Angola garante retoma da ligação aérea com Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - O ministro angolano dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu, garantiu esta quinta-feira,28, na ilha cabo-verdiana do Sal, a retomada, na terceira semana de abril, das ligações aéreas entre Angola e Cabo Verde, interrompidas desde 2016, por falta de rentabilidade económica, apurou a PANA de fonte segura
Em entrevista à agencia cabo-verdiana de noticias (Inforpress), à margem da primeira Conferência Internacional sobre o Turismo e Transporte Aéreo em África, decorrida na cidade turística de Santa Maria, na ilha do Sal, o governante angolano lembrou que, aquando da sua visita ao arquipélago cabo-verdiano, em 2018, assumira o compromisso de retomada dos voos da companhia aérea angolana (TAAG), no primeiro trimestre de 2019.
Também, o presidente da Comissão Executiva da companhia de bandeira angolana, Rui Carreira, já tinha assegurado à Agencia Angola Press (Angop) a reabertura da rota Luanda – Sal, uma ligação aérea aguardada com expetativa pelos Angolanos residentes em Cabo Verde e pelos Cabo-verdianos residentes em Angola, que têm sido obrigados a escalas em Marrocos para chegarem aos seus respetivos países.
"A TAAG vai voltar, sim, a voar para a ilha do Sal, tentando fazer a ponte Sal/Havana (Cuba), com dois voos semanais, a partir de abril próximo", precisou.
Em novembro de 2018, os ministros dos Transportes de Angola e Cabo Verde assinaram, na cidade da Praia, um memorando de entendimento nos domínios dos transportes aéreos e marítimos para “definir e consolidar a cooperação nestes setores estratégicos para os dois países”.
No horizonte desse ato esteve, também, “a reabertura das ligações aéreas diretas entre Praia e Luanda (Angola)", lia-se numa nota do Governo cabo-verdiano, divulgado na altura.
Foi também decidida a cooperação entre a companhia angolana e a Cabo Verde Airlines, através, por exemplo, de um possível acordo de code share.
A suspensão da operação da TAAG para Cabo Verde, com escala em São Tomé, foi decidida, em 2016, pela administração da companhia aérea angolana, alegadamente por falta de rentabilidade da rota, considerada muito cara.
A rota custava à transportadora “2,5 milhões de dólares por ano, para transportar apenas, em média, 20 pessoas por voo", refere-se.
-0- PANA CS/DD 29março2019