PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Amnistia exige libertação de militantes antiesclavagistas na Mauritânia
Nouakchott, Mauritânia (PANA) - A Amnistia Internacional (AI) pediu às autoridades mauritanas para libertarem três militantes antiesclavagistas, dos quais um opositor bem conhecido, encarcerados quinta-feira última 15 de janeiro por organizar reuniões contra a escravatura.
"A condenação destes militantes que participaram em manifestações pacíficas, com base em acusações vagas e abusivas, viola os seus direitos à liberdade de expressão e à liberdade de reunião pacífica", declarou o investigador da AI na África Ocidental , Gaetan Mootoo.
A AI considera que o facto de as pessoas se reunirem pacificamente sem autorização nunca deve conduzi-las a um encarceramento.
A sua condenação parece baseada em motivos políticos pois membros da associação são visados devido às suas atividades pacíficas. As autoridades devem tomar medidas que se imponham para os libertar enquanto se aguarda pelo seu recurso", afirmou Mootoo.
Afirmou que a repressão crescente dos militantes antiesclavagistas na Mauritânia não tem fundamento legal e que testemunha a ausência de respeito por parte do Governo pelos direitos humanos.
Segundo ele, "as autoridades devem respeitar o direito de todos os cidadãos a manifestarem-se pacificamente".
Efetivamente, a Polícia utilizou gáses lacrimogéneos e mocadas para dispersar os manifestantes que protestavam diante do Tribunal da cidade de Rosso, no sul do país, que havia condenado, a dois anos de prisão, três militantes antiesclavagistas e defensores dos direitos humanos.
Trata-se de Brahim Bilal, de Djiby Sow e de Biram Ould Abeid, inculpados por pertencerem a uma organização não reconhecida e participarem numa reunião não autorizada.
Biram Ould Dah Ould Abeid, presidente da Iniciativa para o Ressurgimento do Movimento Abolicionista (IRA), ocupou a segunda posição nas eleições presidenciais de junho último na Mauritânia.
Ele foi igualmente vencedor do Prémio dos Direitos Humanos das Nações Unidas em 2013.
Foi detido a 11 de novembro último em Rosso em companhia de 10 outros membros da IRA, durante a sua campanha pacífica para sensibilizar a população aos direitos à terra dos descendentes de escravos.
Na Mauritânia, os descendentes de escravos,que trabalham em terras sem nenhum direito, são obrigados a dar uma parte das suas colheitas aos seus mestres tradicionais.
-0- PANA SEG/NFB/JSG/FK/DD 16jan2015
"A condenação destes militantes que participaram em manifestações pacíficas, com base em acusações vagas e abusivas, viola os seus direitos à liberdade de expressão e à liberdade de reunião pacífica", declarou o investigador da AI na África Ocidental , Gaetan Mootoo.
A AI considera que o facto de as pessoas se reunirem pacificamente sem autorização nunca deve conduzi-las a um encarceramento.
A sua condenação parece baseada em motivos políticos pois membros da associação são visados devido às suas atividades pacíficas. As autoridades devem tomar medidas que se imponham para os libertar enquanto se aguarda pelo seu recurso", afirmou Mootoo.
Afirmou que a repressão crescente dos militantes antiesclavagistas na Mauritânia não tem fundamento legal e que testemunha a ausência de respeito por parte do Governo pelos direitos humanos.
Segundo ele, "as autoridades devem respeitar o direito de todos os cidadãos a manifestarem-se pacificamente".
Efetivamente, a Polícia utilizou gáses lacrimogéneos e mocadas para dispersar os manifestantes que protestavam diante do Tribunal da cidade de Rosso, no sul do país, que havia condenado, a dois anos de prisão, três militantes antiesclavagistas e defensores dos direitos humanos.
Trata-se de Brahim Bilal, de Djiby Sow e de Biram Ould Abeid, inculpados por pertencerem a uma organização não reconhecida e participarem numa reunião não autorizada.
Biram Ould Dah Ould Abeid, presidente da Iniciativa para o Ressurgimento do Movimento Abolicionista (IRA), ocupou a segunda posição nas eleições presidenciais de junho último na Mauritânia.
Ele foi igualmente vencedor do Prémio dos Direitos Humanos das Nações Unidas em 2013.
Foi detido a 11 de novembro último em Rosso em companhia de 10 outros membros da IRA, durante a sua campanha pacífica para sensibilizar a população aos direitos à terra dos descendentes de escravos.
Na Mauritânia, os descendentes de escravos,que trabalham em terras sem nenhum direito, são obrigados a dar uma parte das suas colheitas aos seus mestres tradicionais.
-0- PANA SEG/NFB/JSG/FK/DD 16jan2015