de hectares, o que corresponde a cerca de metade (43 porcento) do território nacional e tem uma capacidade anual de corte estimada em 326 mil metros cúbicos de madeira, milhares de toneladas de carvão e lenha.
O país dispõe ainda de uma área de floresta plantada calculada em 148 mil hectares, com um potencial de exploração anual de 800 mil metros cúbicos de madeira, recordou o ministro,
sublinhando que os recursos florestais constituem uma fonte de abastecimento de bens e de provimento de serviços ligados à manutenção das funções vitais dos ecossistemas.
Entre essas funções, citou as “relacionadas com a diversidade biológica, a conservação dos solos, a qualidade da água, a retenção do carbono, o controlo das inundações e a regulação do clima, entre muitas outras”.
Não obstante isso, disse, algumas atividades humanas nos ecossistemas florestais, quando mal exercidas, têm sido responsáveis por fenómenos degradantes como a desflorestação, as queimadas e os incêndios florestais e a produção não sustentável de lenha e carvão.
Incluem-se entre esses fenómenos a prática da agricultura itinerante, a exploração proibida não declarada de madeira e o abate ilegal de animais, indicou.
-0- PANA IZ 26ago2013
Para o efeito, foi elaborado um Programa de Relançamento da Indústria de Madeira, Mobiliário e afins, e foram tomadas medidas para preparar uma nova legislação nacional sobre florestas e fauna selvagem para substituir a atualmente em vigor, que data de várias décadas, refere o periódico, citando o ministro angolano da Agricultura, Afronso Pedro Canga.
O programa permitirá inverter o quadro atual, com a reanimação do setor de corte e transformação da madeira, mediante a criação de oportunidades e incentivos para empresários florestais, visando diversificar e aumentar a produção interna e diminuir as importações de derivados da madeira.
Também foi elaborada a Estratégia Nacional de Povoamento e Repovoamento Florestal, centrada em vários eixos de intervenção, como ambiental, comercial, comunitário, de investigação, agroflorestal e plantação de árvores fora das florestas.
A média anual de produção de madeira em toro em Angola “ainda é muito baixa”, situando-se entre os 60 e os 80 mil metros cúbicos, muito aquém das necessidades e capacidades gerais de consumo, estimadas em cerca de 500 mil metros cúbicos.
As províncias do Kwanza-Norte, Cabinda, Uíge e Bengo, no norte do país, são os principais abastecedores de madeira pesada, enquanto as do Huambo e Benguela (centro) são os maiores fornecedores de madeiras leves.
Segundo o ministro Pedro Canga, a taxa anual de desflorestação em Angola é de 0,2 porcento na estimativa da avaliação global dos recursos florestais da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura).
Embora não sejam números alarmantes, se comparados com outros países, disse, “ este fenómeno deve merecer a nossa máxima atenção”.
“É fundamental que Angola conheça melhor a situação destes recursos, para saber com precisão científica e técnica quanto tem, onde tem e como estão, com vista a poder decidir sobre as formas de poder geri-los com racionalidade, para o desenvolvimento económico nacional e para o bem-estar das gerações atuais e futuras”, advogou.
Disse tratar-se de projetos e programas alinhados com o Plano Nacional de Desenvolvimento 2013/2017, no quadro da implementação da Política Nacional sobre Florestas, Fauna Selvagem e Área de Conservação, e do Programa de Combate à Desertificação.
O governante considerou “imprescindível” a contribuição dos recursos florestais para a economia do país e das famílias, pelo facto de ser “uma das principais fontes de meios primários de subsistência”.
Angola tem uma superfície de floresta natural estimada em 53 milhões de hectares, o que corresponde a cerca de metade (43 porcento) do território nacional e tem uma capacidade anual de corte estimada em 326 mil metros cúbicos de madeira, milhares de toneladas de carvão e lenha.
O país dispõe ainda de uma área de floresta plantada calculada em 148 mil hectares, com um potencial de exploração anual de 800 mil metros cúbicos de madeira, recordou o ministro,
sublinhando que os recursos florestais constituem uma fonte de abastecimento de bens e de provimento de serviços ligados à manutenção das funções vitais dos ecossistemas.
Entre essas funções, citou as “relacionadas com a diversidade biológica, a conservação dos solos, a qualidade da água, a retenção do carbono, o controlo das inundações e a regulação do clima, entre muitas outras”.
Não obstante isso, disse, algumas atividades humanas nos ecossistemas florestais, quando mal exercidas, têm sido responsáveis por fenómenos degradantes como a desflorestação, as queimadas e os incêndios florestais e a produção não sustentável de lenha e carvão.
Incluem-se entre esses fenómenos a prática da agricultura itinerante, a exploração proibida não declarada de madeira e o abate ilegal de animais, indicou.
-0- PANA IZ 26ago2013