Agência Panafricana de Notícias

Angola aposta em consensos regionais na pacificação dos Grandes Lagos

Luanda, Angola (PANA) - O chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, prometeu quarta-feira apostar, durante a presidência da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), na busca de consensos entre os países da região para concretizar a estratégia comum de restabelecer e consolidar a paz e a estabilidade política regionais.

O estadista angolano falava na abertura da quinta cimeira ordinária da CIRGL consagrada à paz e à estabilidade política na região dos Grandes Lagos, e em que passou a assumir a presidência da organização sub-regional até então assegurada pelo seu homólogo do Uganda, Yoweri Museveni.

"A nossa posição será sempre a de manter o diálogo e obter consensos entre os países da região para a concretização da estratégia comum que visa restabelecer e consolidar a paz e a estabilidade política e promover o progresso e a prosperidade na região dos Grandes Lagos de África", afirmou o Presidente angolano.

Explicou que, neste sentido, Angola terá na sua agenda três grandes domínios de atuação, designadamente político, económico-social e do desenvolvimento regional e de defesa e segurança.

No plano político, disse, será dada ênfase à implementação do Pacto sobre Paz, Estabilidade e Desenvolvimento da Região dos Grandes Lagos e do Acordo Quadro para esta Região, "sem esquecer todos os outros compromissos assumidos, assim como a colaboração para a busca da paz e da estabilidade na República Centroafricana e no Sudão do Sul".

Quanto à vertente económico-social e do desenvolvimento regional, "Angola envidará esforços para promover o intercâmbio comercial entre os nossos países, promover a troca de experiências nos domínios administrativo, da gestão macroeconómica, do combate à fome e à pobreza e às grandes endemias", disse.

Neste domínio, prosseguiu, serão igualmente envidados esforços para o aumento do emprego e da cooperação nos setores da economia real com vista a apoiar a estratégia da diversificação das economias nacionais.

De acordo com Eduardo dos Santos, o domínio de defesa e segurança será marcado pela continuidade da promoção da gestão conjunta da segurança das fronteiras comuns, da cooperação sobre questões gerais de segurança, incluindo o combate ao tráfico de seres humanos.

Este combate será ainda extensivo à migração ilegal, à exploração ilícita e pilhagem de recursos naturais, à proliferação ilegal de armas, às atividades criminosas transnacionais e ao terrorismo, concluiu.

-0- PANA IZ 15jan2014