PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola realiza seu primeiro censo geral da população
Luanda, Angola (PANA) - Angola inicia, a partir de 17 de maio corrente, um "censo piloto" para preparar o seu primeiro Recenseamento Geral da População e Habitação, a ter lugar em 2014, soube-se de fonte oficial em Luanda.
De acordo com o diretor-geral do Instituto Nacional de Estatística (INE) e coordenador do Gabinete Central do Censo, Camilo Ceita, a operação estava inicialmente programada para 2012 mas foi adiada devido à realização de eleições gerais nesse ano.
Numa entrevista concedida à Agência Angola Press (ANGOP) e publicada no Jornal de Angola, o diretor-geral do INE disse que o censo piloto será realizado em sete das 18 províncias do país (Luanda, Uíge, Kwanza-Norte, Namibe, Kuando-Kubango, Huambo e Cunene).
Ele explicou que este ensaio não vai servir para contabilizar o número de pessoas naquelas localidades mas para testar os aspetos administrativos e logísticos e saber como adequar-se, logisticamente, à disparidade geográfica dessas sete províncias e localidades.
"O censo piloto vai também permitir-nos saber se os questionários permitiram que a informação fosse clara e também se a nossa capacidade de recrutamento, a nível da disparidade dessas localidades, funcionou", disse Ceita.
Revelou que o processo está neste momento na fase final do concurso público para se encontrar a empresa que vai responsabilizar-se pela propaganda informativa sobre o censo para os cidadãos em todo o território nacional, a partir de março próximo.
De acordo ainda com Camilo Ceita, a metodologia a utilizar para o censo é a recolha da informação em suporte de papel seguida do seu envio para o centro de processamento, em Luanda, prevendo-se os 12 meses como o tempo razoável para a divulgação dos resultados.
"Sei que vamos sofrer alguma pressão por parte da população que vai querer saber os resultados, mas 12 meses depois é que toda a informação do censo vai estar disponível", salientou, recordando que "até há países que demoram muito mais a divulgar os resultados do censo".
Sobre os custos da operação do censo geral, o primeiro da Angola independente, Camilo Ceita estimou que o seu orçamento poderá rondar entre seis e sete biliões de kwanzas angolanos, equivalentes a 60 e 70 milhões de dólares americanos.
Do ponto de vista da assistência técnica, disse existirem parcerias com os institutos de Estatística de Moçambique, Cabo Verde e Brasil, que "já fizeram vários recenseamentos e têm pessoal competente", bem como com o Fundo das Nações Unidas para a População.
Segundo ele, sem a colaboração dos outros países "ia ser muito difícil fazer o que estamos a fazer agora", havendo neste momento um consultor sénior do Peru, que está permanentemente no país e um outro do México e alguns especialistas brasileiros para a área da cartografia.
"Temos tido uma interação muito grande. Mesmo agora, para o censo piloto, vamos receber o vice-presidente do Instituto Nacional de Estatística de Moçambique, que vem com uma equipa de técnicos do Ministério moçambicano da Educação. Os nossos técnicos foram em visitas de trabalho ao Brasil, à África do Sul e ao Rwanda, para ver como é que os recenseamentos eram feitos", realçou.
-0- PANA IZ 12maio2013
De acordo com o diretor-geral do Instituto Nacional de Estatística (INE) e coordenador do Gabinete Central do Censo, Camilo Ceita, a operação estava inicialmente programada para 2012 mas foi adiada devido à realização de eleições gerais nesse ano.
Numa entrevista concedida à Agência Angola Press (ANGOP) e publicada no Jornal de Angola, o diretor-geral do INE disse que o censo piloto será realizado em sete das 18 províncias do país (Luanda, Uíge, Kwanza-Norte, Namibe, Kuando-Kubango, Huambo e Cunene).
Ele explicou que este ensaio não vai servir para contabilizar o número de pessoas naquelas localidades mas para testar os aspetos administrativos e logísticos e saber como adequar-se, logisticamente, à disparidade geográfica dessas sete províncias e localidades.
"O censo piloto vai também permitir-nos saber se os questionários permitiram que a informação fosse clara e também se a nossa capacidade de recrutamento, a nível da disparidade dessas localidades, funcionou", disse Ceita.
Revelou que o processo está neste momento na fase final do concurso público para se encontrar a empresa que vai responsabilizar-se pela propaganda informativa sobre o censo para os cidadãos em todo o território nacional, a partir de março próximo.
De acordo ainda com Camilo Ceita, a metodologia a utilizar para o censo é a recolha da informação em suporte de papel seguida do seu envio para o centro de processamento, em Luanda, prevendo-se os 12 meses como o tempo razoável para a divulgação dos resultados.
"Sei que vamos sofrer alguma pressão por parte da população que vai querer saber os resultados, mas 12 meses depois é que toda a informação do censo vai estar disponível", salientou, recordando que "até há países que demoram muito mais a divulgar os resultados do censo".
Sobre os custos da operação do censo geral, o primeiro da Angola independente, Camilo Ceita estimou que o seu orçamento poderá rondar entre seis e sete biliões de kwanzas angolanos, equivalentes a 60 e 70 milhões de dólares americanos.
Do ponto de vista da assistência técnica, disse existirem parcerias com os institutos de Estatística de Moçambique, Cabo Verde e Brasil, que "já fizeram vários recenseamentos e têm pessoal competente", bem como com o Fundo das Nações Unidas para a População.
Segundo ele, sem a colaboração dos outros países "ia ser muito difícil fazer o que estamos a fazer agora", havendo neste momento um consultor sénior do Peru, que está permanentemente no país e um outro do México e alguns especialistas brasileiros para a área da cartografia.
"Temos tido uma interação muito grande. Mesmo agora, para o censo piloto, vamos receber o vice-presidente do Instituto Nacional de Estatística de Moçambique, que vem com uma equipa de técnicos do Ministério moçambicano da Educação. Os nossos técnicos foram em visitas de trabalho ao Brasil, à África do Sul e ao Rwanda, para ver como é que os recenseamentos eram feitos", realçou.
-0- PANA IZ 12maio2013