PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola pede integração na Francofonia
Paris, França (PANA) - O chefe de Estado angolano, João Lourenço, anunciou segunda-feira que o seu país pretende ser membro da Organização Internacional da Francofonia (OIF) em reconhecimento do "importante papel" que esta organização joga no mundo.
João Lourenço falava em conferência de imprensa no Palácio do Eliseu, em Paris, no quadro da sua visita oficial a França, país que ele escolheu para a sua primeira deslocação à Europa enquanto Presidente de Angola.
Na ocasião, o Presidente João Lourenço reafirmou a vontade do seu país de estreitar "cada vez mais" as relações entre os dois países.
Disse ter manifestado o interesse de Angola ser membro da OIF durante o encontro que manteve, no mesmo dia, com o seu homólogo anfitrião, Emmanuel Macron, que por sua vez exprimiu o apoio de França à candidatura de Angola a membro de pleno direito da organização.
"Reafirmar aqui a vontade de Angola em estreitarmos cada vez mais as nossas relações. Daí o facto de termos manifestado também o interesse em sermos membros, de alguma forma - ou como observadores ou membros de pleno direito - da OIF, pelo importante papel que esta organização joga no mundo, mas muito em particular no nosso continente em África", afirmou.
Em resposta, Emmanuel Macron declarou-se "muito sensível" e agradeceu a João Lourenço por "ter escolhido França para primeiro destino na Europa desde a sua eleição", manifestando o desejo de "continuar a aprofundar as relações e a trabalhar em conjunto".
"Quero agradecer por ter decidido ter um papel acrescido na francofonia (...) e espero que, no âmbito das ambições para a francofonia que temos todos, o seu país possa ter o seu lugar pleno", afirmou o chefe de Estado francês.
De acordo com o ministro angolano das Relações Exteriores, Manuel Augusto, o interesse de Angola pela Francofonia está no facto de o país estar numa zona geográfica limitada por países que pertencem a dois grupos linguísticos diferentes.
“Somos lusófonos, temos vizinhos anglófonos e francófonos. Temos tudo a ganhar se estivermos perto de todo o tipo de organização que esses países vizinhos” integram, declarou.
Criada em 1970 na capital nigerina, Niamey, a OIF é uma organização internacional que congrega países em que a língua francesa é oficial ou tem um estatuto privilegiado.
Ela fundamenta-se igualmente no compartilhamento dos valores humanistas que foram veiculados pela língua francesa e tem por missão promover a uma solidariedade ativa entre os 80 Estados e governos que a compõem dos quais 58 membros e 26 observadores, ou seja, mais de um terço dos Estados-membros das Nações Unidas.
Com uma população de mais de 890 milhões de pessoas, 274 milhões das quais são francófonas e maioritariamente de África, a OIF implementa ações políticas e de cooperação multilateral em proveito de populações dos países que a integram.
A sua atuação está submetida ao respeito pela diversidade cultural e linguística e ao serviço da promoção da língua francesa, da paz e do desenvolvimento sustentável.
Concluiu até agora 33 acordos de cooperação com outras organizações internacionais e regionais e instaurou um diálogo permanente com grandes áreas linguísticas internacionais, como as comunidades de língua inglesa, portuguesa, espanhola e árabe.
A sua sede está situada em Paris e dispõe de quatro representações permanentes em Addis Abeba (junto da União Africana e da Comissão Económica da ONU para África), em Bruxelas (junto da União Europeia), bem como em Nova Iorque e em Genebra (junto das Nações Unidas).
Tem igualmente três escritórios regionais (África Ocidental, África Central e Oceano Índico, bem como Ásia e Pacífico) situados em Lomé (Togo), Libreville (Gabão) e Hanói (Vietname), bem como duas representações regionais em Bucareste (Roménia) e em Port-au-Prince (Haiti) dão seguimento s suas atividades de campo.
A Assembleia Parlamentar da Francofonia e os quatro operadores diretos asseguram, juntamente com a OIF, a implementação dos programas decididos pelas cimeiras da organização.
Esses operadores são a Agência Universitária da Francofonia (AUF), TV5Monde, a Associação Internacional de Presidentes Francófonos de Câmaras Municipais (AIMF) e a Universidade Senghor de Alexandria.
-0- PANA IZ 29maio2018
João Lourenço falava em conferência de imprensa no Palácio do Eliseu, em Paris, no quadro da sua visita oficial a França, país que ele escolheu para a sua primeira deslocação à Europa enquanto Presidente de Angola.
Na ocasião, o Presidente João Lourenço reafirmou a vontade do seu país de estreitar "cada vez mais" as relações entre os dois países.
Disse ter manifestado o interesse de Angola ser membro da OIF durante o encontro que manteve, no mesmo dia, com o seu homólogo anfitrião, Emmanuel Macron, que por sua vez exprimiu o apoio de França à candidatura de Angola a membro de pleno direito da organização.
"Reafirmar aqui a vontade de Angola em estreitarmos cada vez mais as nossas relações. Daí o facto de termos manifestado também o interesse em sermos membros, de alguma forma - ou como observadores ou membros de pleno direito - da OIF, pelo importante papel que esta organização joga no mundo, mas muito em particular no nosso continente em África", afirmou.
Em resposta, Emmanuel Macron declarou-se "muito sensível" e agradeceu a João Lourenço por "ter escolhido França para primeiro destino na Europa desde a sua eleição", manifestando o desejo de "continuar a aprofundar as relações e a trabalhar em conjunto".
"Quero agradecer por ter decidido ter um papel acrescido na francofonia (...) e espero que, no âmbito das ambições para a francofonia que temos todos, o seu país possa ter o seu lugar pleno", afirmou o chefe de Estado francês.
De acordo com o ministro angolano das Relações Exteriores, Manuel Augusto, o interesse de Angola pela Francofonia está no facto de o país estar numa zona geográfica limitada por países que pertencem a dois grupos linguísticos diferentes.
“Somos lusófonos, temos vizinhos anglófonos e francófonos. Temos tudo a ganhar se estivermos perto de todo o tipo de organização que esses países vizinhos” integram, declarou.
Criada em 1970 na capital nigerina, Niamey, a OIF é uma organização internacional que congrega países em que a língua francesa é oficial ou tem um estatuto privilegiado.
Ela fundamenta-se igualmente no compartilhamento dos valores humanistas que foram veiculados pela língua francesa e tem por missão promover a uma solidariedade ativa entre os 80 Estados e governos que a compõem dos quais 58 membros e 26 observadores, ou seja, mais de um terço dos Estados-membros das Nações Unidas.
Com uma população de mais de 890 milhões de pessoas, 274 milhões das quais são francófonas e maioritariamente de África, a OIF implementa ações políticas e de cooperação multilateral em proveito de populações dos países que a integram.
A sua atuação está submetida ao respeito pela diversidade cultural e linguística e ao serviço da promoção da língua francesa, da paz e do desenvolvimento sustentável.
Concluiu até agora 33 acordos de cooperação com outras organizações internacionais e regionais e instaurou um diálogo permanente com grandes áreas linguísticas internacionais, como as comunidades de língua inglesa, portuguesa, espanhola e árabe.
A sua sede está situada em Paris e dispõe de quatro representações permanentes em Addis Abeba (junto da União Africana e da Comissão Económica da ONU para África), em Bruxelas (junto da União Europeia), bem como em Nova Iorque e em Genebra (junto das Nações Unidas).
Tem igualmente três escritórios regionais (África Ocidental, África Central e Oceano Índico, bem como Ásia e Pacífico) situados em Lomé (Togo), Libreville (Gabão) e Hanói (Vietname), bem como duas representações regionais em Bucareste (Roménia) e em Port-au-Prince (Haiti) dão seguimento s suas atividades de campo.
A Assembleia Parlamentar da Francofonia e os quatro operadores diretos asseguram, juntamente com a OIF, a implementação dos programas decididos pelas cimeiras da organização.
Esses operadores são a Agência Universitária da Francofonia (AUF), TV5Monde, a Associação Internacional de Presidentes Francófonos de Câmaras Municipais (AIMF) e a Universidade Senghor de Alexandria.
-0- PANA IZ 29maio2018