Angola diz acelerar passos para aderir ao Acordo de G20 com África
Luanda, Angola (PANA) - Angola vai concluir, até 2024, o processo de adesão à iniciativa “Compact With Africa” (Acordo com África) e aproveitar as inúmeras vantagens que o programa do G20 de iniciativa do Governo Alemão proporciona aos Estados-membros, declarou em Berlim (Alemanha) o ministro de Estado para a Coordenação Económica de Angola, José de Lima Massano.
Massano fez esta declaração segunda-feira última quando representava o Presidente angolano, João Lourenço, na 4.ª Cimeira de G20 sobre Negócios com a Alemanha, no quadro da sua iniciativa "Compact With Africa”, iniciativa da Alemanha.
Neste evento em que participam mais de 10 chefes de Estado do continente africano ou seus representantes, o ministro de Estado para a Coordenação Económica agradeceu o convite feito a Angola e prometeu que o país está a acelerar as condições de integração ao processo.
Aliás, prosseguiu, estes esforços de rápido alinhamento de Angola tinham sido já referenciados no discurso de abertura da cimeira feito pelo chanceler alemão, Olaf Scholz.
De facto, este último alertou aos investidores do seu país para não subestimarem o continente africano.
Na ocasião, realçou a necessidade de serem aproveitadas as oportunidades económicas e outras potencialidades, com objetivo de efectivar o desenvolvimento dos países africanos.
Lançou um vivo apelo ao investimento direto, não só pelas potencialidades reais, mas também pela crescente estabilidade proporcionada pela consolidação dos processos democráticos de grande parte dos países que já fazem parte do "Compact With Africa”.
Massano teve, também, a oportunidade de participar num encontro que juntou ministros das Finanças dos países do G20 e dos países africanos membros do "Compact With Africa”, incluindo Angola (convidado especial), assim como os presidentes do Banco Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), respetivamente Ajay Banga e Kristalina Georgieva.
O "Compact With Africa” é uma iniciativa lançada em 2017 pela então chanceler alemã, Angela Merkel, convidando na altura o G20 a olhar para além dos seus membros a fim de alcançar os objetivos de promover o crescimento económico sustentável e a estabilidade em todo o mundo, particularmente em África.
Merkel lançou então a parceria com África com base no "Compact with Africa”, estabelecido dentro de uma trilha de financiamentos do G20 que prevê disponibilizar em 2024, para os países aderentes a esta iniciativa, cerca de 150.000.000.000 euros para promoverem o desenvolvimento liderado pelo setor privado e melhorarem o ambiente de investimentos.
A iniciativa despertou um grande interesse entre os países africanos, dos quais 13 aderiram ao pacto.
Trata-se, no norte de África, do Egito, de Marrocos, da Tunísia.
Na África Oriental, são Etiópia e Rwanda, ao passo que, e na África Ocidental, estão Benin, Côte d'Ivoire, Gana, Guiné Conakry, Senegal e Togo e Burkina Faso.
Na África Central, assinou o Compacto with Africa" a República Democrática do Congo.
O G20 ou Grupo dos 20 é um grupo formado pelos ministros das Finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo, mais a União Africana (UA) e a União Europeia (UE).
Criado e, 1999, após as sucessivas crises financeiras da década de 1990, o G20 visa favorecer a negociação internacional, integrando o princípio de um diálogo ampliado, levando em conta o peso económico crescente de alguns países que, juntos, representam 90 por cento do PIroduto Interno Bruto (PIB) mundial, 80 por cento do comércio mundial (incluindo o comércio intra-UE) e dois terços da população mundial.
O peso económico e a representatividade do G20 conferem-lhe significativa influência sobre a gestão do sistema financeiro e da economia global.
-0- PANA JA/DD 21novembro2023