PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola reabre ponte ferroviária na fronteira com RD Congo
Luanda, Angola (PANA) - Os chefes de Estado da Zâmbia e da República Democrática do Congo (RDC), respetivamente Edgar Lungu e Joseph Kabila, juntaram-se sábado ao seu homólogo angolano, José Eduardo dos Santos, para a inauguração da ponte ferroviária transfronteiriça entre Angola e RDC construída sobre o rio Luau, na província oriental angolana do Moxico.
Os três estadistas chegaram ao local a bordo do comboio inaugural do Caminho de Ferro de Benguela (CFB), a partir da nova estação ferroroviária do Luau, também inaugurada pouco antes, no mesmo dia, num percurso de aproximadamente 12 quilómetros.
A cerimónia marcou a reabertura da linha ferroviária do CFB, na província do Moxico, paralisada nos últimos 32 anos devido ao conflito armado em Angola que dilacerou o país no pós-independência, com a destruição do essencial das infraestruturas económicas e sociais.
Após o descerramento da placa inaugural, os Presidentes Eduardo dos Santos, Edgar Lungu e Joseph Kabila desceram até às margens do rio Luau e plantaram árvores para simbolizar os laços de amizade e fraternidade entre os povos dos três países.
Para além dos habitantes locais da parte angolana presentes no local, o momento foi também testemunhado por milhares de cidadãos congoleses, que, do outro lado do rio, aplaudiam radiantes de alegria pela possibilidade de as locomotivas do CFB chegarem um dia ao seu território, segundo os testemunhos da imprensa local.
A estação do Luau é o último ponto em solo angolano do ramal do CFB, que está ligado aos sistemas ferroviários da RDC e da Zâmbia, todos encravados, sendo ainda possível, através deste último país, chegar-se à cidade da Beira, em Moçambique, e à capital tanzaniana, Dar es Salam.
Através destes países, a linha do CFB está também indiretamente ligada ao sistema ferroviário da África do Sul, completando uma interligação regional que constitui a essência do chamado Corredor do Lobito, que parte da cidade portuária do mesmo nome, na província central angolana de Benguela.
Com a conclusão das suas obras de reconstrução, espera-se uma diminuição significativa dos custos de logística dos países e regiões encravados da África Austral, tanto nas importações como nas exportações de mercadorias, aumentando assim a competitividade dos agentes económicos.
O Corredor do Lobito permitirá assim ligar o Porto do Lobito às regiões mineiras da RDC, na província do Katanga, e da Zâmbia, atravessando, apartir do Oceano Atlântico, todo o território angolano até ao seu extremo leste através das províncias de Benguela, Huambo, Bié (centro) e Moxico.
Segundo o ministro angolano dos Transportes, Augusto Tomás, o programa de reabilitação do CFB representou um investimento de um bilião e 900 milhões de dólares americanos de um total de três biliões e 500 milhões aplicados na reparação de toda a rede dos Caminhos de Ferro de Angola (CFA) ao longo da última década, de 2005 a 2015.
"Não foram só os caminhos de ferro que foram reabilitados. Foram também as estradas, os aeroportos, portos, escolas, centros de saúde", disse o ministro citado pela imprensa local, destacando o papel do CFB no conjunto de empreendimentos erguidos ao longo da extensão territorial angolana do Corredor do Lobito.
O ministro disse ainda que o processo de reabilitação e modernização dos ramais dos CFA inclui a instalação de redes de fibra ótica e equipamentos de sinalização e segurança em toda a extensão das linhas, para além da construção de pontes, pontões, passagens de nível e valas de drenagem.
Para a segurança e comodidade dos passageiros, foram construídas estações ferroviárias especiais, de primeira, de segunda e de terceira classes, bem como apeadeiros, disse.
Salientando a importância do CFB, "que vai impulsionar o desenvolvimento do Corredor do Lobito", o governante disse acreditar que o recomeço da circulação do comboio do Lobito ao Luau e Dilolo (RDC) "é uma alavanca determinante para o desenvolvimento socioeconómico da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral)".
-0- PANA IZ 15fev2015
Os três estadistas chegaram ao local a bordo do comboio inaugural do Caminho de Ferro de Benguela (CFB), a partir da nova estação ferroroviária do Luau, também inaugurada pouco antes, no mesmo dia, num percurso de aproximadamente 12 quilómetros.
A cerimónia marcou a reabertura da linha ferroviária do CFB, na província do Moxico, paralisada nos últimos 32 anos devido ao conflito armado em Angola que dilacerou o país no pós-independência, com a destruição do essencial das infraestruturas económicas e sociais.
Após o descerramento da placa inaugural, os Presidentes Eduardo dos Santos, Edgar Lungu e Joseph Kabila desceram até às margens do rio Luau e plantaram árvores para simbolizar os laços de amizade e fraternidade entre os povos dos três países.
Para além dos habitantes locais da parte angolana presentes no local, o momento foi também testemunhado por milhares de cidadãos congoleses, que, do outro lado do rio, aplaudiam radiantes de alegria pela possibilidade de as locomotivas do CFB chegarem um dia ao seu território, segundo os testemunhos da imprensa local.
A estação do Luau é o último ponto em solo angolano do ramal do CFB, que está ligado aos sistemas ferroviários da RDC e da Zâmbia, todos encravados, sendo ainda possível, através deste último país, chegar-se à cidade da Beira, em Moçambique, e à capital tanzaniana, Dar es Salam.
Através destes países, a linha do CFB está também indiretamente ligada ao sistema ferroviário da África do Sul, completando uma interligação regional que constitui a essência do chamado Corredor do Lobito, que parte da cidade portuária do mesmo nome, na província central angolana de Benguela.
Com a conclusão das suas obras de reconstrução, espera-se uma diminuição significativa dos custos de logística dos países e regiões encravados da África Austral, tanto nas importações como nas exportações de mercadorias, aumentando assim a competitividade dos agentes económicos.
O Corredor do Lobito permitirá assim ligar o Porto do Lobito às regiões mineiras da RDC, na província do Katanga, e da Zâmbia, atravessando, apartir do Oceano Atlântico, todo o território angolano até ao seu extremo leste através das províncias de Benguela, Huambo, Bié (centro) e Moxico.
Segundo o ministro angolano dos Transportes, Augusto Tomás, o programa de reabilitação do CFB representou um investimento de um bilião e 900 milhões de dólares americanos de um total de três biliões e 500 milhões aplicados na reparação de toda a rede dos Caminhos de Ferro de Angola (CFA) ao longo da última década, de 2005 a 2015.
"Não foram só os caminhos de ferro que foram reabilitados. Foram também as estradas, os aeroportos, portos, escolas, centros de saúde", disse o ministro citado pela imprensa local, destacando o papel do CFB no conjunto de empreendimentos erguidos ao longo da extensão territorial angolana do Corredor do Lobito.
O ministro disse ainda que o processo de reabilitação e modernização dos ramais dos CFA inclui a instalação de redes de fibra ótica e equipamentos de sinalização e segurança em toda a extensão das linhas, para além da construção de pontes, pontões, passagens de nível e valas de drenagem.
Para a segurança e comodidade dos passageiros, foram construídas estações ferroviárias especiais, de primeira, de segunda e de terceira classes, bem como apeadeiros, disse.
Salientando a importância do CFB, "que vai impulsionar o desenvolvimento do Corredor do Lobito", o governante disse acreditar que o recomeço da circulação do comboio do Lobito ao Luau e Dilolo (RDC) "é uma alavanca determinante para o desenvolvimento socioeconómico da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral)".
-0- PANA IZ 15fev2015