Agência Panafricana de Notícias

Angola envia nova remessa de ajuda à ilha cabo-verdiana do Fogo

Praia, Cabo Verde (PANA) – Angola enviou uma nova remessa de ajuda para a reconstrução da ilha cabo-verdiana do Fogo, afetada em finais de 2014, por uma erupção vulcânica, apurou a PANA de fonte segura.

A ajuda é aguardada este domingo no Porto de Vale dos Cavaleiros, na cidade de São Filipe, a bordo dum navio identificado como Rio M´bridje, transportando 25 contentores com cargas diversas, de acordo com a fonte.

O navio, que faz a sua segunda viagem para Cabo Verde, leva, à semelhança da primeira arremessa, ocorrida a 3 de janeiro último, composta sobretudo por materiais de construção para ajudar as autoridades cabo-verdianas a erguerem novos alojamentos destinados a mil e 500 habitantes retirados de Chã das Caldeiras e cuja maioria foi instalada em três centros de acolhimento no norte e sul da ilha do Fogo.

Na primeira viagem, o navio tinha transportado mais de 500 toneladas de cargas, compostas por cimento, ferragens, madeiras, portas e janelas já confecionadas, assim como por géneros alimentícios, produtos de higiene, vestuário e calçados.

O Rio M´bridje é segundo navio enviado por Angola a Cabo Verde na sequência da erupção vulcânica, depois de um primeiro barco ter chegado nos meados de dezembro último com 120 toneladas de produtos alimentares e de materiais diversos.

Angola foi o primeiro país a responder prontamente, no princípio de dezembro último, poucos dias depois do inicio da atividade vulcânica a 23 novembro de 2014, ao apelo das autoridades cabo-verdianas para socorrer os afetados pela tragédia, disponibilizando uma ajuda de 700 milhões de kwanzas (cerca de seis milhões e 500 mil dólares americanos).

O Executivo angolano disponibilizou ainda dois aviões de tipo NA 72 e DASH-8 para apoiar as operações de transporte de apoio aos desalojados e de pessoas para aquela ilha onde a erupção vulcânica consumiu duas localidades de Chã das Caldeiras (Portela e Bangaeira).

Também destruiu mais de 30 porcento dos 700 hectares de terra cultivável e arrasou por completo casas, escolas, jardins, igrejas, uma cooperativa de vinho, infraestruturas desportivas, estradas, hotéis e pensões.

-0- PANA CS/DD 05abr2015