PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola desmente alegado cativeiro de empresário mauritano
Nouakchott, Mauritânia (PANA) - O ministro angolano das Relações Exteriores, Manuel Augusto, desmentiu segunda-feira informações segundo as quais o empresário e antigo candidato presidencial mauritano, Rachid Mustafa, estaria sob cativeiro em território angolano.
Em declarações à imprensa no termo da 31ª cimeira ordinária da União Africana (UA), em Nouakchott, na Mauritânia, Manuel Augusto explicou que Rachid foi vítima de um acidente aéreo num avião que descolara de Ponta Negra, na vizinha República do Congo.
Segundo ele, as buscas efetuadas na altura pelas autoridades angolanas não permitiram localizar os destroços do avião, muito menos confirmar que o acidente tivesse efetivamente ocorrido em território nacional.
Por outro lado, disse, as autoridades angolanas sempre lidaram com Rachid Mustafa como um empresário, que desenvolvia normalmente a sua atividade em Angola, como qualquer outro, e nunca tinha chegado ao seu conhecimento que se tratasse de um ex-candidato presidencial.
Na Mauritânia, circula pelas redes sociais uma carta aberta alegadamente endereçada pela família de Rachid Mustafa a Manuel Augusto, a pedir a intervenção do Governo angolano no caso, e fazendo crer que a vítima estaria ainda em vida e sob cativeiro algures em Angola.
Um jornalista mauritano quis saber do ministro se Angola tinha conhecimento de que Rachid estaria vivo e sob custódia de uma pessoa não identificada que o mantinha sob cativeiro, no país, tal como alegado pela sua família e conforme a especulação geral na Mauritânia.
Na sua resposta, o ministro disse que o seu Governo não tinha conhecimento de tal facto e que, a admitir-se a possibilidade de Rachid Mustafa estar vivo, o seu suposto cativeiro, também a existir, não estaria certamente a acontecer em território angolano.
Mas a família diz ter “provas suficientes” de que o avião não caiu e que “Rachid está sob custódia de uma entidade privada ou indivíduo em Angola”.
De acordo com a carta alegadamente endereçada ao ministro, Rachid despareceu em 21 de Maio de 2010, quando “um pequeno avião fretado que o transportava caiu perto do aeroporto de Luanda”.
Na altura, as autoridades ordenaram uma investigação sobre o caso, mas “não conseguiram descobrir a natureza exata do que aconteceu”.
“A sorte de Rachid e seus companheiros de vôo continua um grande mistério até agora. Mas, com os nossos esforços pessoais, reunimos provas suficientes de que o avião não caiu e que Rachid está sob custódia de uma entidade privada ou indivíduo em Angola”, lê-se na missiva.
Por isso, a família do desaparecido pede a intervenção do Governo angolano para ajudar a descobrir o seu paradeiro e “facilitar a sua libertação”, se ele estiver sob cativeiro, ou a saber o que realmente aconteceu, se ele já não estiver vivo.
“Oramos do fundo dos nossos corações doloridos que a libertação de Rachid seja facilitada em breve (…) Se ele cometeu uma ofensa ou um crime e foi preso por um tribunal, acreditamos que temos o direito de saber onde ele está detido e por quanto tempo.
“Se, de facto, ele estiver mantido sob cativeiro por um indivíduo ou por uma entidade não governamental, desejamos saber disso e podermos contactá-lo e negociar”, escreve a família de Rachid Mustafa.
Alternativamente, prossegue a carta, “se os nossos relatórios estão errados e Rachid não está vivo, também gostaríamos de saber disso e chegar ao fundo do que aconteceu com ele, com os seus companheiros e com o avião que os transportava”.
Uma outra carta com idêntico teor e origem foi dirigida ao Presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Abdel Aziz, e aos demais líderes africanos presentes em Nouakchott por ocasião da 31ª cimeira da União Africana.
Descrito como um “riquíssimo homem de negócios”, originário da localidade de Guerou, em Assaba (leste da Mauritânia), Rachid Mustafa foi candidato presidencial em 2007.
Enquanto empresário, ele operava em vários setores de atividade e, segundo alguns observadores, mantinha “relações estreitas com muitas altas personalidades da sociedade angolana” em diversos domínios.
-0- PANA IZ 03julho2018
Em declarações à imprensa no termo da 31ª cimeira ordinária da União Africana (UA), em Nouakchott, na Mauritânia, Manuel Augusto explicou que Rachid foi vítima de um acidente aéreo num avião que descolara de Ponta Negra, na vizinha República do Congo.
Segundo ele, as buscas efetuadas na altura pelas autoridades angolanas não permitiram localizar os destroços do avião, muito menos confirmar que o acidente tivesse efetivamente ocorrido em território nacional.
Por outro lado, disse, as autoridades angolanas sempre lidaram com Rachid Mustafa como um empresário, que desenvolvia normalmente a sua atividade em Angola, como qualquer outro, e nunca tinha chegado ao seu conhecimento que se tratasse de um ex-candidato presidencial.
Na Mauritânia, circula pelas redes sociais uma carta aberta alegadamente endereçada pela família de Rachid Mustafa a Manuel Augusto, a pedir a intervenção do Governo angolano no caso, e fazendo crer que a vítima estaria ainda em vida e sob cativeiro algures em Angola.
Um jornalista mauritano quis saber do ministro se Angola tinha conhecimento de que Rachid estaria vivo e sob custódia de uma pessoa não identificada que o mantinha sob cativeiro, no país, tal como alegado pela sua família e conforme a especulação geral na Mauritânia.
Na sua resposta, o ministro disse que o seu Governo não tinha conhecimento de tal facto e que, a admitir-se a possibilidade de Rachid Mustafa estar vivo, o seu suposto cativeiro, também a existir, não estaria certamente a acontecer em território angolano.
Mas a família diz ter “provas suficientes” de que o avião não caiu e que “Rachid está sob custódia de uma entidade privada ou indivíduo em Angola”.
De acordo com a carta alegadamente endereçada ao ministro, Rachid despareceu em 21 de Maio de 2010, quando “um pequeno avião fretado que o transportava caiu perto do aeroporto de Luanda”.
Na altura, as autoridades ordenaram uma investigação sobre o caso, mas “não conseguiram descobrir a natureza exata do que aconteceu”.
“A sorte de Rachid e seus companheiros de vôo continua um grande mistério até agora. Mas, com os nossos esforços pessoais, reunimos provas suficientes de que o avião não caiu e que Rachid está sob custódia de uma entidade privada ou indivíduo em Angola”, lê-se na missiva.
Por isso, a família do desaparecido pede a intervenção do Governo angolano para ajudar a descobrir o seu paradeiro e “facilitar a sua libertação”, se ele estiver sob cativeiro, ou a saber o que realmente aconteceu, se ele já não estiver vivo.
“Oramos do fundo dos nossos corações doloridos que a libertação de Rachid seja facilitada em breve (…) Se ele cometeu uma ofensa ou um crime e foi preso por um tribunal, acreditamos que temos o direito de saber onde ele está detido e por quanto tempo.
“Se, de facto, ele estiver mantido sob cativeiro por um indivíduo ou por uma entidade não governamental, desejamos saber disso e podermos contactá-lo e negociar”, escreve a família de Rachid Mustafa.
Alternativamente, prossegue a carta, “se os nossos relatórios estão errados e Rachid não está vivo, também gostaríamos de saber disso e chegar ao fundo do que aconteceu com ele, com os seus companheiros e com o avião que os transportava”.
Uma outra carta com idêntico teor e origem foi dirigida ao Presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Abdel Aziz, e aos demais líderes africanos presentes em Nouakchott por ocasião da 31ª cimeira da União Africana.
Descrito como um “riquíssimo homem de negócios”, originário da localidade de Guerou, em Assaba (leste da Mauritânia), Rachid Mustafa foi candidato presidencial em 2007.
Enquanto empresário, ele operava em vários setores de atividade e, segundo alguns observadores, mantinha “relações estreitas com muitas altas personalidades da sociedade angolana” em diversos domínios.
-0- PANA IZ 03julho2018