PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola contribui $ 887 mil para feitura do IX volume de História Geral de África
Luanda, Angola (PANA) - O Vice-Presidente de Angola, Manuel Domingos Vicente, revelou segunda-feira que o seu Governo contribuiu 887 mil dólares americanos à UNESCO para a
materialização do nono volume da História Geral de África (HGA) para fins pedagógicos.
De acordo com Manuel Vicente, para quem a elaboração deste volume da HGA "é uma prova do dinamismo do conhecimento científico para o bem-estar multifacetado", a contribuição de Angola foi prestada no âmbito do Acordo Quadro celebrado com a UNESCO.
Vicente discursava na abertura, em Luanda, da quarta reunião do Conselho Científico da UNESCO sobre o volume IX da História Geral de África, que a capital angolana acolhe até sexta-feira, juntando especialistas angolanos e estrangeiros para preparar a redação do manual.
Na ocasião, Vice-Presidente angolano sublinhou que o ensino da verdadeira história de África "é um desafio premente e indispensável", pelo que o seu país apoia o Projeto do Uso Pedagógico da História Geral de África, "como via para moldar uma nova geração de Africanos orgulhosos da sua história, do seu passado e confiantes na construção de um futuro melhor".
Considerou fundamental a preservação do património cultural "para a memória do que fomos, do que somos e alicerce para o que seremos".
No seu entender, a realização desta reunião do Comité Científico da UNESCO em África, e em Angola em particular, "mostra estarmos comprometidos com o conhecimento, factor que permitirá atualizar os conteúdos dos primeiros oito volumes da HGA, tendo em conta a história recente da descolonização, o fim do apartheid e o lugar de África no mundo".
Adiantou que a obra permitirá igualmente "mapear e analisar a diáspora africana, assim como colher contribuições para a construção de sociedades africanas modernas, emancipadas e desenvolvidas, assim como avaliar novos desafios e novas oportunidades com que a África e os seus emigrantes são hoje confrontados".
Considerando o conhecimento científico e técnico como a única via para o desenvolvimento sustentável das sociedades africanas, Vicente rendeu homenagem especial aos estudiosos do mundo, e em particular aos africanos, que sob os auspícios da UNESCO e durante 35 anos contribuíram para a elaboração dos oito volumes da História Geral de África.
Nesta quarta reunião do Conselho Científico Internacional (da UNESCO) para a Redação da História Geral de África (CCIRHGA), serão designados os cientistas e autores cujos trabalhos passam a fazer parte da História Geral de África.
Colher contribuições para o próximo Volume e atualizar conteúdos dos primeiros oito face aos recentes desenvolvimentos nos vários domínios da investigação científica são assim os principais objetivos desta a iniciativa, a primeira do género em África.
Entre os participantes, figuram especialistas angolanos e estrangeiros alguns dos quais com trabalhos científicos já publicados sobre a História de África.
Os primeiros oito volumes foram já traduzidos do inglês para o português pelo Brasil, que tornou obrigatório o ensino da História de África em todos os níveis de ensino no país.
No último destes volumes, concluído em 1999, é realçado o património comum dos povos africanos, num trabalho dirigido pelo Comité Científico Internacional da UNESCO para a Redação da HGA constituído por 39 especialistas, dois terços dos quais africanos.
A História Geral de África começou a ser escrita em 1964, por iniciativa da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), a pedido de países africanos e de descendentes de Africanos nascidos noutros continentes.
A introdução à História Geral de África é atribuída ao historiador burkinabe Joseph Ki-Zerbo com a sua obra “África tem uma História”, que conduziu à primeira coleção editada pela UNESCO a partir de trabalhos discutidos em seminários na década de 1960 e escritos ao longo das décadas de 1970 e 1980.
Os oito volumes já publicados têm dez mil páginas, escritas por cerca de 350 estudiosos, coordenados pelos 39 consultores da UNESCO.
-0- PANA IZ 16fev2016
materialização do nono volume da História Geral de África (HGA) para fins pedagógicos.
De acordo com Manuel Vicente, para quem a elaboração deste volume da HGA "é uma prova do dinamismo do conhecimento científico para o bem-estar multifacetado", a contribuição de Angola foi prestada no âmbito do Acordo Quadro celebrado com a UNESCO.
Vicente discursava na abertura, em Luanda, da quarta reunião do Conselho Científico da UNESCO sobre o volume IX da História Geral de África, que a capital angolana acolhe até sexta-feira, juntando especialistas angolanos e estrangeiros para preparar a redação do manual.
Na ocasião, Vice-Presidente angolano sublinhou que o ensino da verdadeira história de África "é um desafio premente e indispensável", pelo que o seu país apoia o Projeto do Uso Pedagógico da História Geral de África, "como via para moldar uma nova geração de Africanos orgulhosos da sua história, do seu passado e confiantes na construção de um futuro melhor".
Considerou fundamental a preservação do património cultural "para a memória do que fomos, do que somos e alicerce para o que seremos".
No seu entender, a realização desta reunião do Comité Científico da UNESCO em África, e em Angola em particular, "mostra estarmos comprometidos com o conhecimento, factor que permitirá atualizar os conteúdos dos primeiros oito volumes da HGA, tendo em conta a história recente da descolonização, o fim do apartheid e o lugar de África no mundo".
Adiantou que a obra permitirá igualmente "mapear e analisar a diáspora africana, assim como colher contribuições para a construção de sociedades africanas modernas, emancipadas e desenvolvidas, assim como avaliar novos desafios e novas oportunidades com que a África e os seus emigrantes são hoje confrontados".
Considerando o conhecimento científico e técnico como a única via para o desenvolvimento sustentável das sociedades africanas, Vicente rendeu homenagem especial aos estudiosos do mundo, e em particular aos africanos, que sob os auspícios da UNESCO e durante 35 anos contribuíram para a elaboração dos oito volumes da História Geral de África.
Nesta quarta reunião do Conselho Científico Internacional (da UNESCO) para a Redação da História Geral de África (CCIRHGA), serão designados os cientistas e autores cujos trabalhos passam a fazer parte da História Geral de África.
Colher contribuições para o próximo Volume e atualizar conteúdos dos primeiros oito face aos recentes desenvolvimentos nos vários domínios da investigação científica são assim os principais objetivos desta a iniciativa, a primeira do género em África.
Entre os participantes, figuram especialistas angolanos e estrangeiros alguns dos quais com trabalhos científicos já publicados sobre a História de África.
Os primeiros oito volumes foram já traduzidos do inglês para o português pelo Brasil, que tornou obrigatório o ensino da História de África em todos os níveis de ensino no país.
No último destes volumes, concluído em 1999, é realçado o património comum dos povos africanos, num trabalho dirigido pelo Comité Científico Internacional da UNESCO para a Redação da HGA constituído por 39 especialistas, dois terços dos quais africanos.
A História Geral de África começou a ser escrita em 1964, por iniciativa da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), a pedido de países africanos e de descendentes de Africanos nascidos noutros continentes.
A introdução à História Geral de África é atribuída ao historiador burkinabe Joseph Ki-Zerbo com a sua obra “África tem uma História”, que conduziu à primeira coleção editada pela UNESCO a partir de trabalhos discutidos em seminários na década de 1960 e escritos ao longo das décadas de 1970 e 1980.
Os oito volumes já publicados têm dez mil páginas, escritas por cerca de 350 estudiosos, coordenados pelos 39 consultores da UNESCO.
-0- PANA IZ 16fev2016