PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola e RD Congo condenados a "darem-se bem", diz Presidente
Luanda, Angola (PANA) - O chefe de Estado angolano, João Lourenço, declarou esta quinta-feira que o seu país e a República Democrática do Congo (RDC) "estão condenados a darem-se bem".
Lourenço falava no termo de um encontro com o seu homólogo da RDC, Joseph Kabila, que chegou na manhã desta quinta-feira a Luanda para uma visita oficial de 48 horas.
Segundo ele, os dois países têm a obrigação de reforçar e consolidar as suas relações de cooperação bilateral e estabelecer negócios a vários níveis.
O chefe de Estado angolano aproveitou a ocasião para se congratular com os passos já dados para a realização das próximas eleições gerais na vizinha RDC, previstas para dezembro.
Por seu turno, Kabila disse que as relações de cooperação e de vizinhança com Angola "são excelentes e podem ser aprofundadas".
Nas suas declarações à imprensa, o estadista congolês não fez, contudo, qualquer alusão à preparação das eleições no seu país, a realizar-se a 23 de dezembro próximo.
Agradeceu pelo convite para estar em Angola, e prometeu alargar as relações da cooperação bilateral a domínios como o comércio e as infraestruturas, visando um melhor aproveitamento das potencialidades oferecidas pelo Caminho de Ferro de Benguela (CFB) e pelo Porto do Lobito.
Segundo ele, as questões abordadas com o seu homólogo angolano poderão ajudar a consolidar cada vez mais as relações de cooperação bilateral, e sobretudo, as ligadas à segurança na fronteira comum, a bem das populações dos dois países.
O encontro entre os dois estadistas acontece numa altura em que se mantém a pressão internacional sobre Joseph Kabila, para clarificar a sua posição diante das próximas eleições, uma vez que já esgotou os dois mandatos presidenciais impostos pela Constituição do país.
A reunião esteve inicialmente marcada para 23 de julho passado, na província centro-costeira angolana de Benguela, mas foi cancelada à última hora alegadamente a pedido de Kabila.
Na altura, a agenda do encontro não foi divulgada, mas o primeiro-ministro do Governo de transição na RDC, Bruno Tshibala, adiantara, em declarações prestadas à imprensa nas vésperas, que Kabila iria "clarificar tudo" nessa visita a Angola e após encontro com Lourenço.
Angola tem trabalhado no campo diplomático, a níveis bilateral e multilateral, para a obtenção de um desfecho pacífico para a instabilidade na vizinha RDC.
As eleições presidenciais na RDC já deveriam ter-se realizado no final de dezembro passado, mas foram adiadas, com o argumento da instabilidade política que o país tem vivido.
Angola partilha com a RD Congo uma fronteira terrestre de mais de mil quilómetros, e os dois países desenvolvem excelentes relações de cooperação na área da Defesa e Segurança, Transportes, Petróleos, Hotelaria e Turismo, Agricultura e Pescas.
Segundo a Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), estavam inscritos para as eleições de dezembro 599 partidos e 77 coligações de partidos. Entretanto, a CENI definiu o período de 25 de julho a 08 de agosto para o registo das candidaturas eleitorais.
Joseph Kabila está no poder na RD Congo desde 2001, após a morte do pai e antecessor, Laurent Kabila.
Num discurso proferido em 19 de julho, em Kinshasa, ele realçou o seu “compromisso com a Constituição”, mas sem descartar ou admitir expressamente a sua candidatura à reeleição proibida pela Carta Magna do país.
Ao invés, ele reiterou que a RDC “não tem lições a dar ou tão-pouco a receber".
Angola e RD Congo são dois Estados-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e da Comissão do Golfo da Guiné (CGG), entre outros organismos internacionais.
O chefe de Estado angolano é igualmente o presidente em exercício do órgão de Cooperação Política, Defesa e Segurança da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
-0- PANA IZ 02agosto2018
Lourenço falava no termo de um encontro com o seu homólogo da RDC, Joseph Kabila, que chegou na manhã desta quinta-feira a Luanda para uma visita oficial de 48 horas.
Segundo ele, os dois países têm a obrigação de reforçar e consolidar as suas relações de cooperação bilateral e estabelecer negócios a vários níveis.
O chefe de Estado angolano aproveitou a ocasião para se congratular com os passos já dados para a realização das próximas eleições gerais na vizinha RDC, previstas para dezembro.
Por seu turno, Kabila disse que as relações de cooperação e de vizinhança com Angola "são excelentes e podem ser aprofundadas".
Nas suas declarações à imprensa, o estadista congolês não fez, contudo, qualquer alusão à preparação das eleições no seu país, a realizar-se a 23 de dezembro próximo.
Agradeceu pelo convite para estar em Angola, e prometeu alargar as relações da cooperação bilateral a domínios como o comércio e as infraestruturas, visando um melhor aproveitamento das potencialidades oferecidas pelo Caminho de Ferro de Benguela (CFB) e pelo Porto do Lobito.
Segundo ele, as questões abordadas com o seu homólogo angolano poderão ajudar a consolidar cada vez mais as relações de cooperação bilateral, e sobretudo, as ligadas à segurança na fronteira comum, a bem das populações dos dois países.
O encontro entre os dois estadistas acontece numa altura em que se mantém a pressão internacional sobre Joseph Kabila, para clarificar a sua posição diante das próximas eleições, uma vez que já esgotou os dois mandatos presidenciais impostos pela Constituição do país.
A reunião esteve inicialmente marcada para 23 de julho passado, na província centro-costeira angolana de Benguela, mas foi cancelada à última hora alegadamente a pedido de Kabila.
Na altura, a agenda do encontro não foi divulgada, mas o primeiro-ministro do Governo de transição na RDC, Bruno Tshibala, adiantara, em declarações prestadas à imprensa nas vésperas, que Kabila iria "clarificar tudo" nessa visita a Angola e após encontro com Lourenço.
Angola tem trabalhado no campo diplomático, a níveis bilateral e multilateral, para a obtenção de um desfecho pacífico para a instabilidade na vizinha RDC.
As eleições presidenciais na RDC já deveriam ter-se realizado no final de dezembro passado, mas foram adiadas, com o argumento da instabilidade política que o país tem vivido.
Angola partilha com a RD Congo uma fronteira terrestre de mais de mil quilómetros, e os dois países desenvolvem excelentes relações de cooperação na área da Defesa e Segurança, Transportes, Petróleos, Hotelaria e Turismo, Agricultura e Pescas.
Segundo a Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), estavam inscritos para as eleições de dezembro 599 partidos e 77 coligações de partidos. Entretanto, a CENI definiu o período de 25 de julho a 08 de agosto para o registo das candidaturas eleitorais.
Joseph Kabila está no poder na RD Congo desde 2001, após a morte do pai e antecessor, Laurent Kabila.
Num discurso proferido em 19 de julho, em Kinshasa, ele realçou o seu “compromisso com a Constituição”, mas sem descartar ou admitir expressamente a sua candidatura à reeleição proibida pela Carta Magna do país.
Ao invés, ele reiterou que a RDC “não tem lições a dar ou tão-pouco a receber".
Angola e RD Congo são dois Estados-membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) e da Comissão do Golfo da Guiné (CGG), entre outros organismos internacionais.
O chefe de Estado angolano é igualmente o presidente em exercício do órgão de Cooperação Política, Defesa e Segurança da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
-0- PANA IZ 02agosto2018