PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola contesta estatísticas internacionais sobre indicadores demográficos
Luanda, Angola (PANA) - O Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola contestou quarta-feira os dados internacionais que atribuem ao país indicadores demográficos débeis quanto à mortalidade infantil, juvenil e materna.
De acordo com o diretor do INE, Camilo Ceita, este tipo de indicadores não podem ser calculados de "forma leviana", nem com informações anuais, mas através de inquéritos realizados com intervalos de cinco em cinco anos.
Falando em conferência de imprensa, em Luanda, sobre o Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS) que decorre no país desde 19 de outubro passado, Camilo Ceita lembrou que Angola realizou o seu último inquérito de indicadores múltiplos em 2006, associado ao Inquérito Integrado sobre o Bem-Estar da População (IBEP).
“Desde aquela data, até ao momento, não se realizou nenhum inquérito, e não tínhamos como calcular nenhum desses indicadores", frisou.
Depois deste inquérito, acrescentou, o Instituto está em condições de calcular estes e outros indicadores.
Ele destacou o facto de o INE estar a utilizar, pela primeira vez, um novo modelo para a recolha de dados no IIMS, através de um sistema biométrico que permite uma melhor qualidade de informação e uma disponibilidade dos dados de forma mais rápida.
No novo modelo, a informação não é feita em papel, mas através de computadores portáteis, e o IIMS vai responder a 106 indicadores, com destaque para o setor da saúde, a violência doméstica, indicadores sóciodemográficos, a saúde reprodutiva, a taxa de natalidade, entre outros.
De acordo com o INE, todos os cuidados são assegurados em termos de confidencialidade dos dados obtidos, a recolha das gotas de sangue para saber a prevalência da malária, da anemia e do HIV/Sida.
A recolha do sangue não associa as pessoas, pois o objetivo é apenas para a contagem estatística, disse Camilo Ceita, notando que o inquérito está a ser feito dentro das normas internacionais e com a Comissão de Ética do Ministério da Saúde.
O processo, que termina no final de fevereiro próximo, vai entrevistar cerca de 16 mil agregados familiares selecionados com base na cartografia realizada no ano passado.
Para esta atividade, estão mobilizados 224 técnicos, divididos por equipas formadas por um supervisor, quatro inquiridores, um cartógrafo, um técnico de saúde e um motorista, que vão contar com o apoio de guias locais e sobas das províncias.
O IIMS está orçamentado em nove milhões e 141 mil dólares americanos e conta com a ajuda de parceiros internacionais como o Banco Mundial, a Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID) e o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
Deste valor, adiantou o diretor do INE, o Governo angolano participou com dois milhões e 300 mil dólares, o UNICEF com dois milhões e 100 mil, a USAID com quatro milhões e 500 mil dólares e o Banco Mundial com o restante.
-0- PANA JA/IZ 19nov2015
De acordo com o diretor do INE, Camilo Ceita, este tipo de indicadores não podem ser calculados de "forma leviana", nem com informações anuais, mas através de inquéritos realizados com intervalos de cinco em cinco anos.
Falando em conferência de imprensa, em Luanda, sobre o Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS) que decorre no país desde 19 de outubro passado, Camilo Ceita lembrou que Angola realizou o seu último inquérito de indicadores múltiplos em 2006, associado ao Inquérito Integrado sobre o Bem-Estar da População (IBEP).
“Desde aquela data, até ao momento, não se realizou nenhum inquérito, e não tínhamos como calcular nenhum desses indicadores", frisou.
Depois deste inquérito, acrescentou, o Instituto está em condições de calcular estes e outros indicadores.
Ele destacou o facto de o INE estar a utilizar, pela primeira vez, um novo modelo para a recolha de dados no IIMS, através de um sistema biométrico que permite uma melhor qualidade de informação e uma disponibilidade dos dados de forma mais rápida.
No novo modelo, a informação não é feita em papel, mas através de computadores portáteis, e o IIMS vai responder a 106 indicadores, com destaque para o setor da saúde, a violência doméstica, indicadores sóciodemográficos, a saúde reprodutiva, a taxa de natalidade, entre outros.
De acordo com o INE, todos os cuidados são assegurados em termos de confidencialidade dos dados obtidos, a recolha das gotas de sangue para saber a prevalência da malária, da anemia e do HIV/Sida.
A recolha do sangue não associa as pessoas, pois o objetivo é apenas para a contagem estatística, disse Camilo Ceita, notando que o inquérito está a ser feito dentro das normas internacionais e com a Comissão de Ética do Ministério da Saúde.
O processo, que termina no final de fevereiro próximo, vai entrevistar cerca de 16 mil agregados familiares selecionados com base na cartografia realizada no ano passado.
Para esta atividade, estão mobilizados 224 técnicos, divididos por equipas formadas por um supervisor, quatro inquiridores, um cartógrafo, um técnico de saúde e um motorista, que vão contar com o apoio de guias locais e sobas das províncias.
O IIMS está orçamentado em nove milhões e 141 mil dólares americanos e conta com a ajuda de parceiros internacionais como o Banco Mundial, a Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID) e o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
Deste valor, adiantou o diretor do INE, o Governo angolano participou com dois milhões e 300 mil dólares, o UNICEF com dois milhões e 100 mil, a USAID com quatro milhões e 500 mil dólares e o Banco Mundial com o restante.
-0- PANA JA/IZ 19nov2015