PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola descarta desvalorização da moeda nacional
Luanda, Angola (PANA) - O Banco Nacional de Angola (BNA, central) descartou, quarta-feira, a possibilidade de uma nova desvalorização da moeda nacional, o kwanza (AOA).
Em vez da desvalorização, o BNA prometeu alterar o regime cambial de fixo para flutuante, ainda no primeiro trimestre deste ano, passando o preço das moedas transacionadas no mercado a ser livremente definido pela procura e oferta de divisas.
O regime de câmbio flutuante funcionará dentro de uma banda ou intervalo a ser definido pelo BNA, segundo o governador do banco central angolano, José de Lima Massano.
Ele explicou que a banda vai permitir ao próprio mercado encontrar o novo equilíbrio da taxa de câmbio, pelo que o BNA não terá necessidade de "desvalorizar administrativamente o kwanza".
"Vamos sim mudar o regime e criar uma banda, e dentro desta banda permitir que, no mercado primário, os participantes encontrem o novo equilíbrio", esclareceu o governador que falava quarta-feira, em Luanda, durante a apresentação do Programa de Estabilização Macroeconómica elaborado pelo Governo para 2018.
Tecnicamente, prosseguiu, o que vai ocorrer com a moeda nacional, no regime de câmbio flexível, é a depreciação ou apreciação ditada pelos mecanismos de mercado da procura e oferta.
Com o regime flutuante, pretende-se também equilibrar a diferença entre a taxa de câmbio oficial e a do mercado paralelo e, no longo prazo, acabar com esta diferença, segundo ainda o governador.
"Temos aqui um câmbio atípico que é fixo em relação ao dólar e fixo em relação ao euro. Essa correção será feita. É claro que nós vamos então adotar um regime de câmbio flutuante", garantiu, alertando que esse processo precisa de ser bem gerido, dadas as suas implicações.
No entender de José Massano, é um paradoxo o kwanza perder nos últimos anos o seu poder de compra na ordem dos 70 porcento, quando as outras moedas se mantêm estáveis.
Ele indicou que o banco central está a ultimar todos os instrumentos para retomar, ainda no final deste trimestre, a sessão de leiloes de divisas.
Noutra vertente da sua abordagem, o governador clarificou que o aumento ou diminuição das divisas no país não depende da relação com os bancos correspondentes, mas do volume de exportações, do preço de bens a exportar no mercado internacional ou então das importações.
Com base no câmbio fixo do BNA, o dólar americano é atualmente transacionado a 165,098 kwanzas angolanos a compra e 166,749 kwanzas a venda, enquanto um euro é comprado a 184,497 kwanzas vendido a 186,303 kwanzas.
No mercado paralelo, o dólar americano custa 420 kwanzas a compra e 450 kwanzas a venda.
-0- PANA IZ 04jan2017
Em vez da desvalorização, o BNA prometeu alterar o regime cambial de fixo para flutuante, ainda no primeiro trimestre deste ano, passando o preço das moedas transacionadas no mercado a ser livremente definido pela procura e oferta de divisas.
O regime de câmbio flutuante funcionará dentro de uma banda ou intervalo a ser definido pelo BNA, segundo o governador do banco central angolano, José de Lima Massano.
Ele explicou que a banda vai permitir ao próprio mercado encontrar o novo equilíbrio da taxa de câmbio, pelo que o BNA não terá necessidade de "desvalorizar administrativamente o kwanza".
"Vamos sim mudar o regime e criar uma banda, e dentro desta banda permitir que, no mercado primário, os participantes encontrem o novo equilíbrio", esclareceu o governador que falava quarta-feira, em Luanda, durante a apresentação do Programa de Estabilização Macroeconómica elaborado pelo Governo para 2018.
Tecnicamente, prosseguiu, o que vai ocorrer com a moeda nacional, no regime de câmbio flexível, é a depreciação ou apreciação ditada pelos mecanismos de mercado da procura e oferta.
Com o regime flutuante, pretende-se também equilibrar a diferença entre a taxa de câmbio oficial e a do mercado paralelo e, no longo prazo, acabar com esta diferença, segundo ainda o governador.
"Temos aqui um câmbio atípico que é fixo em relação ao dólar e fixo em relação ao euro. Essa correção será feita. É claro que nós vamos então adotar um regime de câmbio flutuante", garantiu, alertando que esse processo precisa de ser bem gerido, dadas as suas implicações.
No entender de José Massano, é um paradoxo o kwanza perder nos últimos anos o seu poder de compra na ordem dos 70 porcento, quando as outras moedas se mantêm estáveis.
Ele indicou que o banco central está a ultimar todos os instrumentos para retomar, ainda no final deste trimestre, a sessão de leiloes de divisas.
Noutra vertente da sua abordagem, o governador clarificou que o aumento ou diminuição das divisas no país não depende da relação com os bancos correspondentes, mas do volume de exportações, do preço de bens a exportar no mercado internacional ou então das importações.
Com base no câmbio fixo do BNA, o dólar americano é atualmente transacionado a 165,098 kwanzas angolanos a compra e 166,749 kwanzas a venda, enquanto um euro é comprado a 184,497 kwanzas vendido a 186,303 kwanzas.
No mercado paralelo, o dólar americano custa 420 kwanzas a compra e 450 kwanzas a venda.
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