Agência Panafricana de Notícias

Angola aumenta taxas de juro de referência e cedência de liquidez

Luanda, Angola (PANA) - O Banco Nacional de Angola (BNA, central) aumentou de 11 para 12 porcento a sua taxa de juro básica, e de 13 para 14 porcento a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez, segundo um comunicado da instituição financeira.

Em contrapartida, o BNA manteve a sua taxa de juro da facilidade permanente de absorção de liquidez a sete dias em 1,75 porcento ao ano, entre outras medidas tomadas na última reunião do seu Comité de Política Monetária (CPM), realizada a 30 de janeiro deste ano.

A reunião analisou a evolução dos indicadores dos setores real, fiscal, monetário e externo da economia em 2015 e as perspetivas para 2016, bem como a tendência de desaceleração do crescimento da economia mundial e a persistência do baixo desempenho das matérias-primas nos mercados internacionais.

Os dados preliminares mostram que, em dezembro passado, o crédito à economia cresceu 17,50 porcento em termos acumulados, desde o início do ano, depois de os bancos comerciais adquirirem, no mesmo mês, divisas no valor de um bilião 331 milhões de dólares americanos no mercado cambial.

O comunicado do Banco Nacional de Angola explica que, do valor total, um bilião 176,03 milhões de dólares americanos foram vendidos pelo BNA e o remanescente pelos clientes.

No mercado cambial primário, prossegue a nota, a taxa de câmbio média de referência em dezembro estabilizou-se face ao mês anterior, tendo-se situado nos 135,315 kwanzas angolanos por dólar americano.

De acordo com o governador do BNA, José Pedro de Morais, o banco central está a promover a “racionalização” de divisas aos bancos comerciais, mas que são suficientes os recursos disponíveis para 2016.

Ele referiu que, no novo contexto económico de Angola, passa a existir uma redução na disponibilização das divisas que os bancos comerciais compravam em leilões ao BNA.

Neste momento, disse, as reservas internacionais líquidas de Angola estão avaliadas em 24,1 biliões de dólares americanos, uma quebra de 11,53 porcento face a 2014, "mas ainda suficientes para garantir necessidades de seis meses de importações".

-0- PANA IZ 01fev2016