PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola adere à Commonwealth
Luanda, Angola (PANA) - Angola vai pedir a sua adesão à Commonwealth, a comunidade que junta os países de língua inglesa, confirmou quarta-feira o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson.
“É esplêndido que Angola se queira juntar à família da Commonwealth. Saudamos o empenho do Presidente (João) Lourenço em fazer reformas, no combate à corrupção e na melhoria dos direitos humanos. Esperamos saudá-lo brevemente no Reino Unido”, escreveu Johnson na sua conta Twitter citada pelo diário estatal Jornal Angola.
A possibilidade de Angola aderir à Commonwealth foi primeiro admitida pelo Presidente João Lourenço, na semana passada, numa entrevista concedida à Euronews, no âmbito da sua visita primeira visita oficial a França que durou três dias.
Na altura, o chefe de Estado angolano lembrou que, a exemplo do que se passa com Moçambique, "que está ali encravado entre países anglófonos e acabou por aderir à Commonwealth, também Angola está cercada, não por países lusófonos, mas por países francófonos e anglófonos".
"Portanto, não se admirem que estejamos a pedir agora a adesão à francofonia e que daqui a uns dias estejamos a pedir também a adesão à Commonwealth", sublinhou.
País de expressão lusófona em resultado da sua colonização por Portugal, Angola é atualmente membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), organização também integrada por Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal, Brasil e Timor-Leste.
Muito antes, o país já tinha manifestado a sua intenção de integrar a Organização Internacional da Francofonia (OIF), que congrega países de língua oficial francesa ou com estatuto privilegiado.
Esta intenção foi anunciada também na semana passada, pelo Presidente João Lourenço, em Paris, onde reconheceu o "importante papel" que a OIF desempenha no mundo.
Nesta sua primeira deslocação à Europa enquanto Presidente de Angola, João Lourenço revelou, em conferência de imprensa, ter manifestado o interesse de Angola ser membro da OIF num encontro que manteve com o seu homólogo anfitrião, Emmanuel Macron.
"Reafirmo aqui a vontade de Angola em estreitarmos cada vez mais as nossas relações. Daí o facto de termos manifestado também o interesse em sermos membros, de alguma forma - ou como observadores ou membros de pleno direito - da OIF, pelo importante papel que esta organização joga no mundo, mas muito em particular no nosso continente em África", afirmou.
Na ocasião, Emmanuel Macron exprimiu, por seu turno, o apoio de França à candidatura de Angola a membro de pleno direito da organização.
O estadista francês declarou-se "muito sensível" e agradeceu a João Lourenço por "ter escolhido França para primeiro destino na Europa desde a sua eleição", em agosto de 2017, manifestando o desejo de "continuar a aprofundar as relações e a trabalhar em conjunto".
"Quero agradecer por ter decidido ter um papel acrescido na francofonia (...) e espero que, no âmbito das ambições para a francofonia que temos todos, o seu país possa ter o seu lugar pleno", afirmou o chefe de Estado francês.
Criada em 1970 na capital nigerina, Niamey, e com sede em Paris, a OIF é uma organização internacional que se fundamenta igualmente no compartilhamento dos valores humanistas veiculados pela língua francesa.
Tem por missão promover a uma solidariedade ativa entre os Estados e governos que a compõem dos quais 58 membros e 26 observadores, ou seja, mais de um terço dos Estados-membros das Nações Unidas, totalizando uma população de mais de 890 milhões de pessoas.
Por seu turno, a Commonwealth of Nations (Comunidade das Nações), normalmente referida como Commonwealth e anteriormente conhecida como a Commonwealth britânica, é também uma organização intergovernamental composta por 53 países-membros independentes.
Todas as nações-membros da organização, com exceção de Moçambique (outra antiga colónia portuguesa), Rwanda (ex-colónia belga) e Namíbia (antiga colónia alemã), faziam parte do Império Britânico, do qual se desenvolveram.
Os Estados-membros cooperam num quadro de valores e objetivos comuns, conforme descrito na Declaração de Singapura, incluindo a promoção da democracia, direitos humanos, boa governação, Estado de Direito, liberdade individual, igualitarismo, livre comércio, multilateralismo e a paz mundial.
Não sendo uma união política, ela é uma organização intergovernamental através da qual os países com diversas origens sociais, políticas e económicas são considerados como iguais em status.
As atividades da Commonwealth são realizadas através do permanente Secretariado da Commonwealth, chefiado pelo secretário-geral, e por reuniões bienais entre os chefes de governo da Commonwealth.
O símbolo da sua associação livre é o chefe da Commonwealth, que é uma posição cerimonial atualmente ocupada pela rainha Isabel II da Inglaterra, que é também a monarca, separada e independentemente, de 16 membros da Commonwealth conhecidos como os "reinos da Commonwealth".
-0- PANA IZ 06junho2018
“É esplêndido que Angola se queira juntar à família da Commonwealth. Saudamos o empenho do Presidente (João) Lourenço em fazer reformas, no combate à corrupção e na melhoria dos direitos humanos. Esperamos saudá-lo brevemente no Reino Unido”, escreveu Johnson na sua conta Twitter citada pelo diário estatal Jornal Angola.
A possibilidade de Angola aderir à Commonwealth foi primeiro admitida pelo Presidente João Lourenço, na semana passada, numa entrevista concedida à Euronews, no âmbito da sua visita primeira visita oficial a França que durou três dias.
Na altura, o chefe de Estado angolano lembrou que, a exemplo do que se passa com Moçambique, "que está ali encravado entre países anglófonos e acabou por aderir à Commonwealth, também Angola está cercada, não por países lusófonos, mas por países francófonos e anglófonos".
"Portanto, não se admirem que estejamos a pedir agora a adesão à francofonia e que daqui a uns dias estejamos a pedir também a adesão à Commonwealth", sublinhou.
País de expressão lusófona em resultado da sua colonização por Portugal, Angola é atualmente membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), organização também integrada por Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal, Brasil e Timor-Leste.
Muito antes, o país já tinha manifestado a sua intenção de integrar a Organização Internacional da Francofonia (OIF), que congrega países de língua oficial francesa ou com estatuto privilegiado.
Esta intenção foi anunciada também na semana passada, pelo Presidente João Lourenço, em Paris, onde reconheceu o "importante papel" que a OIF desempenha no mundo.
Nesta sua primeira deslocação à Europa enquanto Presidente de Angola, João Lourenço revelou, em conferência de imprensa, ter manifestado o interesse de Angola ser membro da OIF num encontro que manteve com o seu homólogo anfitrião, Emmanuel Macron.
"Reafirmo aqui a vontade de Angola em estreitarmos cada vez mais as nossas relações. Daí o facto de termos manifestado também o interesse em sermos membros, de alguma forma - ou como observadores ou membros de pleno direito - da OIF, pelo importante papel que esta organização joga no mundo, mas muito em particular no nosso continente em África", afirmou.
Na ocasião, Emmanuel Macron exprimiu, por seu turno, o apoio de França à candidatura de Angola a membro de pleno direito da organização.
O estadista francês declarou-se "muito sensível" e agradeceu a João Lourenço por "ter escolhido França para primeiro destino na Europa desde a sua eleição", em agosto de 2017, manifestando o desejo de "continuar a aprofundar as relações e a trabalhar em conjunto".
"Quero agradecer por ter decidido ter um papel acrescido na francofonia (...) e espero que, no âmbito das ambições para a francofonia que temos todos, o seu país possa ter o seu lugar pleno", afirmou o chefe de Estado francês.
Criada em 1970 na capital nigerina, Niamey, e com sede em Paris, a OIF é uma organização internacional que se fundamenta igualmente no compartilhamento dos valores humanistas veiculados pela língua francesa.
Tem por missão promover a uma solidariedade ativa entre os Estados e governos que a compõem dos quais 58 membros e 26 observadores, ou seja, mais de um terço dos Estados-membros das Nações Unidas, totalizando uma população de mais de 890 milhões de pessoas.
Por seu turno, a Commonwealth of Nations (Comunidade das Nações), normalmente referida como Commonwealth e anteriormente conhecida como a Commonwealth britânica, é também uma organização intergovernamental composta por 53 países-membros independentes.
Todas as nações-membros da organização, com exceção de Moçambique (outra antiga colónia portuguesa), Rwanda (ex-colónia belga) e Namíbia (antiga colónia alemã), faziam parte do Império Britânico, do qual se desenvolveram.
Os Estados-membros cooperam num quadro de valores e objetivos comuns, conforme descrito na Declaração de Singapura, incluindo a promoção da democracia, direitos humanos, boa governação, Estado de Direito, liberdade individual, igualitarismo, livre comércio, multilateralismo e a paz mundial.
Não sendo uma união política, ela é uma organização intergovernamental através da qual os países com diversas origens sociais, políticas e económicas são considerados como iguais em status.
As atividades da Commonwealth são realizadas através do permanente Secretariado da Commonwealth, chefiado pelo secretário-geral, e por reuniões bienais entre os chefes de governo da Commonwealth.
O símbolo da sua associação livre é o chefe da Commonwealth, que é uma posição cerimonial atualmente ocupada pela rainha Isabel II da Inglaterra, que é também a monarca, separada e independentemente, de 16 membros da Commonwealth conhecidos como os "reinos da Commonwealth".
-0- PANA IZ 06junho2018