PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola e Rússia assinam acordo para novo satélite no lugar do inoperante Angosat1
Luanda, Angola (PANA) - Angola e Rússia assinaram, segunda-feira, em Luanda, um protocolo complementar ao contrato de fabrico do primeiro satélite angolano (Angosat-1), atualmente inoperante, para a construção, até 2020, de um novo satélite a ser designado Angosat2
O acordo foi assinado pelo secretário de Estado angolano para as Telecomunicações, Mário de Oliveira, e pelo chefe da delegação russa para a questão do contrato, Mikhail Bjchkov.
Trata-se de uma compensação imposta pelo contrato do Angosat-1 que, apesar de continuar em órbita, não apresenta os parâmetros para os quais foi contratado.
À luz do protocolo complementar, técnicos russos iniciam, esta terça-feira (24), a construção do Angosat-2, que estará na posição da Banda C e Ku, em substituição do Angosat1 declarado inoperante.
De acordo com o ministro angolano das Telecomunicações e das Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, que falava em conferência de imprensa, o Angosat-2 terá melhores especificações e estará melhor ajustado às necessidades tecnológicas atuais.
Para evitar os mesmos constrangimentos técnicos registados com o Angosat-1, o governante disse que vão dar ao novo satélite uma capacidade superior, uma vez que Angola precisa hoje de mais serviços de Internet e de dados.
A construção do novo satélite não terá custo para o Estado angolano, pois o primeiro contrato de 360 milhões de dólares americanos acautela os interesses de Angola, em caso de desaparecimento ou destruição do satélite, explicou José Carvalho da Rocha.
Realçou que o Angosat-2 terá mais capacidade na Banda Ku em relação à Banda C, para poder suportar a Internet.
O Angosat1 tinha sido lançado em órbita na noite de 26 de dezembro de 2017, através do foguete transportador ucraniano Zenit, a partir do cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão.
Foi construído na Rússia durante cinco anos, a partir de 2012, nos termos de um acordo assinado, em 2009, e custou 360 milhões de dólares americanos financiados pelo Estado angolano.
O satélite tem um seguro de 120 milhões de dólares americanos, que prevê a sua substituição, a custo zero, em caso de eventual destruição ou desaparecimento.
A sua entrada em operações comerciais estava prevista para este mês de abril, mas foram registadas "perturbações" no seu funcionamento, desde o lançamento oficial, segundo ainda o o ministro angolano das Telecomunicações e Tecnologias de Informação.
Na conferência de imprensa realizada com a participação de especialistas russos, o ministro disse que os últimos testes efetuados, até domingo passado, mostram que o Angosat-1 "continua em órbita, mas não apresenta os parâmetros para os quais foi contratado".
Para evitar prejuízos à parte angolana, o contrato existente impõe à parte russa a obrigação de compensar Angola pelos danos, pelo que o país começa a beneficiar dessas compensações a partir desta terça-feira (24), dia previsto para o começo do Angost2, afirmou.
As compensações traduzem-se na atribuição, sem qualquer custo para Angola, de 216 Megahertz na Banda C e 216 Megaheartz na Banda Ku, enquanto o Angosat2 estiver em construção, para suportar todos os serviços necessários.
De acordo ainda com o ministro José Carvalho Rocha, essas compensações permitirão que todos os serviços previstos para o primeiro satélite sejam prestados "com normalidade", apesar dos constrangimentos técnicos registados no Angosat-1.
O satélite angolano possuía um centro primário de controlo e missão em Angola, na comuna da Funda, norte da província de Luanda, a capital, e outro secundário na Rússia, em Korolev.
O especialista russo Igor Frolov, da empresa RSC Energia e responsável pela construção do aparelho, revelou, na mesma conferência de imprensa, que ocorreram várias falhas de comunicação com a estação em terra, desde o seu lançamento a 26 de dezembro de 2017.
Os motivos dessas falhas de comunicação, explicou, ainda não foram determinados com exatidão, pelo que os técnicos "vão continuar a monitorar o Angosat1", até 15 de maio próximo.
Para tal, foi criada uma comissão de especialistas dos dois países, para averiguar o que esteve na origem do problema nas comunicações do satélite, construído na Rússia.
Frolov explicou ainda que as operações do Angosat-1 chegaram a ser suspensas, para não colocar em risco os outros satélites que estão em órbita, confirmando que, à luz do contrato com o Governo angolano, a Rússia inicia a partir desta terça-feira a construção do AngoSat-2.
O construtor não especificou o valor do Angosat2, mas disse que terá um custo "muito alto", em virtude de incorporar uma tecnologia muito mais sofisticada do que a empregue no seu antecessor que passou a ser tida como desatualizada e inadequada às exigências atuais.
-0- PANA IZ 24abril2018
O acordo foi assinado pelo secretário de Estado angolano para as Telecomunicações, Mário de Oliveira, e pelo chefe da delegação russa para a questão do contrato, Mikhail Bjchkov.
Trata-se de uma compensação imposta pelo contrato do Angosat-1 que, apesar de continuar em órbita, não apresenta os parâmetros para os quais foi contratado.
À luz do protocolo complementar, técnicos russos iniciam, esta terça-feira (24), a construção do Angosat-2, que estará na posição da Banda C e Ku, em substituição do Angosat1 declarado inoperante.
De acordo com o ministro angolano das Telecomunicações e das Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, que falava em conferência de imprensa, o Angosat-2 terá melhores especificações e estará melhor ajustado às necessidades tecnológicas atuais.
Para evitar os mesmos constrangimentos técnicos registados com o Angosat-1, o governante disse que vão dar ao novo satélite uma capacidade superior, uma vez que Angola precisa hoje de mais serviços de Internet e de dados.
A construção do novo satélite não terá custo para o Estado angolano, pois o primeiro contrato de 360 milhões de dólares americanos acautela os interesses de Angola, em caso de desaparecimento ou destruição do satélite, explicou José Carvalho da Rocha.
Realçou que o Angosat-2 terá mais capacidade na Banda Ku em relação à Banda C, para poder suportar a Internet.
O Angosat1 tinha sido lançado em órbita na noite de 26 de dezembro de 2017, através do foguete transportador ucraniano Zenit, a partir do cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão.
Foi construído na Rússia durante cinco anos, a partir de 2012, nos termos de um acordo assinado, em 2009, e custou 360 milhões de dólares americanos financiados pelo Estado angolano.
O satélite tem um seguro de 120 milhões de dólares americanos, que prevê a sua substituição, a custo zero, em caso de eventual destruição ou desaparecimento.
A sua entrada em operações comerciais estava prevista para este mês de abril, mas foram registadas "perturbações" no seu funcionamento, desde o lançamento oficial, segundo ainda o o ministro angolano das Telecomunicações e Tecnologias de Informação.
Na conferência de imprensa realizada com a participação de especialistas russos, o ministro disse que os últimos testes efetuados, até domingo passado, mostram que o Angosat-1 "continua em órbita, mas não apresenta os parâmetros para os quais foi contratado".
Para evitar prejuízos à parte angolana, o contrato existente impõe à parte russa a obrigação de compensar Angola pelos danos, pelo que o país começa a beneficiar dessas compensações a partir desta terça-feira (24), dia previsto para o começo do Angost2, afirmou.
As compensações traduzem-se na atribuição, sem qualquer custo para Angola, de 216 Megahertz na Banda C e 216 Megaheartz na Banda Ku, enquanto o Angosat2 estiver em construção, para suportar todos os serviços necessários.
De acordo ainda com o ministro José Carvalho Rocha, essas compensações permitirão que todos os serviços previstos para o primeiro satélite sejam prestados "com normalidade", apesar dos constrangimentos técnicos registados no Angosat-1.
O satélite angolano possuía um centro primário de controlo e missão em Angola, na comuna da Funda, norte da província de Luanda, a capital, e outro secundário na Rússia, em Korolev.
O especialista russo Igor Frolov, da empresa RSC Energia e responsável pela construção do aparelho, revelou, na mesma conferência de imprensa, que ocorreram várias falhas de comunicação com a estação em terra, desde o seu lançamento a 26 de dezembro de 2017.
Os motivos dessas falhas de comunicação, explicou, ainda não foram determinados com exatidão, pelo que os técnicos "vão continuar a monitorar o Angosat1", até 15 de maio próximo.
Para tal, foi criada uma comissão de especialistas dos dois países, para averiguar o que esteve na origem do problema nas comunicações do satélite, construído na Rússia.
Frolov explicou ainda que as operações do Angosat-1 chegaram a ser suspensas, para não colocar em risco os outros satélites que estão em órbita, confirmando que, à luz do contrato com o Governo angolano, a Rússia inicia a partir desta terça-feira a construção do AngoSat-2.
O construtor não especificou o valor do Angosat2, mas disse que terá um custo "muito alto", em virtude de incorporar uma tecnologia muito mais sofisticada do que a empregue no seu antecessor que passou a ser tida como desatualizada e inadequada às exigências atuais.
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