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Agência Panafricana de Notícias
Angola confirma inoperância de primeiro satélite em órbita
Luanda, Angola (PANA) - O Governo angolano confirmou a inoperância do seu primeiro satélite geoestacionário (Angosat-1), lançado em órbita a 26 de dezembro de 2017, através do foguete transportador ucraniano Zenit, a partir do cosmódromo Baikonur, no Cazaquistão.
Construído na Rússia durante cinco anos, a partir de 2012, nos termos de um acordo assinado, em 2009, o satélite custou 360 milhões de dólares americanos financiados pelo Estado angolano.
Tem um seguro de 120 milhões de dólares americanos, que prevê a sua substituição, a custo zero, em caso de eventual destruição ou desaparecimento.
A sua entrada em operações comerciais estava prevista para este mês de abril, mas foram registadas "perturbações" no seu funcionamento, desde o lançamento oficial, declarou o ministro angolano das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho Rocha.
Falando em conferência de imprensa segunda-feira, em Luanda, com a participação de especialistas russos, o ministro disse que os últimos testes efetuados, até domingo passado, mostram que o Angosat-1 "continua em órbita, mas não apresenta os parâmetros para os quais foi contratado".
Para evitar prejuízos à parte angolana, explicou, foram acionadas as cláusulas contratuais, que impõem à parte russa a obrigação de compensar pelos danos.
Angola começa a beneficiar dessas compensações a partir desta terça-feira (24), dia previsto para o começo da construção do novo satélite (Angost2), cujo lançamento prevê-se para 2020.
As compensações traduzem-se na atribuição, sem qualquer custo para Angola, de 216 Megahertz na Banda C e 216 Megaheartz na Banda Ku, enquanto o Angosat2 estiver em construção, para suportar todos os serviços necessários.
De acordo ainda com o ministro José Carvalho Rocha, essas compensações permitirão que todos os serviços previstos para o primeiro satélite sejam prestados "com normalidade", apesar dos constrangimentos técnicos registados no Angosat-1.
O satélite angolano possuía um centro primário de controlo e missão em Angola, na comuna da Funda, norte da província de Luanda, a capital, e outro secundário na Rússia, em Korolev.
O especialista russo Igor Frolov, da empresa RSC Energia e responsável pela construção do aparelho, revelou, na mesma conferência de imprensa, que ocorreram várias falhas de comunicação com a estação em terra, desde o seu lançamento a 26 de dezembro de 2017.
Os motivos dessas falhas de comunicação, explicou, ainda não foram determinados com exatidão, pelo que os técnicos "vão continuar a monitorar o Angosat1", até 15 de maio próximo.
Para tal, foi criada uma comissão de especialistas dos dois países, para averiguar o que esteve na origem do problema nas comunicações do satélite, construído na Rússia.
Frolov explicou ainda que as operações do Angosat-1 chegaram a ser suspensas, para não colocar em risco os outros satélites que estão em órbita, confirmando que, à luz do contrato com o Governo angolano, a Rússia inicia a partir desta terça-feira a construção do AngoSat-2.
O construtor não especificou o valor do Angosat2, mas disse que terá um custo "muito alto", em virtude de incorporar uma tecnologia muito mais sofisticada do que a empregue no seu antecessor que passou a ser tida como desatualizada e inadequada às exigências atuais.
-0- PANA IZ 24abril2018
Construído na Rússia durante cinco anos, a partir de 2012, nos termos de um acordo assinado, em 2009, o satélite custou 360 milhões de dólares americanos financiados pelo Estado angolano.
Tem um seguro de 120 milhões de dólares americanos, que prevê a sua substituição, a custo zero, em caso de eventual destruição ou desaparecimento.
A sua entrada em operações comerciais estava prevista para este mês de abril, mas foram registadas "perturbações" no seu funcionamento, desde o lançamento oficial, declarou o ministro angolano das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho Rocha.
Falando em conferência de imprensa segunda-feira, em Luanda, com a participação de especialistas russos, o ministro disse que os últimos testes efetuados, até domingo passado, mostram que o Angosat-1 "continua em órbita, mas não apresenta os parâmetros para os quais foi contratado".
Para evitar prejuízos à parte angolana, explicou, foram acionadas as cláusulas contratuais, que impõem à parte russa a obrigação de compensar pelos danos.
Angola começa a beneficiar dessas compensações a partir desta terça-feira (24), dia previsto para o começo da construção do novo satélite (Angost2), cujo lançamento prevê-se para 2020.
As compensações traduzem-se na atribuição, sem qualquer custo para Angola, de 216 Megahertz na Banda C e 216 Megaheartz na Banda Ku, enquanto o Angosat2 estiver em construção, para suportar todos os serviços necessários.
De acordo ainda com o ministro José Carvalho Rocha, essas compensações permitirão que todos os serviços previstos para o primeiro satélite sejam prestados "com normalidade", apesar dos constrangimentos técnicos registados no Angosat-1.
O satélite angolano possuía um centro primário de controlo e missão em Angola, na comuna da Funda, norte da província de Luanda, a capital, e outro secundário na Rússia, em Korolev.
O especialista russo Igor Frolov, da empresa RSC Energia e responsável pela construção do aparelho, revelou, na mesma conferência de imprensa, que ocorreram várias falhas de comunicação com a estação em terra, desde o seu lançamento a 26 de dezembro de 2017.
Os motivos dessas falhas de comunicação, explicou, ainda não foram determinados com exatidão, pelo que os técnicos "vão continuar a monitorar o Angosat1", até 15 de maio próximo.
Para tal, foi criada uma comissão de especialistas dos dois países, para averiguar o que esteve na origem do problema nas comunicações do satélite, construído na Rússia.
Frolov explicou ainda que as operações do Angosat-1 chegaram a ser suspensas, para não colocar em risco os outros satélites que estão em órbita, confirmando que, à luz do contrato com o Governo angolano, a Rússia inicia a partir desta terça-feira a construção do AngoSat-2.
O construtor não especificou o valor do Angosat2, mas disse que terá um custo "muito alto", em virtude de incorporar uma tecnologia muito mais sofisticada do que a empregue no seu antecessor que passou a ser tida como desatualizada e inadequada às exigências atuais.
-0- PANA IZ 24abril2018