PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola na conferência de Mombasa sobre Educação para Paz
Mombasa- Quénia (PANA) -- Uma delegação angolana chefiada pelo ministro da Educação, António Burity da Silva, encontra-se desde domingo à noite em Mombasa, no sudeste do Quénia, para uma conferência regional sobre Educação para a Paz, a decorrer de 14 a 16 deste mês, constatou a PANA no local.
À comitiva angolana juntaram-se as da África do Sul, da Côte d'Ivoire, da República Democrática do Congo (RDC), do Sudão e do país anfitrião enquanto as da Mauritânia, do Uganda e do Zimbabwe, entre outras, eram também aguardadas horas mais tarde, segundo os organizadores.
Madagáscar, Moçambique, Libéria, Ruanda e Serra Leoa também constam da lista inicial de 14 nações convidadas para o encontro destinado essencialmente aos países em situação de conflito ou pós-conflito.
A lista de oradores inclui especialistas do sector da educação em África e de organizações da sociedade civil e instituições internacionais do ramo incluindo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
A conferência, a decorrer no Hotel Mombasa Continental Resort, é co- organizada pela Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA) e pelo Ministério queniano da Educação.
O objectivo do encontro, segundo os seus promotores, é despertar a consciência das sociedades africanas sobre a necessidade de se transformar o sistema educativo num "verdadeiro instrumento da paz com um papel activo na prevenção e resolução de conflitos".
Para isso, os participantes vão, além da troca de experiências na gestão dos serviços educativos durante e após conflitos, buscar consensos sobre as responsabilidades dos seus países no desenvolvimento da Educação para a Paz nas suas regiões.
Vão igualmente procurar determinar as modalidades de colaboração e de formação de redes educativas além-fronteiras e produzir, finalmente, um relatório que deverá circular entre os países participantes.
Esta iniciativa insere-se no quadro da implementação das recomendações saídas de uma conferência anterior realizada também em Mombasa, de 2 a 4 de Junho de 2004, que examinou os desafios da expansão da educação em situação de crise ou pós-conflito.
Na Declaração final saída desse encontro, os ministros africanos da Educação e seus representantes comprometeram-se a fazer dos seus sistemas educativos "verdadeiras agências e forças da paz, da prevenção e resolução de conflitos e de construção da unidade nacional".
A iniciativa resultou ainda da constatação de que os conflitos continuam a causar danos sérios ao sector em particular e às economias na África Subsariana em geral, retardando assim o seu desenvolvimento com o desvio dos recursos.
A mesma constatação aludia igualmente a uma preocupação crescente pela "descoordenação e sobreposição" de esforços de resolução de conflitos.
"Os conflitos representam não só um simples freio e estagnação mas também um autêntico factor de regressão", diz a ADEA numa nota distribuída à imprensa em Mombasa, lembrando que quase metade de África foi devastada por confrontações armadas nas duas últimas décadas.
Um dos efeitos dessa situação no sector da educação, prossegue a nota, foi uma queda de 30 a 40 pontos na taxa de matrículas em muitos países africanos que já tinham praticamente atingido o acesso universal ao ensino primário.
À comitiva angolana juntaram-se as da África do Sul, da Côte d'Ivoire, da República Democrática do Congo (RDC), do Sudão e do país anfitrião enquanto as da Mauritânia, do Uganda e do Zimbabwe, entre outras, eram também aguardadas horas mais tarde, segundo os organizadores.
Madagáscar, Moçambique, Libéria, Ruanda e Serra Leoa também constam da lista inicial de 14 nações convidadas para o encontro destinado essencialmente aos países em situação de conflito ou pós-conflito.
A lista de oradores inclui especialistas do sector da educação em África e de organizações da sociedade civil e instituições internacionais do ramo incluindo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
A conferência, a decorrer no Hotel Mombasa Continental Resort, é co- organizada pela Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA) e pelo Ministério queniano da Educação.
O objectivo do encontro, segundo os seus promotores, é despertar a consciência das sociedades africanas sobre a necessidade de se transformar o sistema educativo num "verdadeiro instrumento da paz com um papel activo na prevenção e resolução de conflitos".
Para isso, os participantes vão, além da troca de experiências na gestão dos serviços educativos durante e após conflitos, buscar consensos sobre as responsabilidades dos seus países no desenvolvimento da Educação para a Paz nas suas regiões.
Vão igualmente procurar determinar as modalidades de colaboração e de formação de redes educativas além-fronteiras e produzir, finalmente, um relatório que deverá circular entre os países participantes.
Esta iniciativa insere-se no quadro da implementação das recomendações saídas de uma conferência anterior realizada também em Mombasa, de 2 a 4 de Junho de 2004, que examinou os desafios da expansão da educação em situação de crise ou pós-conflito.
Na Declaração final saída desse encontro, os ministros africanos da Educação e seus representantes comprometeram-se a fazer dos seus sistemas educativos "verdadeiras agências e forças da paz, da prevenção e resolução de conflitos e de construção da unidade nacional".
A iniciativa resultou ainda da constatação de que os conflitos continuam a causar danos sérios ao sector em particular e às economias na África Subsariana em geral, retardando assim o seu desenvolvimento com o desvio dos recursos.
A mesma constatação aludia igualmente a uma preocupação crescente pela "descoordenação e sobreposição" de esforços de resolução de conflitos.
"Os conflitos representam não só um simples freio e estagnação mas também um autêntico factor de regressão", diz a ADEA numa nota distribuída à imprensa em Mombasa, lembrando que quase metade de África foi devastada por confrontações armadas nas duas últimas décadas.
Um dos efeitos dessa situação no sector da educação, prossegue a nota, foi uma queda de 30 a 40 pontos na taxa de matrículas em muitos países africanos que já tinham praticamente atingido o acesso universal ao ensino primário.