PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola entre os maiores promotores do crescimento em África
Luanda, Angola (PANA) - Angola está entre as quatro economias que mais promoveram o crescimento do continente africano no período de 2007 a 2011, de acordo com um estudo da empresa “Accenture”, citado terça-feira pelo Jornal de Angola.
Intitulado “Triângulo Estratégico América Latina-Europa-África: Realidade e Potencial de Expansão”, o estudo analisou 57 países africanos e concluiu que países como Angola, África do Sul, Egipto e Nigéria contribuíram com 58 porcento para o crescimento económico do continente.
De acordo com o documento, desde a década de 2000-2009 a contribuição económica de África para o crescimento mundial esteve em torno dos 11 porcento, estimando-se que, até 2017, venha a baixar nove porcento, ou seja, menos um quarto do crescimento asiático.
Apesar disso, prossegue o estudo, as perspetivas de expansão económica do continente são “bastante” positivas, prevendo-se que, entre 2011 e 2017, o crescimento composto destas economias seja aproximadamente de 8,3 porcento.
“São as melhorias que se observam nas políticas macroeconómicas de África que potenciam o aumento do consumo interno, com o incremento considerável da classe média”, considera.
O estudo assinala, igualmente, que nas décadas de 70, 80 e 90, a contribuição das economias emergentes da Ásia, da América Latina e de África não representava um peso significativo para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, situando-se em torno de 18 porcento.
Mas, no período 2000 a 2009, este valor subiu para 55 porcento, enquanto em 2010 atingiu o valor histórico de 60 porcento, ressalva a pesquisa, notando que o comércio multidirecional em África também sofreu mudanças entre 2000 e 2010.
Explica que a contribuição deste comércio para o nível de exportações mundiais é atualmente de 3,3 porcento, um valor “bastante” reduzido, o que dificulta a integração do continente africano no comércio mundial.
“Existem, ainda, nas economias africanas alguns obstáculos estruturais que retardam o seu crescimento, como o acesso ao crédito, as infraestruturas inadequadas, incluindo a inexistência de acesso ao mar em alguns países e a corrupção,” lê-se no documento.
Por exemplo, segundo ainda o estudo, apesar da diversidade nos destinos das suas exportações, o continente africano encontra-se consideravelmente dependente das matérias-primas, que representam cerca de 70 porcento do total das suas exportações.
Trata-se de produtos relacionados com recursos como petróleo e minérios, que valem mais de 90 porcento das exportações de Angola e Nigéria, e o cobre 84 porcento das exportações da Zâmbia.
Em termos de fluxos interregionais, o comércio entre América Latina e África foi aquele que apresentou maior incremento em 2011, favorecido pelo acordo de negócios criado em 2004 entre os países pertencentes ao Mercosul e alguns da África Subsariana, como o Botswana, o Lesoto, a Namíbia, a África do Sul e a Swazilândia.
O estudo diz que o Brasil tem representando um papel de destaque como principal impulsionador do comércio neste “eixo emergente”, exportando para países como Angola, Egito e África do Sul, e importando da Argélia, da Líbia e da Nigéria.
Quanto aos investimentos, o estudo assinala que os fluxos de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) em algumas zonas da região da África Subsariana ainda são diminutos, correspondendo a apenas três porcento do valor mundial de IDE.
A França, o Reino Unido e os Estados Unidos apresentam-se como os principais investidores no continente, onde a Índia, a Malásia e a China têm ganho relevância nos últimos anos, não só pelo petróleo e minérios, mas também pela indústria transformadora, construção e agricultura.
As economias emergentes têm vindo a assumir um papel vital na dinamização de fluxos de investimento globais e, consequentemente, incrementando o IDE em países emergentes, com uma taxa de crescimento ponderada de 20 porcento, entre 2006 e 2011, representando cerca de 30 porcento do total de IDE do mundo.
O estudo da Accenture visou ajudar as organizações a compreenderem melhor o contexto macroeconómico das regiões analisadas e é parte integrante do posicionamento estratégico da empresa enquanto parceiro para a internacionalização das organizações.
-0- PANA JA/IZ 30julho2013
Intitulado “Triângulo Estratégico América Latina-Europa-África: Realidade e Potencial de Expansão”, o estudo analisou 57 países africanos e concluiu que países como Angola, África do Sul, Egipto e Nigéria contribuíram com 58 porcento para o crescimento económico do continente.
De acordo com o documento, desde a década de 2000-2009 a contribuição económica de África para o crescimento mundial esteve em torno dos 11 porcento, estimando-se que, até 2017, venha a baixar nove porcento, ou seja, menos um quarto do crescimento asiático.
Apesar disso, prossegue o estudo, as perspetivas de expansão económica do continente são “bastante” positivas, prevendo-se que, entre 2011 e 2017, o crescimento composto destas economias seja aproximadamente de 8,3 porcento.
“São as melhorias que se observam nas políticas macroeconómicas de África que potenciam o aumento do consumo interno, com o incremento considerável da classe média”, considera.
O estudo assinala, igualmente, que nas décadas de 70, 80 e 90, a contribuição das economias emergentes da Ásia, da América Latina e de África não representava um peso significativo para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, situando-se em torno de 18 porcento.
Mas, no período 2000 a 2009, este valor subiu para 55 porcento, enquanto em 2010 atingiu o valor histórico de 60 porcento, ressalva a pesquisa, notando que o comércio multidirecional em África também sofreu mudanças entre 2000 e 2010.
Explica que a contribuição deste comércio para o nível de exportações mundiais é atualmente de 3,3 porcento, um valor “bastante” reduzido, o que dificulta a integração do continente africano no comércio mundial.
“Existem, ainda, nas economias africanas alguns obstáculos estruturais que retardam o seu crescimento, como o acesso ao crédito, as infraestruturas inadequadas, incluindo a inexistência de acesso ao mar em alguns países e a corrupção,” lê-se no documento.
Por exemplo, segundo ainda o estudo, apesar da diversidade nos destinos das suas exportações, o continente africano encontra-se consideravelmente dependente das matérias-primas, que representam cerca de 70 porcento do total das suas exportações.
Trata-se de produtos relacionados com recursos como petróleo e minérios, que valem mais de 90 porcento das exportações de Angola e Nigéria, e o cobre 84 porcento das exportações da Zâmbia.
Em termos de fluxos interregionais, o comércio entre América Latina e África foi aquele que apresentou maior incremento em 2011, favorecido pelo acordo de negócios criado em 2004 entre os países pertencentes ao Mercosul e alguns da África Subsariana, como o Botswana, o Lesoto, a Namíbia, a África do Sul e a Swazilândia.
O estudo diz que o Brasil tem representando um papel de destaque como principal impulsionador do comércio neste “eixo emergente”, exportando para países como Angola, Egito e África do Sul, e importando da Argélia, da Líbia e da Nigéria.
Quanto aos investimentos, o estudo assinala que os fluxos de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) em algumas zonas da região da África Subsariana ainda são diminutos, correspondendo a apenas três porcento do valor mundial de IDE.
A França, o Reino Unido e os Estados Unidos apresentam-se como os principais investidores no continente, onde a Índia, a Malásia e a China têm ganho relevância nos últimos anos, não só pelo petróleo e minérios, mas também pela indústria transformadora, construção e agricultura.
As economias emergentes têm vindo a assumir um papel vital na dinamização de fluxos de investimento globais e, consequentemente, incrementando o IDE em países emergentes, com uma taxa de crescimento ponderada de 20 porcento, entre 2006 e 2011, representando cerca de 30 porcento do total de IDE do mundo.
O estudo da Accenture visou ajudar as organizações a compreenderem melhor o contexto macroeconómico das regiões analisadas e é parte integrante do posicionamento estratégico da empresa enquanto parceiro para a internacionalização das organizações.
-0- PANA JA/IZ 30julho2013