PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola pede apoio do G77 à sua candidatura ao Conselho de Segurança
Santa Cruz de Lá Sierra, Colômbia (PANA) - Angola pediu domingo, na cidade de Santa Cruz de Lá Sierra, Colômbia, o apoio dos países-membros do Grupo dos 77 (G77) e a China à sua candidatura a membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para o período 2015-2016.
A eleição de novos membros não permanentes do Conselho de Segurança têm lugar durante a 69ª sessão ordinária da Assembleia Geral da organização, entre outubro e dezembro deste ano.
O pedido de apoio foi formulado pelo secretário de Estado angolano das Relações Exteriores, Manuel Augusto, quando discursava, em nome do Presidente José Eduardo dos Santos, na cimeira extraordinária dos chefes de Estado e de Governo do G77 e China, que decorreu de 14 a 15, sob o lema "Por uma nova ordem mundial para viver bem".
Justificou que, ao apresentar a sua candidatura, já apoiada pela União Africana (UA), Angola pretende contribuir para a paz e segurança, pois estas são premissas fundamentais para o desenvolvimento e bem-estar no mundo.
Nesse âmbito, Manuel Augusto realçou os compromissos que o Governo angolano tem com a manutenção da paz e segurança internacionais, depois de o país experimentar "os horrores de uma longa e devastadora guerra civil que leva a valorizar muito a manutenção da paz para um crescimento económico sustentado, inclusivo e sustentável.
O G77 completou domingo 50 anos de existência e, segundo Manuel Augusto, "a sua composição numérica e qualitativa bem como os êxitos alcançados na sua reafirmação como instrumento de promoção da igualdade económica internacional e na defesa dos seus interesses comuns.
Esta situação, disse, permite afirmar que o Grupo 77 e a China são “sem dúvida, capazes de contribuir positivamente para uma efectiva parceria global de cooperação para o desenvolvimento".
Para isso, prosseguiu, deve-se continuar a desenvolver acções para que os países do Sul articulem e promovam os seus interesses económicos colectivos e fortaleçam as suas capacidades de negociação sobre todos os assuntos económicos no sistema das Nações Unidas, particularmente na promoção da cooperação Sul-Sul.
Nesta perspetiva, Manuel Augusto reafirmou o compromisso do Governo angolano de apoiar, no quadro da cooperação internacional, a realização das aspirações dos países em desenvolvimento, dando o seu apoio à Parceria Global para o Desenvolvimento, através da realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Sustentou que esta Parceria Global deve ser reforçada para a prossecução das Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (OMS) e da Agenda Global de Desenvolvimento pós-2015.
À margem da cimeira, MAnuel Augusto desenvolveu ainda uma intensa atividade diplomática junto de representantes de países da América Latina, no quadro da campanha para a candidatura de Angola a membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, bem como abordou com os seus interlocutores aspetos de interesse bilateral.
Para além de altos funcionários do Ministério das Relações Exteriores, integraram a delegação angolana, os representantes permanentes de Angola nas Nações Unidas e junto das agências da ONU sediadas em Roma (FAO, PAM e FIDA), Ismael Martins e Florêncio de Almeida, respeectivamente.
Os 133 países em desenvolvimento analisaram, durante os dois dias, entre outros temas, novos modelos de luta contra a pobreza e a fome, comércio igualitário, alterações climáticas, sistemas financeiros e defesa do meio ambiente, aspetos refletidos na Declaração Final.
Este documento foi negociado, nos últimos três meses, em Nova Iorque, sob direção da Bolívia, país que detém a presidência rotativa do G77 China.
O Grupo dos 77 nas Nações Unidas é um conjunto de nações em desenvolvimento, que visa promover os interesses económicos coletivos dos seus membros e criar uma maior capacidade de negociação conjunta na Organização das Nações Unidas.
Grupo foi fundado em 15 de junho de 1964, com a "Declaração Conjunta dos 77 países", emitida na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), tendo realizado sua primeira reunião importante foi em Argel, em 1967, quando foi adoptada a Carta de Argel.
-0- PANA ANGOP/IZ 16junho2014
A eleição de novos membros não permanentes do Conselho de Segurança têm lugar durante a 69ª sessão ordinária da Assembleia Geral da organização, entre outubro e dezembro deste ano.
O pedido de apoio foi formulado pelo secretário de Estado angolano das Relações Exteriores, Manuel Augusto, quando discursava, em nome do Presidente José Eduardo dos Santos, na cimeira extraordinária dos chefes de Estado e de Governo do G77 e China, que decorreu de 14 a 15, sob o lema "Por uma nova ordem mundial para viver bem".
Justificou que, ao apresentar a sua candidatura, já apoiada pela União Africana (UA), Angola pretende contribuir para a paz e segurança, pois estas são premissas fundamentais para o desenvolvimento e bem-estar no mundo.
Nesse âmbito, Manuel Augusto realçou os compromissos que o Governo angolano tem com a manutenção da paz e segurança internacionais, depois de o país experimentar "os horrores de uma longa e devastadora guerra civil que leva a valorizar muito a manutenção da paz para um crescimento económico sustentado, inclusivo e sustentável.
O G77 completou domingo 50 anos de existência e, segundo Manuel Augusto, "a sua composição numérica e qualitativa bem como os êxitos alcançados na sua reafirmação como instrumento de promoção da igualdade económica internacional e na defesa dos seus interesses comuns.
Esta situação, disse, permite afirmar que o Grupo 77 e a China são “sem dúvida, capazes de contribuir positivamente para uma efectiva parceria global de cooperação para o desenvolvimento".
Para isso, prosseguiu, deve-se continuar a desenvolver acções para que os países do Sul articulem e promovam os seus interesses económicos colectivos e fortaleçam as suas capacidades de negociação sobre todos os assuntos económicos no sistema das Nações Unidas, particularmente na promoção da cooperação Sul-Sul.
Nesta perspetiva, Manuel Augusto reafirmou o compromisso do Governo angolano de apoiar, no quadro da cooperação internacional, a realização das aspirações dos países em desenvolvimento, dando o seu apoio à Parceria Global para o Desenvolvimento, através da realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
Sustentou que esta Parceria Global deve ser reforçada para a prossecução das Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (OMS) e da Agenda Global de Desenvolvimento pós-2015.
À margem da cimeira, MAnuel Augusto desenvolveu ainda uma intensa atividade diplomática junto de representantes de países da América Latina, no quadro da campanha para a candidatura de Angola a membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, bem como abordou com os seus interlocutores aspetos de interesse bilateral.
Para além de altos funcionários do Ministério das Relações Exteriores, integraram a delegação angolana, os representantes permanentes de Angola nas Nações Unidas e junto das agências da ONU sediadas em Roma (FAO, PAM e FIDA), Ismael Martins e Florêncio de Almeida, respeectivamente.
Os 133 países em desenvolvimento analisaram, durante os dois dias, entre outros temas, novos modelos de luta contra a pobreza e a fome, comércio igualitário, alterações climáticas, sistemas financeiros e defesa do meio ambiente, aspetos refletidos na Declaração Final.
Este documento foi negociado, nos últimos três meses, em Nova Iorque, sob direção da Bolívia, país que detém a presidência rotativa do G77 China.
O Grupo dos 77 nas Nações Unidas é um conjunto de nações em desenvolvimento, que visa promover os interesses económicos coletivos dos seus membros e criar uma maior capacidade de negociação conjunta na Organização das Nações Unidas.
Grupo foi fundado em 15 de junho de 1964, com a "Declaração Conjunta dos 77 países", emitida na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), tendo realizado sua primeira reunião importante foi em Argel, em 1967, quando foi adoptada a Carta de Argel.
-0- PANA ANGOP/IZ 16junho2014