PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Amnistia Internacional denuncia inação da África do Sul na luta contra xenofobia
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – A Amnistia Internacional (AI) acusou a Polícia e o Governo sul-africanos de não protegerem os refugiados somalís contra os ataques mortíferos de que são vítimas.
A organização de defesa dos direitos humanos nota que, seis anos após os atos de violência xenófoba à grande escala de 2008, "é indesculpável que as autoridades sul-africanas ainda não tenham resolvido este problema".
Segundo o representante regional da AI para a África Austral, Deprose Muchena, os recentes ataques contra estabelecimentos comerciais pertencentes a Somalís na comuna de Mamelodi poderiam ter sido evitados.
"Apesar de pedidos reiterados, a Polícia atrasou em reagir e não desdobrou agentes suficientes para conter a escalada da violência que fez um morto e 10 feridos entre os refugiados e destruiu pelo menos 76 estabelecimentos comerciais, incendiados ou pilhados", denunciou.
Para Muchena, o facto de que (os ataques) poderiam ter sido evitados ressalta a "inação sistemática" da Polícia e a falta de vontade política do Governo para lutar contra esta violência.
"É preciso com urgência adotar uma estratégia nacional de prevenção da violência contra refugiados e pôr termo à impunidade de que beneficiam os autores de tais maquinações", indicou.
Os ataques xenófobos de 2008 fizeram mais de 60 mortos e 10 mil deslocadosm na África do Sul.
Na altura, o Instituto para as Relações Raciais pôs em causa o papel desempenhado pelo Governo sul-africano e pelo Presidente Thabo Mbeki.
Para a AI, a corrupção, a má gestão económica e a ausência de controlos nas fonteiras "contribuíram para criar uma abundância da pobreza, o desrespeito pela lei e expetativas não satisfeitas, o que culminou nesta violência".
-0- PANA CU/SEG/NFB/JSG/FK/IZ 13junho2014
A organização de defesa dos direitos humanos nota que, seis anos após os atos de violência xenófoba à grande escala de 2008, "é indesculpável que as autoridades sul-africanas ainda não tenham resolvido este problema".
Segundo o representante regional da AI para a África Austral, Deprose Muchena, os recentes ataques contra estabelecimentos comerciais pertencentes a Somalís na comuna de Mamelodi poderiam ter sido evitados.
"Apesar de pedidos reiterados, a Polícia atrasou em reagir e não desdobrou agentes suficientes para conter a escalada da violência que fez um morto e 10 feridos entre os refugiados e destruiu pelo menos 76 estabelecimentos comerciais, incendiados ou pilhados", denunciou.
Para Muchena, o facto de que (os ataques) poderiam ter sido evitados ressalta a "inação sistemática" da Polícia e a falta de vontade política do Governo para lutar contra esta violência.
"É preciso com urgência adotar uma estratégia nacional de prevenção da violência contra refugiados e pôr termo à impunidade de que beneficiam os autores de tais maquinações", indicou.
Os ataques xenófobos de 2008 fizeram mais de 60 mortos e 10 mil deslocadosm na África do Sul.
Na altura, o Instituto para as Relações Raciais pôs em causa o papel desempenhado pelo Governo sul-africano e pelo Presidente Thabo Mbeki.
Para a AI, a corrupção, a má gestão económica e a ausência de controlos nas fonteiras "contribuíram para criar uma abundância da pobreza, o desrespeito pela lei e expetativas não satisfeitas, o que culminou nesta violência".
-0- PANA CU/SEG/NFB/JSG/FK/IZ 13junho2014